Você precisa personalizar os checklists de inspeção de acordo com o tipo de carreta?

Quais são os tipos de carreta usados na sua frota? Entenda se é preciso montar checklists personalizados para cada um.
Conheça os tipos de carreta e como inspecionar cada uma.

Cada tipo de carreta tem suas características e deve ser inspecionado em detalhes diferentes. Primeiro, descubra quais são os tipos de carreta e suas características.

Antes de começar, precisamos fazer duas rápidas distinções:

1 Carreta vs. Carroceria: 

Enquanto a carreta é o veículo completo, a carroceria se trata apenas da parte engatada à cabine com motor e pode ter diversos tipos e tamanhos.

2 Carreta vs. Caminhão: 

A carreta é um veículo acoplado. Ou seja, são duas partes: o cavalo, onde há motor e cabine, e a carroceria. Já o caminhão é um veículo inteiro e único, não sendo possível desengatar a cabina da carroceria.

Pronto, vamos lá?

Semirreboque (cavalo mecânico)

O semirreboque comum possui dois eixos simples e um deles é tracionado. É um veículo considerado extra-pesado.

LS (cavalo mecânico trucado)

Muito similar ao modelo anterior, mas o seu eixo traseiro é duplo — o que o faz apto a carregar mais peso. Possui mais rodas para distribuir o peso ao longo do seu comprimento.

2 eixos

A carreta de 2 eixos é formada pelo cavalo e um semirreboque, com dois eixos em cada. Pode ter até 18 metros de comprimento e carregar 33 toneladas.

Normalmente, transporta mercadorias secas e faz distribuição de perecíveis e grãos.

3 eixos

A carreta de 3 eixos, bastante semelhante, possui 2 eixos no cavalo e 3 no semirreboque. Pode ter, também, 18 metros, mas carrega até 41,5 toneladas. Costuma ser usado com as carrocerias sider, graneleira e baú.

Um benefício desse modelo é o aumento de desempenho do veículo pelo recebimento de força do motor nos eixos traseiros.

Bitrem (treminhão)

O bitrem, ou treminhão, é composto pelo cavalo mecânico e dois semirreboques, este pode conter de 7 a 9 eixos. Os semirreboques desse modelo são engatilhados por um tipo B — conhecido por quinta roda.

Bitrenzão

O bitrenzão tem uma estrutura parecida com o bitrem, a diferença é que ele possui sempre 9 eixos e a sua divisão acontece com 3 eixos no cavalo mecânico mais 3 eixos em cada semirreboque.

Também é composto pela quinta roda entre cada semirreboques. Isto aumenta a capacidade de carga de 57 (bitrem) para 74 toneladas.

É usado, principalmente, para o transporte de mercadorias a granel.

Rodotrem

O rodotrem é formado pelo cavalo mecânico e dois semirreboques. O primeiro, apoiado no próprio cavalo mecânico e, o segundo, engatado com auxílio da carreta dolly.

Esse veículo tem uma particularidade, pois, por ter três articulações e ser mais pesado, precisa de uma Autorização Especial de Trânsito (AET), cedida pelo DNIT, para circular.

Costuma ser usado para transporte florestal e canavieiro.

Principais tipos de carroceria

  • Baú: carreta fechada, usada no transporte de produtos frágeis, dentre eles, eletrônicos e medicamentos.
  • Sider: a escolha ideal para cargas volumosas, tem laterais retráteis (fechadas por lonas) que agilizam o processo de carregamento e retirada da carga.
  • Basculante: o equipamento tem um sistema que possibilita que um lado se erga enquanto o outro fica preso, escoando a carga para fora do veículo, normalmente materiais como areia ou brita.
  • Frigorífica: mantém a temperatura em torno de -15°C a -20°C, ideal para mercadorias congeladas.
  • Refrigerada: temperatura entre 0 e -10°C, é usada para transportar laticínios, frutas e remédios — apenas transportes de curto trajeto.
  • Graneleira: transporte de grãos, assim como adubos, fertilizantes, barras de aço e sacarias são feitos por essa carroceria.
  • Cegonha: usada, em grande parte, para o transporte de carros de passeio.
  • Tanque: transporte de líquidos como gasolina, etanol, e diesel.

Outros tipos de carrocerias

  • Plataforma: também conhecida como guincho, carrega outros veículos, como carros e motos.
  • Silo: transporte de materiais que precisam de pressão para sair, como cal e cimento.
  • Porta-contêiner: É possível transportar um contêiner com o auxílio do cavalo mecânico, para diversas mercadorias.
  • Prancha: laterais abertas e resistentes, são carretas usadas para transportar máquinas de grande porte e inteiras (tratores, carros, etc.).
  • Canavieira: transporta cana-de-açúcar, geralmente acoplada ao rodotrem.
  • Cabideiro: produtos (roupas) distribuídos em cabides, evitando que fiquem amassados. Usado para entregas expressas.
  • Boiadeira: transporte de animais vivos em uma carroceria fechada e com entradas de ar.
  • Munck: possui um “braço” articulado e sistema hidráulico utilizados para a carga e descarga.
  • Poliguindaste: caçambas para armazenamento de entulhos, areia, lixo e outros materiais são transportadas por uma carreta poliguindaste, que possui um guindaste capaz de colocá-las e retirá-las do veículo. 
  • Florestal: superfície plana e “braços” nas laterais, que facilitam a amarração de toras de madeira para transporte.

Personalização de checklist para inspeção veicular

Na verdade, um checklist personalizado não é tão extremamente necessário assim.

Você consegue usar o mesmo checklist para inspecionar diferentes veículos e carrocerias desde que tenha um identificador inicial. Por exemplo, uma caixinha para marcar: caminhão ou carreta, ou um espaço para descrever o tipo de carroceria engatada no cavalo mecânico.

Porém, você também vai precisar de uma alternativa “não se aplica” para os itens de cada checklist. Afinal, existem diferenças entre cada modelo — como, nem toda carroceria possui lonas para inspecionar

Assim, é muito mais simples aderir a um sistema de checklist personalizável — o checklist eletrônico!

Você não precisa editar e imprimir checks diferentes a cada inspeção. Basta criar os modelos de check para cada veículo da frota e eles estarão sempre disponíveis para iniciar uma nova verificação quando necessário, sem nem precisar gastar com papel.

Portanto, o uso de um aplicativo com questionários prontos e de fácil acesso por cada motorista responsável pela tarefa será um diferencial de agilidade e produtividade.

Conheça mais sobre montar o seu checklist personalizado nesse guia completo e gratuito sobre o assunto.

Autor

Luiz Felipe

Co-fundador e CTO da Prolog, desde 2016 se dedica à Prolog, onde além da tecnologia, já colocou um pé no marketing e nas vendas, constantemente buscando novos conhecimentos para trazer excelência à Prolog e seu time.

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