Um estudo recente da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revelou que para modernizar completamente a frota de caminhões em circulação no Brasil seria necessário um investimento de aproximadamente R$1,16 trilhão.
O levantamento aborda diversos cenários para a renovação, incluindo a substituição de todos os veículos fabricados antes de 2022, que ainda não contam com a tecnologia de emissão Euro 6 — esta passou a ser obrigatória em janeiro de 2023 — e estabelece padrões mais rígidos de controle de poluentes, essenciais para a redução de emissões e para o alinhamento com metas ambientais.
A frota brasileira, hoje, apresenta um alto nível de envelhecimento. Caminhões mais novos, fabricados com tecnologia de ponta e menor impacto ambiental, representam apenas 4,9% dos veículos em circulação.
Enquanto isso, muitos veículos em operação ultrapassam os 20 anos de uso. Esse envelhecimento afeta diretamente a segurança nas estradas, uma vez que veículos mais antigos têm maior propensão a falhas mecânicas e problemas de desempenho.
A substituição de caminhões antigos traria uma série de benefícios ambientais e econômicos.
Com veículos mais modernos, as emissões de gases de efeito estufa seriam reduzidas, uma vez que modelos recentes contam com tecnologias de controle de poluentes que tornam as operações mais sustentáveis.
Além disso, a modernização da frota melhoraria a eficiência no consumo de combustível e diminuiria os custos de manutenção para transportadores.
Apesar dos benefícios, a renovação da frota enfrenta desafios financeiros e políticos. Para muitos transportadores, especialmente os caminhoneiros autônomos, o acesso ao crédito necessário para a aquisição de veículos novos é uma barreira.
O elevado custo de compra e a carga tributária sobre veículos novos também são fatores que dificultam a modernização da frota.
Diante dos desafios, a sugestão dada é a implementação de políticas públicas e subsídios específicos para facilitar o acesso ao crédito e incentivar a renovação.
Propostas incluem a criação de linhas de financiamento com juros reduzidos, a diminuição de impostos sobre veículos mais eficientes e um programa de incentivo à renovação para promover a substituição dos caminhões antigos por modelos mais novos e seguros.
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