Qual é a diferença entre acidente de trânsito e sinistro?

Conheça a diferença entre acidente de trânsito e sinistro para saber como qualificar as ocorrências da sua frota.
Entenda o que diferencia o acidente de trânsito de um sinistro.

A diferença entre acidente de trânsito e sinistro é direta: o primeiro se refere a qualquer colisão ou impacto de um ou mais veículos em uma via de transporte, enquanto o segundo abrange qualquer tipo de ocorrência, seja acidental ou não, envolvendo veículos.

Embora ambos os termos sejam comumente usados no contexto das operações de transporte, nem sempre há clareza quanto ao seu uso correto.

Ainda mais com a recente mudança da ABNT, que passou a adotar o termo “sinistros” em vez de “acidentes de trânsito”, se torna ainda mais importante esclarecer e diferenciar esses conceitos.

A compreensão da diferença entre eles é essencial para uma comunicação melhor e uma gestão de riscos adequada nas operações de transporte.

Confira a seguir:

O que é acidente de trânsito?

Um acidente de trânsito é um evento que envolve pelo menos um veículo em movimento em uma via pública, que resulta em danos materiais, lesões ou, em casos mais graves, óbitos.

O aspecto fundamental de um acidente de trânsito é que ele envolve um veículo em movimento e ocorre em um espaço utilizado para o tráfego, como estradas, rodovias ou ruas urbanas.

Podem ser caracterizados por uma série de fatores, incluindo erro humano, como imprudência ou desatenção do motorista, falhas mecânicas no veículo, condições climáticas adversas e até fatores externos como a infraestrutura inadequada da estrada.

O que é considerado um sinistro?

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e a ABNT, um sinistro é definido como qualquer ocorrência no trânsito que resulte em danos materiais ou corporais, podendo variar desde incidentes menores até situações mais graves.

Quando ocorre sem vítima, inclui eventos onde há danos materiais, mas sem lesões físicas aos envolvidos. Exemplos comuns são colisões leves, batidas sem feridos ou danos à propriedade pública ou privada sem causar lesões.

Nesses casos, o Artigo 927 do Código Civil Brasileiro oferece uma base legal para a responsabilidade civil, determinando que aquele que causar dano a outrem por ato ilícito (ato negligente, imprudente ou imperito) deve repará-lo.

Por outro lado, sinistros com vítimas englobam situações onde há lesões corporais ou mesmo fatalidades. De acordo com os Artigos 302, 303 e 304 do CTB, esses casos podem variar de lesões leves a graves, até a morte decorrente do acidente.

As consequências legais são mais sérias, e as penalidades podem incluir desde multas até implicações criminais, dependendo da gravidade do incidente.

Qual a diferença entre acidente de trânsito e sinistro?

Embora ambos os termos se refiram a eventos que ocorrem nas vias, eles são usados para descrever situações distintas.

Enquanto o “acidente de trânsito” é uma subcategoria dentro do conceito mais amplo de “sinistro”, este último inclui uma variedade maior de situações que podem afetar os veículos e os motoristas.

Essa compreensão ajuda a fazer a correta documentação dos eventos, a comunicação precisa com seguradoras e autoridades, e a implementação de novas estratégias de gestão de risco na frota.

O papel da gestão de risco na prevenção de acidentes e sinistros

A gestão de riscos da frota abrange várias responsabilidades e estratégias. Para isso, é necessário identificar os riscos potenciais que podem levar aos acidentes e sinistros com veículos.

Isso envolve uma avaliação contínua dos fatores de risco, seja através da análise de dados de desempenho dos veículos, comportamento dos motoristas ou condições das vias.

Além disso, a gestão de riscos também envolve o entendimento das implicações legais associadas à operação de uma frota.

Os gestores de frota precisam estar cientes das responsabilidades civis e criminais que podem surgir em caso de acidentes, principalmente aqueles que resultam em danos materiais ou lesões corporais. 

É responsabilidade sua também manter um alto padrão de segurança e conformidade, para evitar repercussões legais para a empresa.

Outro componente importante da gestão de riscos é a escolha e a gestão de apólices de seguro apropriadas. O seguro não só oferece proteção financeira em caso de sinistros, mas também é uma parte essencial do planejamento e da estratégia de prevenção de riscos.

Cultura de segurança e treinamento de motoristas

A realização de programas regulares de treinamento e capacitação para os motoristas é essencial. Esses programas podem abranger desde o aprimoramento das habilidades de condução até sessões sobre consciência situacional e primeiros socorros.

Isso contribui para também promover um senso de responsabilidade e comprometimento com a segurança.

Além disso, a revisão contínua e a atualização dos procedimentos de segurança, com base nos feedbacks dos motoristas e nas análises de acidentes e sinistros anteriores, garantem que as práticas de segurança evoluam e se mantenham eficientes. 

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Autor

Emerson Bastos

Formado em Administração de Empresas pela Univali e atua há 20 anos com transporte rodoviário de carga, frota, planejamento e controle, e finanças.

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