Os 9 erros mais comuns na gestão de pneus e como superá-los

Uma boa gestão de pneus começa eliminando os erros mais comuns. Veja como garantir segurança e economia na sua operação.
Conheça e evite esses erros na gestão de pneus de uma frota.

Você já parou para pensar no quanto os pneus da frota influenciam o desempenho, os custos e até a segurança da sua operação? Parece simples, mas erros na gestão de pneus podem virar um grande incômodo na sua rotina.

Simples fatores, como rodar acima do limite de velocidade permitido ou não ter uma rotina de manutenção preventiva para fazer o alinhamento e balanceamento dos pneus são erros que podem custar caro.

Confira a seguir:

No que consiste a gestão de pneus de uma frota?

A gestão de pneus de uma frota é uma atividade que combina aspectos operacionais e gerenciais.

O trabalho envolve ainda o monitoramento contínuo do estado dos pneus, incluindo a pressão, a profundidade dos sulcos e condições gerais, além do uso de ferramentas de gestão que registram e analisam dados para identificar padrões de desgaste.

Planejar a manutenção preventiva é outra tarefa central, estabelecendo cronogramas para inspeções, rodízios, alinhamentos, balanceamentos e ajustes na suspensão, sempre com o objetivo de evitar falhas inesperadas e reduzir custos.

O responsável pela gestão de pneus também deve controlar o inventário, registrando detalhadamente a trajetória de cada pneu, desde sua aquisição até o descarte, além de organizar o estoque de pneus novos, recapados e usados para garantir sua disponibilidade sempre que necessário.

Esse controle detalhado permite que decisões melhores sejam tomadas, como determinar o momento ideal para recapagens ou substituir pneus desgastados.

O gestor deve, ainda, analisar dados sobre o desempenho dos pneus, como o custo por quilômetro (CPK), utilizando essas informações para avaliar as melhores marcas e modelos para a frota.

Além das atividades operacionais, o gestor de pneus pode ter um papel estratégico, que inclui negociar com fornecedores, implementar processos eficientes e usar sistemas inteligentes para otimizar o controle e a gestão de informações.

Ele deve conscientizar motoristas e equipes sobre a importância de práticas adequadas, como calibrar pneus corretamente, realizar inspeções regulares e registrar tudo de forma organizada.

Enquanto o monitoramento e o controle do desgaste são essenciais para o dia a dia, as análises estratégicas e o planejamento a longo prazo garantem que a frota opere reduzindo custos, melhorando o desempenho e prolongando a vida útil dos pneus.

Quais são os erros na gestão de pneus?

Sobrecarregar os veículos

Cada marca e modelo de pneu tem um peso de carga máximo suportado. Inclusive, essa informação pode ser encontrada nas laterais de cada pneu. Se você não sabia disso, confira como encontrar e ler esses dados aqui.

Colocar peso excessivo nos pneus provoca desgaste irregular, compromete a carcaça e pode resultar em descarte antecipado, aumentando custos operacionais.

Além dos pneus, a sobrecarga do veículo gera maior consumo de combustível, pois o veículo perde eficiência no desempenho e você ainda pode acabar com uma multa em mãos.

Andar acima dos limites de velocidade

Não necessariamente estamos falando dos limites impostos por lei nas rodovias e estradas municipais, mas do próprio limite dos pneus.

Ao lado do limite de carga que o pneu suporta, nos dados da lateral, também tem o limite de velocidade que eles podem rodar antes de começar a sofrer danos incomuns. É importante não cometer o erro de ultrapassar esses limites, pois essa prática pode resultar em superaquecimento, aumento de pressão e até mesmo estouros.

Exceder o limite de velocidade, portanto, não é apenas um risco para a vida dos motoristas, mas é o caminho para a perda precoce de pneus. 

Rodar com pneus em baixa pressão

A baixa pressão dos pneus pode gerar vários problemas. Dentre eles:

  • Desgaste irregular  e prematuro dos ombros dos pneus e da carcaça
  • Torna o veículo mais vulnerável a danos estruturais causados por buracos e imperfeições, já que a carcaça do pneu fica menos protegida
  • Aumento da temperatura ao rodar na estrada
  • Quebra ou rachadura no alto do costado
  • Rompimento ou desagregamento dos cordonéis

Por esses motivos, a calibragem dos pneus deve ser feita respeitando o PSI determinado pelo fabricante. Ou, pelos dados gerados no sistema de gestão da frota e analisados pelo acompanhamento técnico de um gestor de pneus.

Um lembrete: sempre calibre com os pneus frios. A temperatura quente dos pneus torna a calibragem imprecisa.

Manter os pneus com excesso de pressão

É comum ver em casos de excesso de carga no carregamento do veículo uma “compensação” com o aumento de pressão dos pneus. Mas vamos deixar bem claro agora: NÃO FAÇA ISSO.

O excesso de pressão pode diminuir a vida útil do pneu em até 15%, gerando desgaste maior na parte central da banda de rodagem e, por vezes, rachaduras nos sulcos. Mais que isso, o pneu perde tração e fica mais suscetível a perfurações.

Além dos pneus, este fator gera perda de estabilidade do veículo, principalmente em curvas, pode danificar a suspensão e, ainda, aumentar o consumo de combustível do veículo.

Falha no alinhamento, balanceamento e suspensão

O alinhamento e balanceamento costumam ser conferidos e realizados juntos, em média a cada 10 mil km. Isso está acontecendo na sua frota? Em caso de resposta negativa, você precisa mudar imediatamente.

O desalinhamento das rodas gera um efeito de “puxa”  na direção, isto é, quando o veículo pende mais para um lado do que para outro. As consequências disso incluem o desgaste irregular dos pneus e aumento no consumo de combustível.

Já o balanceamento garante estabilidade e equilíbrio ao veículo, quando está fora do normal, faz com que o veículo “vibre” mais e gera desgastes excessivos em pontos alternados da banda de rodagem. Causando, inclusive, problemas na suspensão.

Quando esta está desgastada ou tiver algum outro problema, pode causar justamente um problema de alinhamento e prejudicar a estabilidade do veículo. 

Ou seja, esses três elementos do veículo estão interligados e devem receber a mesma atenção!

Deixar de controlar os desgastes

O desgaste é a maior causa de perda de pneus antes da hora. Embora muito falamos na importância de cuidar dos pneus da frota, ainda são poucas as empresas que adotaram sistemas de gestão para esses itens.

Portanto, além de gerar economia à frota e aumentar a durabilidade dos pneus, realizar o controle dessas peças será um diferencial competitivo para a sua transportadora!

Pneus desgastados têm uma aderência menor ao asfalto e diminuem o equilíbrio e estabilidade dos veículos. Se chegarem no estado “careca”, você pode ainda levar multas por má conservação do veículo. 

Através da medição de profundidade dos sulcos, é possível prever a necessidade de recapagens e você consegue identificar problemas e buscar soluções rapidamente para evitar a perda dos pneus.

Ainda mais: você gera dados para descobrir o CPK, identificando o melhor pneu para a sua frota. Mas, para isso, essa medição deve ser feita com equipamentos adequados para garantir precisão e evitar danos à carcaça durante o processo.

Não saber os tipos de pneus

De acordo com o tipo de pneu e tipo de estrada, as necessidades diferem e os pneus também. Os de maior severidade (com sulcos mais profundos), por exemplo, são usados fora de estrada, em terrenos acidentados.

Já os pneus de baixa severidade, que são mais leves, são excelentes para viagens longas em rodovias. Afinal, eles fazem um papel importante aumentando o desempenho do veículo e o consumo de combustível.

Usar um pneu de baixa severidade em uma estrada de chão, por exemplo, poderá acabar com esse pneu antes mesmo de a viagem acabar.

Viu como pode ser bem útil conhecer os tipos de pneus e suas finalidades?

Não realizar o rodízio de pneus

O rodízio e o desgaste dos pneus tem uma ligação direta.

Esta é: o rodízio garante um desgaste por igual em todos os pneus do veículo. 

Inclusive, essa é uma prática de manutenção de veículos que vem descrita no manual do proprietário de cada modelo — indicando qual a maneira correta de fazer o rodízio para cada máquina.

Durabilidade, desempenho melhor das frotas, economia, segurança e consumo de combustível mais eficiente são alguns dos benefícios de realizar essa tarefa.

Esquecer do estepe

Ainda que não esteja instalado no caminhão, este é um pneu e pode ser necessário a qualquer momento. Por isso, o estepe deve estar sempre em condições para ser usado.

Recomenda-se calibrar o estepe com 5 a 10 psi acima dos demais para compensar a perda natural de pressão quando em repouso.

Como evitar esses erros e aproveitar ao máximo os pneus da frota?

Evitar os erros na gestão de pneus e aproveitar ao máximo sua vida útil exige uma abordagem baseada em planejamento, monitoramento contínuo e adoção de práticas recomendadas.

Para começar, é essencial que os pneus sejam escolhidos de acordo com as características das operações e veículos da frota, considerando fatores como tipo de carga, trajetos percorridos e severidade das condições de uso.

Isso garante que cada pneu esteja preparado para enfrentar as demandas específicas do trabalho, evitando desgastes desnecessários.

Uma vez em uso, o acompanhamento da pressão é indispensável, ajustando-a conforme as recomendações do fabricante ou dados obtidos pelo sistema de gestão da frota. 

Além disso, práticas como o rodízio periódico, alinhamento e balanceamento devem ser parte integrante da manutenção regular, prevenindo desgastes irregulares e problemas na suspensão que podem comprometer tanto os pneus quanto a segurança do veículo.

Outro ponto crucial é a coleta e análise de dados sobre o desempenho dos pneus. Com o uso de tecnologias de gestão, o gestor pode monitorar fatores como profundidade dos sulcos, quilometragem e consumo de combustível associado ao estado dos pneus.

Esses dados não apenas ajudam a identificar problemas precocemente, como também orientam decisões sobre recapagens ou substituições.

Para evitar erros e garantir a máxima eficiência, também é fundamental engajar os motoristas e a equipe de manutenção.

Motoristas bem informados sobre os impactos do excesso de velocidade, da sobrecarga e da baixa pressão, por exemplo, tornam-se aliados na conservação dos pneus.

Ao identificar e corrigir erros comuns, você garante resultados ainda melhores!

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Autor

Jean Zart

Co-fundador e CEO da Prolog, possui mais de 10 anos de experiência no mundo do transporte e logística, tendo atuado nas áreas de análise de gestão e processos. Desde 2016, se dedica à Prolog, motivado a gerar inovação e otimização na gestão de frotas.

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O conteúdo que você já gosta e acompanha sobre o universo da gestão de frotas também está em vídeos publicados semanalmente e lives exclusivas com convidados.

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