O que causa desgaste no pneu e danifica sua estrutura interna?

O desgaste do pneu é um dos principais problemas que o ativo enfrenta. Devido às diversas superfícies que percorre, algumas podem impactar a sua estrutura interna. Confira como e por que isso acontece.
Entenda o desgaste na estrutura interna do pneu.

Como responsável por uma frota de caminhões ou pela gestão de pneus dela, você precisa entender sobre os tipos de desgaste do pneu e estar apto a buscar as soluções para reduzir os danos na carcaça.

Antes de qualquer outro passo, você já deve conhecer o TWI (Tread Wear Indicator), um indicador de desgaste que fica dentro dos sulcos dos pneus e indica a profundidade mínima que ele pode atingir, esta sendo de 1,6 mm.

Com o uso de um aferidor, ferramenta própria para medir a profundidade dos sulcos, vamos iniciar o diagnóstico e partir para uma análise mais precisa, observando o pneu e descobrindo o que causa o seu desgaste.

O que é menos conhecido, é que a parte interna do pneu, aquela que fica direcionada para dentro da estrutura do veículo, também sofre danos específicos. É nela que vamos focar hoje, confira:

O que causa desgaste do pneu na estrutura interna?

Existe mais de um motivo que gera o desgaste interno do pneu. O primeiro deles são as rodas desalinhadas. Esse problema faz com que os pneus rodem com leves inclinações e friccionam uma parte interna do pneu em uma região que não é preparada para isso, gerando o desgaste.

O recomendado é que os pneus sejam alinhados a cada 10 km rodados, e, de preferência, precisam estar frios para passar pela revisão, tornando-a mais precisa.

A baixa pressão dos pneus também causa o desgaste interno. Como?

A calibragem abaixo do recomendado faz os pneus rodarem murchos, certo? Isso diminui o amortecimento de impactos na estrada e, quando passar por rachaduras ou buracos, vai gerar batidas a qual a estrutura interna não é projetada para receber. 

Em muitos casos, inclusive, você pode acabar tanto com a borracha perfurada ou com bolhas, além de uma carcaça que não pode mais ser utilizada.

Por isso, é importante estar atento a calibragem indicada pelo fabricante e realizar a checagem pelo menos uma vez por semana, assim como antes de viagens longas.

Quando o motorista não realiza uma direção defensiva, os danos na parte interna da peça também ocorrem, gerando uma fenda de impacto. Ou seja, quando o pneu se choca bruscamente contra obstáculos nas rodovias (pedras, lombadas, tartarugas, etc.), cria falhas na carcaça.

Quais são os outros tipos de desgaste do pneu e como eles podem acontecer?

Ao contrário do desgaste na estrutura interna, todos os apresentados abaixo são desgastes que acontecem na banda de rodagem dos pneus. Isto é, apenas na parte da borracha que fica em contato direto com o solo. 

Entenda cada um deles:

Desgaste central

Ele ocorre no meio da banda de rodagem e o que causa o desgaste do pneu aqui é a pressão alta, fazendo ele rodar apenas com o centro da banda, sem encostar os ombros no chão. Igualmente, afeta o equilíbrio do caminhão e arrisca que ele estoure.

Desgaste unilateral

Quando não há alinhamento nas rodas e ocorre o contato “torto” com o solo, além de gerar o desgaste interno na estrutura do pneu, gera esta outra consequência: 

O pneu desgastado na lateral. 

Nesse caso, o desgaste aparece em apenas um lado da banda de rodagem — o que ficou em contato com o solo.

Outro motivo é a carga com peso acima do recomendado pelo fabricante, principalmente quando ele é mal distribuído. Isso faz com o pneu fique “achatado” e entorte.

Desgaste localizado

Esse tipo de desgaste é bem específico. Ele surge como uma “mancha” no pneu e ocorre devido à:

  • Frenagem brusca do condutor;
  • Derrapagem transversal;
  • Travagem de emergência;
  • Bloqueio dos pneus.

Desgaste irregular

O que causa desgaste irregular dos pneus é a ausência de rodízio. 

Porém, não é o único motivo!

Além dele, a suspensão desregulada, falhas no sistema de travagem e a calibragem baixa, também podem causar esse dano à banda de rodagem. O desgaste irregular é o mais comum nas frotas e um dos que você mais deve evitar.

Desgaste escamado

A aparência do desgaste escamado é de dente de serra, apresentando alguns “fiapos”. Ele ocorre quando o pneu não é o ideal para o caminhão, seja pela carga transportada, pelo porte do veículo ou pelas estradas que trafega.

Desgaste serrilhado

Também em decorrência da falta de alinhamento dos pneus ou raspagem em superfícies e objetos (lombadas ou pedras, principalmente) enquanto dirige, esse desgaste surge nas bordas dos pneus.

Desgaste nos ombros

Os ombros são as regiões que unem o centro da banda de rodagem e as suas laterais. 

Geralmente, o desgaste nessa área é devido a pneus mal calibrados, vazamentos e peso máximo de carga ultrapassado.

Desgaste por ausência de direção defensiva

Manobras em alta velocidade podem agredir a banda de rodagem e desgastá-la, principalmente nas regiões mais arredondadas dos pneus, além de aumentar o risco de acidentes. 

Conscientizar os motoristas através de treinamentos é a melhor solução.

Esses são os desgastes que podem surgir nos pneus e suas possíveis causas. Mas, ainda há outros tipos de irregularidades que podem aparecer:

Quais são os outros tipos de danos em pneus?

Separamos alguns dos principais danos que podem surgir nos pneus, aqueles que mais ocorrem no dia a dia. Confira quais são e suas prováveis causas:

  • Fadiga da carcaça: ocorre quando a banda de rodagem está muito desgastada, a ponto de danificar a estrutura interna da roda.
  • Saliência no flanco do pneu: são calombos que surgem na lateral da borracha do pneu devido ao rompimento dos cabos de aços que ficam na parte interna da peça.
  • Separação das cintas na banda de rodagem: as cintas da banda de rodagem se abrem devido à falta de calibragem.
  • Exposição das lonas/cintas na extremidade dos pneus: falhas nos eixos e nos terminais causam a exposição das lonas nas extremidades dos pneus.
  • Desagregação da banda de rodagem: a banda de rodagem se solta da estrutura da roda.
  • Rachadura da banda de rodagem: a borracha do pneu apresenta rachaduras e quebras por ausência de lubrificação.
  • Cortes e furos: surgem por consequências externas, em rodovias em má condições e estradas com objetos pontiagudos ou cortantes presentes.

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Autor

Luiz Felipe

Co-fundador e CTO da Prolog, desde 2016 se dedica à Prolog, onde além da tecnologia, já colocou um pé no marketing e nas vendas, constantemente buscando novos conhecimentos para trazer excelência à Prolog e seu time.

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