Veículos pesados na frota: como prolongar a vida útil e evitar perdas

Manter veículos pesados em operação eficiente é essencial para evitar falhas. Confira como cuidar da frota e garantir resultados.
Saiba como gerenciar veículos pesados em uma frota.

A utilização de um veículo faz com que ele se torne mais suscetível a danos e falhas, principalmente veículos pesados de uma frota.

Por isso, é tão importante acompanhar os dados de cada veículo da frota e garantir que eles recebam os cuidados necessários para reduzir acidentes e a perda de veículos por motivos como falhas mecânicas.

Veja a seguir:

O que é considerado um veículo pesado?

Veículos pesados são aqueles cujo peso bruto total (PBT) ultrapassa 3.500 kg. Essa definição é estabelecida pelas legislações de trânsito em diferentes países, incluindo o Brasil, que adota esse limite para classificar veículos entre leves e pesados.

Essa categorização não é apenas técnica; ela influencia a regulamentação, os impostos e as regras de operação desses veículos nas estradas.

Os veículos pesados têm características que os diferenciam de veículos leves, começando por suas estruturas mais robustas, projetadas para suportar operações intensas e de longa duração.

Eles também possuem maior capacidade de carga, permitindo o transporte de mercadorias volumosas ou extremamente pesadas, o que os torna indispensáveis em setores como logística, construção civil e agricultura.

Além disso, veículos pesados são equipados com sistemas de motor mais potentes para garantir o desempenho necessário em condições de trabalho exigentes, como subidas íngremes, terrenos acidentados ou longas distâncias rodoviárias.

Sua engenharia também inclui configurações variadas de eixos, que podem ser simples, duplos ou múltiplos, dependendo da aplicação, para distribuir melhor o peso e aumentar a estabilidade durante o transporte.

Quais são os tipos de veículos pesados?

Os veículos pesados podem ser classificados em categorias conforme suas funções e características, o que facilita entender suas aplicações e escolher o modelo mais adequado para cada necessidade. Aqui estão os principais tipos:

Caminhões

Os caminhões são, sem dúvida, os veículos pesados mais comuns no setor de logística e transporte de cargas. Eles variam em tamanho, capacidade e configuração para atender a diferentes demandas:

  • Caminhão toco: equipado com dois eixos, é ideal para cargas médias em curtas e médias distâncias.
  • Caminhão truck: possui três eixos, o que o torna adequado para transportar cargas maiores com mais estabilidade.
  • Caminhão bitrem e rodotrem: veículos projetados para transporte de cargas extremamente pesadas e volumosas, com múltiplos semirreboques acoplados.
  • Caminhão tanque: usado para transportar líquidos, como combustíveis ou produtos químicos.
  • Caminhão frigorífico: projetado para cargas que exigem refrigeração, como alimentos perecíveis.

Ônibus

Os ônibus são veículos pesados voltados para o transporte de passageiros e são classificados conforme sua aplicação:

  • Ônibus urbano: usado em áreas metropolitanas, projetado para alta capacidade e eficiência no transporte público.
  • Ônibus rodoviário: voltado para viagens de longa distância, com maior conforto e espaço para bagagens.
  • Micro-ônibus: uma versão menor, ideal para transporte de grupos menores em trajetos específicos.

Veículos agrícolas

Na agricultura, os veículos pesados são usados para o plantio, a colheita e o transporte de produtos agrícolas. Exemplos incluem:

  • Tratores agrícolas: essenciais para o preparo do solo e o transporte de implementos agrícolas.
  • Colheitadeiras: usadas na colheita de grãos e outros produtos.
  • Pulverizadores autopropelidos: veículos especializados na aplicação de defensivos agrícolas.

Máquinas de construção

Esses veículos são projetados para tarefas pesadas na construção civil, mineração e infraestrutura:

  • Escavadeiras: utilizadas para escavar terrenos em obras e grandes projetos.
  • Retroescavadeiras: versáteis, combinam a funcionalidade de uma escavadeira com a de uma pá-carregadeira.
  • Pás-carregadeiras: projetadas para movimentar grandes volumes de materiais, como areia, pedra e entulho.
  • Guindastes: usados para levantar e movimentar cargas pesadas em canteiros de obra.

Como funciona uma frota de veículos pesados?

Uma frota de veículos pesados é composta por um conjunto de veículos utilizados para atender às demandas específicas de transporte ou operação de uma empresa.

Essa frota pode incluir apenas um tipo de veículo, como caminhões dedicados ao transporte de cargas, ou uma combinação de diferentes tipos, como caminhões e equipamentos de construção, que trabalham juntos em projetos mais complexos, como obras de infraestrutura ou operações industriais.

Independentemente da composição, a frota precisa ser gerenciada de forma eficiente para garantir o funcionamento contínuo e a produtividade. 

Em alguns casos, a frota é própria, ou seja, os veículos pertencem à empresa, que assume toda a responsabilidade por sua manutenção, operação e custos.

Em outros casos, as empresas optam por frotas terceirizadas, contratando serviços de transporte ou locação de veículos para reduzir a necessidade de investimentos iniciais e focar em sua atividade principal.

Existe ainda a possibilidade de trabalhar com frotas alugadas, o que oferece flexibilidade e permite ajustar a capacidade conforme a demanda.

De maneira geral, o sucesso de uma frota de veículos pesados depende de um equilíbrio entre controle de custos, cumprimento de regulamentações e a capacitação da equipe envolvida, incluindo motoristas e operadores.

Seja para transporte de cargas, movimentação de materiais ou execução de obras, a eficiência na gestão da frota é o que garante resultados consistentes

Fazendo a gestão de frotas pesadas

Planejamento e organização

O planejamento é a base de uma boa gestão de frotas pesadas. Isso inclui criar cronogramas de operação, definir rotas eficientes e alocar veículos de forma estratégica para atender à demanda sem sobrecarregar a frota.

Gestão de manutenção veicular

Manter os veículos pesados em boas condições é indispensável para garantir segurança e prolongar sua vida útil.

A gestão de manutenção envolve desde revisões regulares de componentes críticos, como pneus, freios e motores, até a realização de manutenções corretivas quando necessário.

O uso de sistemas de gestão ajuda a acompanhar prazos, identificar problemas e organizar tarefas de manutenção com mais eficiência.

Gerenciamento de custos operacionais

Os custos operacionais, como consumo de combustível, manutenção, seguros e impostos, representam uma parte significativa do orçamento da frota. Gerenciar esses custos de forma estratégica é essencial para manter a lucratividade.

Cumprimento de regulamentações

A gestão de frotas pesadas também requer atenção ao cumprimento das normas e regulamentações específicas. Isso inclui garantir que os veículos estejam devidamente licenciados, que os motoristas possuam habilitações adequadas e que os limites de peso e dimensões sejam respeitados.

O não cumprimento pode resultar em multas, interrupções nas operações e danos à reputação da empresa.

Capacitação e engajamento da equipe

Motoristas e operadores são peças importantes na gestão de frotas pesadas. Investir em treinamento e conscientização garante que eles adotem práticas de direção econômica, conservem os veículos e sigam as regulamentações.

Além disso, manter a equipe engajada contribui para um ambiente de trabalho mais produtivo e colaborativo.

Análise de desempenho

Acompanhar indicadores como o consumo de combustível, quilometragem percorrida, custo por quilômetro (CPK) e tempo de inatividade dos veículos é fundamental.

Com base nesses dados, o gestor pode identificar áreas que precisam de melhorias e implementar estratégias para otimizar os resultados.

Tomada de decisões

A gestão eficiente de frotas pesadas exige decisões rápidas e bem fundamentadas. Seja para substituir um veículo, ajustar rotas ou investir em novas tecnologias, o gestor deve contar com informações detalhadas e ferramentas que ajudem a prever os impactos de cada escolha.

Ferramentas de análise e relatórios automatizados são grandes aliados nesse processo.

O que você precisa saber sobre depreciação de veículos?

A depreciação de veículos é um processo natural que ocorre à medida que o tempo passa e os veículos são utilizados. Em termos simples, é a perda de valor que um veículo sofre, seja pelo desgaste do uso, seja pelo lançamento de novos modelos no mercado.

Para gestores de frotas, entender e gerenciar a depreciação é fundamental para reduzir custos e otimizar os investimentos em veículos pesados.

E, embora a depreciação seja inevitável, existem formas de minimizar o impacto e manter o valor da frota por mais tempo.

O primeiro passo é garantir uma boa manutenção dos veículos, cuidando de todos os componentes, como motor, freios e pneus. Seguir as recomendações das montadoras e fornecedores para revisões regulares é indispensável.

Outro fator importante é o treinamento da equipe. Praticar uma direção defensiva e econômica ajuda a reduzir o desgaste prematuro dos veículos e manter os veículos em melhor estado por mais tempo.

Manter os pneus da frota em boas condições também é essencial. Pneus bem cuidados — com calibragem regular, rodízios e recapagens realizadas no momento certo — prolongam sua vida útil e contribuem para o bom desempenho do veículo.

Além disso, manter a frota limpa, tanto os veículos quanto os pneus, ajuda a preservar sua aparência e valor de revenda.

Por fim, lembre-se de que as revisões são a chave para evitar a depreciação acelerada. Um programa de manutenção preventiva bem estruturado garante que os veículos estejam sempre em boas condições, prontos para operar com eficiência e segurança.

Qual a idade média dos veículos pesados?

No Brasil, a idade média dos veículos pesados em frotas é de 12 anos. Embora seja comum encontrar veículos bem conservados mesmo após muitos anos de uso, é fato que, à medida que o veículo envelhece, a necessidade de inspeções e manutenções aumenta.

Para gestores de frotas, essa realidade apresenta um desafio constante: avaliar se vale mais a pena continuar investindo em manutenções preventivas e corretivas ou substituir o veículo por um modelo mais novo.

Veículos mais antigos tendem a gerar custos crescentes com reparos, além de serem menos eficientes em consumo de combustível e mais propensos a falhas inesperadas.

Chega um ponto em que manter um caminhão ou outro veículo pesado ultrapassa o limite do custo-benefício.

Por isso, monitorar a idade média da frota e acompanhar indicadores como custo por quilômetro (CPK) e histórico de manutenção são passos indispensáveis para decidir o momento ideal de renovação. 

Como saber a hora certa de renovar a frota?

Renovar a frota é uma decisão estratégica que exige análise cuidadosa.

Para identificar o momento ideal, o gestor precisa equilibrar custos, desempenho operacional e segurança, sempre considerando o impacto que veículos antigos podem ter na produtividade e na competitividade da empresa.

De modo geral, quando os gastos com manutenção de um veículo ultrapassam 20% do seu valor de aquisição, é um claro sinal de que está na hora de atualizar esse ativo.

Alguns sinais de que o veículo precisa ser trocado incluem o aumento frequente dos custos de manutenção e a alta frequência de falhas mecânicas que resultam em atrasos ou paradas inesperadas.

Perda de veículos pesados: por que isso acontece?

A falta de manutenção adequada é uma das principais causas de perda e ineficiência em veículos pesados. Sem um acompanhamento regular das condições do veículo, os riscos aumentam, incluindo quebras mecânicas, acidentes nas estradas, multas de trânsito e até apreensão do veículo.

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) indicam que falhas ou defeitos mecânicos estão entre as principais causas de acidentes de trânsito no país. Entre 2011 e 2020, mais de 59 mil acidentes foram registrados devido a defeitos mecânicos, resultando em aproximadamente 1.300 vítimas fatais.

Plano de manutenção preventiva de caminhões

Um plano de manutenção preventiva funciona como um cronograma detalhado para verificar regularmente todos os componentes dos veículos, desde os pneus até os sistemas mais complexos, como freios e suspensão.

A ideia é antecipar problemas e realizar ajustes antes que eles se tornem falhas maiores.

Além de garantir que os veículos estejam sempre prontos para operar, o plano também ajuda a registrar informações importantes, como as datas das inspeções, reparos realizados, peças substituídas e o tempo de inatividade de cada caminhão.

Isso permite um controle mais detalhado, que é fundamental para planejar a renovação da frota no momento certo e até preservar o valor dos veículos no mercado.

Para tornar a gestão da manutenção mais prática e eficiente, o uso de tecnologias para frotas é um grande aliado.

Por exemplo, com a Prolog, você pode realizar checklists eletrônicos para verificar itens como faróis, óleo do motor e funcionamento de setas, além de usar o sistema de gestão de pneus para monitorar o estado e a necessidade de serviços nesses componentes.

Tudo isso contribui para reduzir riscos de falhas mecânicas, aumentar a segurança nas estradas e evitar custos desnecessários com reparos.

A combinação de um plano bem estruturado e o suporte da tecnologia garante mais tranquilidade para o dia a dia do gestor e da equipe. Se você quer elevar sua gestão a outro nível, entre em contato com um de nossos consultores e descubra como as soluções Prolog podem ajudar!

Autor

Luiz Felipe

Co-fundador e CTO da Prolog, desde 2016 se dedica à Prolog, onde além da tecnologia, já colocou um pé no marketing e nas vendas, constantemente buscando novos conhecimentos para trazer excelência à Prolog e seu time.

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O conteúdo que você já gosta e acompanha sobre o universo da gestão de frotas também está em vídeos publicados semanalmente e lives exclusivas com convidados.

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