Glossário de pneus: termos mais usados sobre o ativo

Utilize o glossário de pneus para conhecer os principais termos usados na gestão de pneus de uma transportadora.
Confira os termos mais usados para a gestão de pneus neste glossário exclusivo.

A gestão de pneus é uma parte fundamental na rotina das operações de transportes e entender tudo sobre esse ativo é um dever do gestor de pneus, e claro, do gestor de frotas.

Para quem já atua na área, às vezes pode acabar esquecendo o que algum termo significa. Agora, imagina para quem está começando, é muita coisa para memorizar, concorda?

Algo que pode facilitar o dia a dia é ter um glossário dos termos mais usados quando o assunto é pneus. O conteúdo pode se tornar uma ferramenta de consulta para todos da operação.

E a boa notícia é que nós desenvolvemos esse material. A seguir, confira o glossário de pneus, onde os seguintes termos são explicados:

Aderência dos pneus

De forma geral, a aderência dos pneus está relacionada à capacidade máxima de tração que eles geram e aguentam nas estradas, em momento de acelerações, travas ou curvas. 

Ou seja, trata-se do atrito gerado quando estão em movimento.

Cada marca e modelo de pneu possui diferentes características em sua estrutura e composição, até mesmo pela qualidade dos materiais utilizados na fabricação. Estes são todos fatores que influenciam na aderência dos ativos.

Além destes, a profundidade e desenho dos sulcos possuem um papel importante para esta determinação. De maneira geral, quanto mais fundos forem os sulcos, maior a sua aderência ao solo.

Já em relação aos desenhos, quando são em formato de “V”, por exemplo, são modelos mais adequados para dias de chuva e pistas alagadas, fazendo um melhor trabalho de drenar o líquido sem risco de derrapagem.

Estrutura do pneu

A estrutura de um pneu, ao contrário de uma característica como a aderência, não muda de um modelo para outro. Um pneu sempre tem:

  • Banda de rodagem – parte do pneu que toca a superfície e onde estão presentes as ranhuras e sulcos do pneu;
  • Ombro – onde a banda de rodagem e o flanco se unem;
  • Flanco – a parte lateral do pneu, onde você encontra as informações sobre cada modelo, como o seu tamanho, data de fabricação, etc.;
  • Cintas estabilizadoras – as cintas funcionam elas como estabilizadoras do pneu, auxiliando para rodar com maior segurança e equilíbrio, também protegendo a carcaça de impactos e perfurações;
  • Carcaça – esta é a parte interna que sustenta o pneu.

Índice treadwear

O índice treadwear está localizado na lateral do pneu e serve para indicar uma média de tempo com que ele se desgasta. 

Resumidamente, os números variam entre 60 a 620, sendo o valor de referência 100. E, quanto menor o número, mais rápido o item é comprometido. 

Para explicar melhor, se o pneu possui um índice treadwear (TWI) de 80, existe a expectativa de que ele dure mais do que um de índice 60, mas ambos possuem um desgaste acelerado ao considerar o valor de referência. 

Já os pneus de índice acima de 100 têm a probabilidade de durar mais tempo. Isto é, um com valor de 200 poderia durar até 2 vezes mais que o valor de referência.

Contudo, não tome isto como verdadeiro para todos os casos. Pode ser que o índice treadwear de um pneu seja menor e dure mais tempo, ou que um pneu com alto índice dure muito pouco. 

Afinal, a durabilidade dos pneus também depende de como foi fabricado e sua qualidade no geral.

Sulcos dos pneus

Os sulcos dos pneus são os “furos” padronizados na banda de rodagem. Eles podem ter vários formatos e disposições ao longo da banda do pneu, mas sempre apresentam a mesma função:

Ajudar tanto na passagem de ar, promovendo a aderência ao solo, quanto na passagem de água, evitando derrapagens e aquaplanagens.

A profundidade dos sulcos também influencia no desempenho dos pneus, sendo, geralmente, os mais profundos, de maior resistência à variação e aumento de temperaturas. Isto está diretamente relacionado à severidade dos pneus, confira no próximo tópico.

Severidade dos pneus

Existem três classificações de severidade dos pneus, sendo elas:

Alta: 

Uma alta severidade significa que os sulcos são mais profundos. Esse é o melhor tipo de pneu para viagens urbanas, pois é o mais resistente às constantes acelerações e frenagens que aumentam a temperatura dos pneus.

Média

A média severidade equilibra as características dos outros dois tipos de pneus, sendo tanto uma boa resistência quanto um bom desempenho em alta velocidade. 

Costuma ser o tipo de pneu mais utilizado no transporte rodoviário, que exige que os caminhões façam rotas intercalantes entre rodovias e territórios urbanos, por vezes, passando até por estradas de chão.

Baixa:

O pneu de baixa severidade é o que apresenta menor resistência e melhor desempenho em alta velocidade, o tornando ideal para viagens de longa distância em rodovias estaduais ou interestaduais. 

Ele também é leve e contribui para a economia no consumo de combustível da frota.

Pressão dos pneus

A pressão dos pneus é controlada durante a calibragem. Para todo modelo de veículo, existem valores determinados pelas fabricantes que recomendam uma pressão ideal para o desempenho do veículo e melhor desempenho dos pneus.

Contudo, os diferentes modelos de pneu em um mesmo veículo tem performances distintas e as condições das estradas também influenciam nisto. Dentre outros fatores, o melhor que você pode fazer é monitorar a pressão dos pneus e seu nível de desgaste.

Dessa forma, reúne informações suficientes para realizar uma análise de desempenho dos pneus, identificando se a pressão pode ser a causa para resultados negativos e fazendo ajustes na calibragem até chegar na pressão ideal para cada marca e modelo, assim como para cada rota percorrida nas operações da transportadora.

Calibragem de pneus

A calibragem de pneus garante ao caminhão uma melhor estabilidade e reduz o desgaste dos pneus. Além disso, tem uma excelente consequência:

A economia no consumo de combustível.

O ato de calibrar pneus deve ser uma tarefa rotineira nas frotas. Há especialistas que defendem a necessidade de calibrar todos os dias. Porém, dependendo da quantidade de veículos na operação, isto se torna inviável. 

Por isso, o mais recomendado é que a calibragem seja realizada uma vez por semana. No mesmo ritmo, uma vez por semana deve ser feita a aferição de pressão para que os dados sejam registrados para análise posterior.

Banda de rodagem

A banda de rodagem é, nada mais, nada menos, que a parte do pneu que fica em contato direto com o solo, garantindo aderência e firmeza ao veículo. Seus tipos variam de acordo com a condição da superfície que o caminhão vai rodar. Eles são:

  • Direcional: gera estabilidade ao veículo, principalmente em curvas, e tem melhor desempenho em alta velocidade;
  • Bidirecional: gera mais tração com o solo;
  • Simétrica: tipo de banda voltada para dar mais equilíbrio ao veículo;
  • Assimétrica: possuem melhor desempenho em pistas molhadas e rotas com muitas curvas;
  • Off-road: banda exclusiva para deslocamento em estradas de terra, granito, terrenos acidentados, etc.

Lateral do pneu

A lateral do pneu, também chamada de flanco, é responsável por amortecer as irregularidades do solo. É por esse motivo que ela é composta por uma borracha mais resistente e flexível, além de conter informações importantes do pneu.

Essas informações incluem, respectivamente: a data de fabricação do pneu; sua largura e altura; identificação de pneu radial ou diagonal; seu diâmetro; e os índices de carga e velocidade máxima.

Ao final disso, há um espaço vazio para poder ser realizada a identificação dos pneus, seja pela marcação a fogo ou outro tipo utilizado na sua frota.

Inclusive, a criação desta marca para os pneus é essencial para que você consiga identificar o desempenho individual de cada ativo e evitando uma perda antecipada dos seus pneus.

Esta, que também acontece por outros motivos, como a negligência em realizar a aferição de pneus e acompanhar seu desgaste ao longo do tempo.

Para entender como prolongar a vida útil dos ativos, sugerimos que veja outro conteúdo  em nosso canal no YouTube:

Autor

Luiz Felipe

Co-fundador e CTO da Prolog, desde 2016 se dedica à Prolog, onde além da tecnologia, já colocou um pé no marketing e nas vendas, constantemente buscando novos conhecimentos para trazer excelência à Prolog e seu time.

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