Para aumentar as economias da frota, o processo de recapagem de pneus é uma prática comum.
Porém, nem sempre ele é possível. Em muitos casos, os gestores se deparam com a recusa de recape: a impossibilidade de reaproveitar o pneu.
Isso acontece quando os pneus já sofreram danos excessivos, que já são visíveis externamente, ou que prejudicaram a estrutura interna dos pneus. Caso você não tenha estabelecido ainda uma gestão de pneus efetiva na sua operação, já deve ter se deparado com essa recusa.
Para entender melhor como funciona o processo de recapagem de pneus, confira a seguir o passo a passo:
- Coleta dos pneus;
- Limpeza;
- Inspeção inicial;
- Raspagem;
- Escareação;
- Conserto;
- Enchimento;
- Segunda inspeção;
- Cimentação;
- Aplicação da banda;
- Vulcanização;
- Inspeção final e controle de qualidade.
Passo a passo do processo de recapagem de pneus:
1 – Coleta dos pneus
A primeira etapa da recapagem é a coleta dos pneus que são encaminhados a este processo pela gestão da frota. Ou seja, quando o gestor identifica um determinado nível de desgaste dos pneus, eles são retirados do veículo e encaminhados para a análise de carcaça.
Geralmente, cada pneu coletado recebe uma nota fiscal e uma identificação dos pneus, mostrando também qual é o serviço que deve ser realizado no ativo.
2 – Limpeza
A limpeza é uma etapa do processo de recapagem de pneus que é considerada crucial, pois ela auxilia na confiabilidade da inspeção dos pneus, isto é, na próxima etapa. Dessa forma, garantindo maior sucesso ao final do processo.
Nela, utiliza-se uma máquina de escovas de aço para diminuir os resíduos na borracha e facilitar a inspeção do pneu.
3 – Inspeção inicial
Nesse momento, os analistas da recapadora precisam entender se o pneu está apto a passar pelo processo de recapagem. Para isso, o examinador busca por danos visíveis, um critério que desclassifica o pneu e gera a recusa de recape.
Porém, essa é apenas a inspeção inicial. Algumas etapas à frente, temos também a “escariação”, onde serão definidos com maior certeza os danos dos pneus e carcaça.
4 – Raspagem
Antes de ser recapado, é necessário primeiro retirar a borracha já presente no pneu a fim de possibilitar a colocação de uma nova banda de rodagem. Essa é a etapa do processo de recapagem de pneus que se chama “raspagem”.
5 – Escareação (tratamento)
Essa é a etapa onde acontecem os reparos de cortes e danos encontrados na carcaça, como a retirada de peças oxidadas. Trata-se de um passo fundamental para prolongar a vida útil do pneu e fazer a recapagem realmente valer a pena.
6 – Conserto
Caso alguns danos não consigam ser corrigidos na etapa de escareação, deve-se realizar essa segunda parte de consertos. Nela, costuma acontecer uma reconstrução mais completa da estrutura do pneu, pois os danos já foram mais profundos.
7 – Enchimento
O enchimento é a etapa de repor a borracha que ficou irregular nas etapas anteriores. Assim, nivelando todos os possíveis furos que estiverem presentes.
8 – Segunda inspeção
Essa etapa não é uma prática obrigatória do processo de recapagem de pneus, mas auxilia na prevenção de que o pneu passe às próximas etapas ainda com algum defeito que atrapalhe os resultados finais da reforma.
Trata-se de uma análise mais rápida e generalizada do pneu como um todo, garantindo sua qualidade para dar sequência no recape. Porém, nem todas as empresas de recape fazem essa verificação neste momento.
9 – Cimentação
A cimentação, também conhecida como “aplicação de cola”, é a imunização da carcaça para que o pneu fique pronto para receber as demais etapas do processo de recapagem.
10 – Aplicação de banda
Com todos os passos de preparação anteriores, o pneu agora está apto a receber a nova banda de rodagem. Antes de ser aplicada, a banda também passa por um processo de adequação, sendo cortada no tamanho e diâmetro exatos para o pneu em reforma.
Já a aplicação acontece através de uma máquina, geralmente chamada “builder”, na qual o operador realiza as configurações necessárias para que o pneu e a banda tenham um encaixe adequado — inflando o pneu na pressão correta, determinando a folga das emendas e aplicando a banda.
Por último, a máquina faz a roletagem ou envelopamento, retirando o ar excessivo entre a banda e a carcaça.
Uma parte importante desse processo de recapagem de pneus é a identificação em cada banda aplicada, disponibilizada pela própria recapadora. Dessa forma, permitindo um controle de qualidade e segurança da quantidade de recapes realizados em cada pneu.
11 – Vulcanização
Na vulcanização, o pneu é submetido a diferentes temperaturas, tempo e pressão. Para cada modelo e borracha de banda de rodagem, essas condições são específicas, sendo necessário bastante atenção e cuidado do operador para não cometer erros durante a etapa.
O objetivo da vulcanização é garantir uma melhor adesão dos sulcos à carcaça.
12 – Inspeção final e controle de qualidade
No final de todo esse processo de recapagem de pneus, uma última inspeção ainda se faz necessária. Nela, o operador realiza uma análise em busca de falhas que possam ter acontecido em alguma das etapas anteriores.
Se reprovados, os pneus geralmente são descartados, pois sua reforma não foi possível e uma nova realização do processo é inviável. Caso aprovados, seguem para emissão de documentos fiscais e envio à empresa solicitante do serviço.
Entenda o momento ideal para recapar os pneus da sua frota:
É um meio de economizar o orçamento da frota, visto que a recapagem é de um valor bem menor que a aquisição de um novo pneu. Além disso, quando o processo é realizado da maneira correta, o pneu pode ser utilizado por mais cerca de 2 anos — e até ser recapado novamente.
Os preços variam dependendo da região que estiver, mas, em média, um pneu novo custa em torno de R$2.500,00, enquanto uma recapagem gira em torno de R$500,00.
Para você garantir que o processo de recapagem de pneus seja realizado, evitando que eles sejam recusados durante a inspeção de carcaça, a gestão de pneus é fundamental.
Através dela, você controla os níveis de desgaste e entende quando há problemas que poderiam levar à esta recusa de recape.
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