Realizar uma análise de pneus na sua frota traz muitas informações importantes e que devem ser utilizadas para otimizar as suas compras de pneus.
Também é uma parte fundamental da gestão de frotas para que seja identificado se as responsabilidades de cada colaborador estão sendo cumpridas e o que pode ser alterado para a melhoria dos resultados.
Para conferir ainda mais os benefícios e porque essa análise é necessária, veja a seguir:
- O que é uma análise de pneus;
- Por que fazer a análise de pneus;
- Quem faz a análise de pneus;
- Como fazer análise de pneus.
O que é uma análise de pneus?
A análise de pneus foca em entender cada um desses ativos da frota, individualmente ou em categorias específicas, buscando identificar, por exemplo, o motivo de descarte do pneu, de surgimento de um problema, as principais causas de perda precoce, etc.
Essa investigação faz a coleta de informações de cadastro de um pneu e as combina com os dados de uso do ativo. Assim, são analisadas as dimensões, função, marca e modelo do pneu, contribuindo para a avaliação da qualidade, desempenho e CPK do mesmo, bem como outras informações relevantes.
Mas, também são analisadas as medições de pressão dos pneus ao longo das semanas, assim como da profundidade dos sulcos. Ambos dados que permitem entender o nível de desgaste da borracha e as prováveis causas quanto há irregularidades ou desgaste acelerado.
Por que fazer a análise de pneus?
O principal objetivo de praticar a análise de pneus na frota é identificar os modelos que dão menos custos e maior retorno sobre o investimento na operação. Ou seja, os pneus que possuem o melhor custo benefício para a empresa.
Isso faz essa atividade se tornar indispensável, a fim de gerar vantagens como:
Redução de custos
Se você adquire apenas os pneus de melhor custo benefício, significa que está realizando compras em intervalos maiores de tempo. Além disso, também passa a evitar a perda de pneus, chegando a zerar o descarte de peças antes do tempo.
Ao realizar compras mais estratégicas para evitar desperdícios, é possível reduzir os custos operacionais da frota.
Maior durabilidade dos ativos
Quando você realiza a análise de pneus e entende os motivos porque estão sofrendo impactos e danos, pode tomar as medidas apropriadas para evitar essas consequências. Isso faz com que os pneus tenham tanto um melhor desempenho, quanto uma maior vida útil.
Na sua análise, também podem ser identificados os motivos para a recusa de recape. Dessa maneira, pode providenciar as ações adequadas e garantir que a carcaça dos pneus tenha uma melhor conservação para dar mais vidas aos pneus na sua operação.
Redução de perdas antecipadas
Ao avaliar os pneus e entender seus principais problemas, você gera percepções valiosas para a sua gestão. Por exemplo, por que a taxa de pneus recusados para a recapagem é tão alta?
Em resumo, isso acontece quando a carcaça já está fadigada e a recapagem não terá o efeito esperado — de que o pneu dure, pelo menos, mais 1 a 2 anos.
Agora, para descobrir o motivo da fadiga da carcaça na sua frota e reduzir as perdas antecipadas, só será possível através de uma análise minuciosa da sua rotina e utilização dos pneus.
Quem faz a análise de pneus?
Dependendo do tamanho da frota e empresa, diferentes profissionais podem ser responsáveis por essa etapa da gestão de pneus:
Gestor da frota
Na maioria das vezes, o gestor da frota é quem realiza toda a organização de rotina e processos da gestão de pneus da frota, além de assumir as demais áreas. Nesse caso, também ficaria responsável por essa atividade.
Porém, esse profissional passa a ser responsável apenas pelas tomadas de decisão de compras e aprovações de orçamentos se a frota possuir um gestor de pneus. Isso, através da análise dos relatórios de pneus que o gestor entrega a ele.
Gestor de pneus
O gestor de pneus deve cuidar de tudo relacionado aos pneus da operação, desde a sua compra e cadastro no inventário até o acompanhamento da rotina na borracharia.
Quando é o único responsável por essa área, deve realizar a montagem de relatórios e análise de pneus, levando suas considerações ao gestor da frota para tomarem decisões embasadas e pertinentes à realidade da operação.
Analista de pneus
Caso o analista de pneus seja um membro na sua equipe, ele terá a responsabilidade de fazer as análises necessárias.
Se os pneus estão sendo perdidos, ele quem deve ir atrás das informações para entender os motivos e gerar hipóteses baseadas nos dados da frota.
Se os pneus não estão aptos a serem recapados, ele deve avaliar os motivos. Ao mesmo tempo, é esse cargo que terá a função de avaliar a qualidade dos serviços realizados nos pneus, identificando a durabilidade média após um serviço e acompanhando as alterações no CPK do pneu.
Apesar de ser bastante importante para a gestão de pneus, ele não é um tomador de decisões e deve encaminhar todas as suas considerações ao gestor de pneus e/ou gestor da frota.
Como fazer uma análise de pneus?
Para fazer uma análise completa e ter o necessário para avaliar o desempenho dos pneus, você precisa já ter na rotina da frota o costume e ferramentas necessárias para coletar os dados desses ativos, principalmente de registro cadastral do pneu e de acompanhamento da pressão e profundidade dos sulcos.
Essas informações são cruciais para entender o desempenho do pneu ao longo do tempo
Igualmente, é preciso ter informações de serviços e recapagens para ter um panorama geral do funcionamento dos ativos após algum tipo de manutenção.
Se já possui as informações, a sua análise deve seguir então três passos fundamentais:
1 – Determinar o objetivo da análise
A melhor maneira de fazer uma análise é entender o porquê você a está fazendo. No plano de gestão de pneus da frota, você já deve ter determinado alguns objetivos e metas para essa área, e eles podem ser o ponto de partida das suas análises.
Por exemplo, se a meta é “reduzir em 3% a perda antecipada de pneus”, você deve realizar observações como:
- Quantidade de pneus perdidos;
- Motivo das perdas de pneu;
- Principal motivo que levou a perda antecipado dos pneus;
- Qual marca de pneus teve mais perdas.
2 – Selecionar o período de análise
Para ter maior precisão e detalhamento nas suas análises, é preciso ter um período determinado para analisar e realizar comparações.
Intervalos mensais são a alternativa mais utilizada, pois é tempo suficiente para reunir informações, mas não tempo demais de maneira que acabe negligenciando a correção de possíveis problemas.
3 – Analisar: levantar hipóteses, teorias e soluções
Com todas as informações à disposição, você consegue fazer investigações e levantar pontos de melhoria na gestão de pneus.
Como uma forma de exemplificar, ao analisar que o principal motivo de descarte antecipado é a fadiga da carcaça, algumas soluções incluem:
- Alterar o limite mínimo dos sulcos dos pneus (se for 2 mm, passar para 2,6 ou 3 mm);
- Realizar a calibragem dos pneus com mais frequência;
- Investigar problemas com a manutenção dos veículos.
A partir desses levantamentos, você pode entender o que faz mais sentido para a realidade da sua frota e aplicar aquilo que for mais adequado. E, ao final de um novo período após a aplicação das ações, faça uma nova análise e veja o efeito que surtiu, determinando ou a continuidade das ações ou novas alternativas de melhoria.
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