O setor de transporte rodoviário de cargas no Brasil registrou uma piora nos lucros durante o primeiro semestre de 2024.
Segundo dados divulgados recentemente pela NTC & Logística, 39% das transportadoras relataram uma queda nos lucros, um aumento de 10 pontos percentuais em comparação com o início do ano. Em contraste, 36,5% apontaram melhora nos lucros.
Entre os principais motivos por trás da queda estão os aumentos nos custos operacionais, especialmente nos custos com combustíveis, que subiram 18,2%, e com mão de obra, que registrou um aumento de 6%. Além disso, os gastos com veículos também tiveram uma alta de 5,2%.
Esses aumentos superaram o reajuste médio de 0,44% no valor dos fretes, que foi insuficiente para compensar as elevações nos custos.
A reforma tributária e as mudanças na Lei do Descanso também foram apontadas como fatores que devem aumentar os custos operacionais em até 18%, criando um ambiente de incerteza e preocupação entre os transportadores.
As expectativas para os próximos meses não são otimistas e cerca de 49% das transportadoras preveem uma piora no valor do frete. Isso representa o maior nível de pessimismo desde o início de 2021.
A combinação de custos crescentes e a incerteza regulatória fazem com que muitos transportadores temam uma deterioração ainda maior das margens de lucro.
Diante desse cenário desafiador, as transportadoras precisam adotar estratégias mais eficientes para se preparar. Investir em tecnologias que otimizem o uso de recursos pode ser uma saída para controlar os custos.
Além disso, revisar contratos e ajustar preços de forma estratégica são medidas que podem ajudar a reduzir os impactos.
A capacidade de adaptação e a busca por eficiência operacional serão fundamentais para que as empresas do setor possam atravessar esse período de incertezas com maior resiliência.
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