O tempo médio para reparo (MTTR) é um indicador de desempenho que mede o tempo médio necessário para reparar um veículo ou equipamento após a ocorrência de uma falha.
Ele é utilizado na gestão de manutenção para avaliar a eficiência das operações de reparo e a capacidade da equipe de manutenção de resolver problemas no menor tempo possível.
Um MTTR baixo indica que os reparos estão sendo realizados de forma rápida, minimizando o tempo de inatividade dos veículos e garantindo que a frota esteja disponível para as operações.
Por outro lado, quando está alto, pode sinalizar problemas na equipe de manutenção, falta de peças de reposição, procedimentos ineficazes ou outros gargalos no processo de reparo.
A seguir, vamos falar mais sobre:
- Para que usar o MTTR
- Como calcular o tempo médio para reparo
- Como melhorar o tempo médio para reparo
- Qual a diferença do MTTR para o MTBF e MTTF
- Como analisar os resultados de manutenção da sua frota
Para que usar o MTTR?
Sabemos que é um constante desafio gerenciar as manutenções preventivas dos veículos, por isso, apresentamos aqui o indicador de manutenção MTTR, que pode ser uma boa solução.
De modo geral, esse indicador determina o tempo médio que é necessário para a realização de reparos, o que pode ajudar a planejar as manutenções da sua frota de forma a minimizar a interrupção das operações.
Além disso, o MTTR permite identificar possíveis gargalos no processo de reparo, como a falta de peças de reposição ou alguma deficiência na capacitação da sua equipe.
Por exemplo, se a análise dos dados mostrar que um dos principais fatores de aumento do tempo de reparo é a indisponibilidade de peças, uma solução imediata é otimizar (ou mesmo implementar, se ainda não possuir) o sistema de gerenciamento de inventário para garantir que as peças mais críticas estejam sempre disponíveis.
Outra aplicação prática do MTTR é na capacitação da equipe de manutenção. Se determinados tipos de falhas estão levando mais tempo para serem reparadas devido à falta de especialização, você poderá investigar a necessidade de treinamentos específicos.
Caso sejam os reparos relacionados ao sistema elétrico dos veículos que estão demorando mais, será útil oferecer um curso de especialização nesse componente para os técnicos ou mesmo realizar novas contratações para esta área, resultando em reparos mais rápidos e eficientes.
Como calcular o tempo médio para reparo?
O cálculo do MTTR é realizado através da fórmula:
MTTR = Tempo Total de Reparo (em horas) / Número Total de Falhas
Os elementos envolvidos no cálculo são o Tempo Total de Reparo, que se refere ao período total necessário para restaurar a função de um ativo após a ocorrência de uma falha.
Isso inclui desde o tempo necessário para diagnosticar o problema, obter peças de reposição, realizar o reparo até o tempo usado para testar o equipamento e garantir que ele esteja funcionando corretamente.
E também o Número Total de Falhas, que é a quantidade total de vezes que os ativos falharam durante o período de análise.
Por exemplo, se uma frota de veículos acumulou 50 horas de reparos durante um mês e houve 10 falhas no total, o cálculo do MTTR seria:
MTTR = 50 horas / 10 falhas = 5 horas
Isso significa que, em média, leva 5 horas para reparar cada falha na frota.
Como melhorar o tempo médio para reparo?
Essa melhora pode começar a partir da utilização de tecnologias e sistemas voltados à gestão de manutenção das frotas, criando uma padronização de processos e registros das informações de cada serviço e por meio do estabelecimento de protocolos claros de resposta rápida diante de problemas inesperados.
Alguns dos principais fatores que podem influenciar o resultado do tempo médio para reparo são:
- Disponibilidade de peças de reposição: se não há peças disponíveis, naturalmente, irá demorar mais para que um veículo seja consertado.
- Capacitação da equipe de manutenção: quanto mais experiente for a equipe, mais rápido podem diagnosticar e resolver os problemas.
- Documentação e histórico de manutenção: podem ajudar a identificar problemas recorrentes e as soluções adequadas para cada caso.
As maneiras que mais indico para combater esses problemas são fazer uma gestão de estoque e inventário mais eficiente, tanto realizando ajuste nos processos de entrada e saída das peças quanto contratando ferramentas tecnológicas e especializadas para essa gestão.
Da mesma forma, o uso de sistemas de manutenção que registram e mantêm o histórico de revisões e serviços dos veículos da frota terá um impacto para você avaliar o nível de serviços e demandas da equipe de manutenção, possibilitando tomadas de decisão mais precisas para, de fato, reduzir o MTTR.
Qual a diferença do MTTR para o MTBF e MTTF?
Como acabamos de ver, o MTTR é um indicador de desempenho que mede o tempo médio necessário para reparar um veículo ou equipamento após a ocorrência de uma falha.
Já o MTBF (Mean Time Between Failures) mede o tempo médio entre falhas de um veículo, o que significa que ele avalia a confiabilidade e a durabilidade de um ativo, mostrando quanto tempo, em média, o equipamento opera antes de apresentar uma falha.
Enquanto isso, o MTTF (Mean Time to Failure) é utilizado para medir o tempo médio até a falha de um veículo que não pode ser reparado.
Diferente do MTBF, que considera o ciclo contínuo de operação e reparo, o MTTF se aplica a itens descartáveis ou de vida útil limitada, indicando quanto tempo um equipamento deve funcionar antes de falhar definitivamente.
Na minha experiência, todos podem ser utilizados na gestão de manutenção da sua frota, basta você saber qual o melhor uso e qual o seu objetivo com a mensuração de cada um.
Como analisar os resultados de manutenção da sua frota?
Além da coleta de informações sobre os veículos e suas manutenções, é preciso saber usar isso para analisar a realidade de suas operações e tomar decisões que gerem melhorias de fato, seja na produtividade, economia ou segurança.
Para analisar os resultados obtidos na gestão de manutenção dos veículos, você precisa saber quais são as métricas e indicadores de manutenção mais importantes, estes que são estabelecidos através da determinação dos seus objetivos.
Ou seja, se o objetivo primário é reduzir os custos de manutenção, você deverá acompanhar indicadores como a quantidade de manutenções realizadas por tipo, o custo de manutenção por tipo, o tempo médio entre falhas (MTTF), entre outros.
É importante também já ter uma base comparativa, de forma que você consiga analisar se as ações tomadas estão gerando resultados concretos e quais indicadores estão positivos ou negativos.
Com uma análise contínua e detalhada, você pode identificar padrões e ajustar suas estratégias para melhorar constantemente a performance dos veículos em suas operações de transporte.
E se você quiser continuar entendendo como controlar a manutenção da frota e fazer análises mais precisas para tomar suas decisões, temos um curso que você não pode deixar de fazer.
O curso para gestores de manutenção da frota foi desenvolvido por mim, junto à equipe Prolog, com o objetivo de contribuir para a sua profissionalização na área, expandindo seus conhecimentos e possibilitando aumentar o nível na sua carreira.
Conheça mais e faça a sua inscrição.