Imagine que você está em um momento de alta nos custos operacionais e, por impulso, decide comprar o pneu mais barato disponível para tentar reduzir o orçamento. Esse é um erro comum que muitos gestores de frotas cometem.
Aqui está o que pode acontecer: o pneu barato tem uma vida útil curta, o que significa que você terá que substituí-lo mais rapidamente. Esse pneu também pode não resistir bem às condições das estradas, resultando em manutenções frequentes e custos extras com recapagens ou trocas prematuras.
O aumento no consumo de combustível é outra consequência provável, já que pneus mais baratos, geralmente de baixa qualidade, impactam a eficiência do veículo.
Com o cálculo do CPK, você pode evitar essas armadilhas e garantir que está investindo no pneu que oferece o melhor custo benefício. Então, confira a seguir:
- O que é o CPK do pneu e por que ele é importante
- Como calcular o CPK do pneu
- Como o cálculo do custo por quilômetro do pneu pode impactar a frota
- Fatores que influenciam o CPK do pneu
- Controle automatizado do CPK dos pneus da frota
O que é o CPK do pneu e por que ele é importante?
O Custo Por Quilômetro, CPK, permite que você conheça, de forma precisa, o custo de cada quilômetro rodado com determinado pneu, levando em consideração o valor de compra, manutenção, recapagens e outros fatores.
Através dessa análise, você pode fazer escolhas mais inteligentes e evitar os erros comuns, como a compra de pneus mais baratos que, a longo prazo, podem sair mais caros.
O cálculo é realizado para descobrir o custo por quilômetro (CPK) de cada pneu individualmente e é usado para comparar o custo de operar com diferentes marcas e modelos de pneus nos veículos da frota.
Afinal, quando você compra o pneu mais barato buscando reduzir custos, pode não estar obtendo nada além do custo inicial menor.
Além desse fator, há diversos outros questionamentos, como: será que o desempenho é bom? O pneu vai ter um bom aproveitamento de sua vida útil? Será que ele vai resistir às estradas da região rodada?
Tem muitos fatores que você precisa considerar para escolher os ativos da sua frota — e que você deve usar como base para mostrar à diretoria que o valor investido terá um retorno à economia das operações.
Como calcular CPK?
O cálculo do CPK é simples: some o valor de compra do pneu com o valor de consertos e serviços de recapagem; some a quilometragem rodada do pneu novo com a quilometragem rodada após a recapagem; depois, divida o primeiro resultado pelo segundo.
Esta é a fórmula do CPK do pneu:
Esse cálculo permite uma visão realista do custo de cada pneu ao longo de sua vida útil. Lembre-se de que há uma estimativa simplificada que divide o preço de varejo pela quilometragem estimada, mas essa é apenas uma projeção e pode não refletir o CPK real.
Como o cálculo do CPK pode impactar sua operação?
O CPK busca responder quanto custa percorrer uma certa distância com cada pneu da operação. Essa informação é utilizada, principalmente, na compra de novos pneus.
Isso porque permite avaliar quais pneus têm o melhor custo benefício, não necessariamente sendo o mais barato na hora da compra, mas o que roda por mais tempo, com a menor incidência de problemas, gerando menos custos a longo prazo.
Por exemplo, um pneu de R$1.200 que percorre 60.000 km tem um CPK de R$0,02 por quilômetro. Já um pneu de R$900 que percorre apenas 30.000 km tem um CPK de R$0,03. Ou seja, o pneu mais caro inicialmente oferece uma economia maior no longo prazo.
Fatores que influenciam o CPK do pneu
Mesmo que não entrem em um cálculo direto, fatores como o peso do veículo, a pressão do pneu e o tamanho dele impactam o custo por quilômetro final. Esse é o motivo pelo qual existe a necessidade de descobrir o CPK para cada pneu da frota.
Os principais fatores para você avaliar incluem:
- Marca e modelo do pneu
Pneus de marcas mais “premium” geralmente têm maior durabilidade e resistência a condições adversas, resultando em um CPK mais baixo. Modelos específicos também podem ser mais adequados para certos tipos de estrada ou carga, otimizando o custo benefício nessas situações específicas.
- Número de série do pneu
O número de série, podendo ser a marca de fogo do pneu, é utilizado para rastrear cada ativo individualmente. Isso permite monitorar com precisão o histórico de uso e manutenção de cada pneu, facilitando a análise do CPK e o planejamento de recapagens ou substituições.
- Placa do veículo em que o pneu está instalado
Manter o registro de qual pneu está em cada veículo ajuda a correlacionar o desgaste com fatores como o tipo de estrada, peso do veículo e da carga transportada e estilo de condução.
A quilometragem e condições de uso podem variar bastante de um veículo para outro, impactando o CPK.
- Condições das estradas
Estradas mal pavimentadas, com buracos ou superfícies irregulares, contribuem para um desgaste mais rápido dos pneus, elevando o CPK. Para gestores que operam em regiões com estradas ruins, é ainda mais importante escolher pneus de maior profundidade de sulcos.
- Leitura atual da pressão dos pneus
Pneus com a pressão incorreta sofrem desgaste desigual, reduzindo sua vida útil e aumentando o CPK. Pneus descalibrados também podem aumentar o consumo de combustível, agravando ainda mais o custo por quilômetro.
- Profundidade dos sulcos atual
A profundidade dos sulcos é um indicador do desgaste do pneu. Sulcos rasos indicam que o pneu está próximo do fim de sua vida útil, o que pode aumentar o risco de acidentes e a ineficiência do veículo.
Monitorar essa profundidade permite determinar o momento certo para a recapagem ou substituição, ajudando a manter o CPK sob controle.
- Número de recapagens realizadas
A quantidade de recapagens influencia diretamente o CPK, pois a recapagem é uma prática que estende a vida útil do pneu. No entanto, há um limite para o número de recapagens que um pneu pode suportar de forma segura.
- Quaisquer serviços que tenham sido feitos
Qualquer tipo de manutenção ou reparo realizado nos pneus, como alinhamento, balanceamento ou reparos de danos, também afetam o CPK. Manutenções preventivas realizadas de forma regular podem prolongar a vida útil dos pneus e reduzir os custos operacionais.
- Custo das recapagens e tipo de serviço realizado
O custo de cada recapagem ou serviço deve ser somado ao custo total do pneu para um cálculo preciso do CPK. Tipos de recapagem ou serviços mais caros podem impactar o resultado, mas também podem contribuir para uma maior durabilidade, reduzindo o CPK no longo prazo.
- Estilo de condução do motorista
Motoristas que adotam uma condução agressiva, com frenagens bruscas e acelerações excessivas, aceleram o desgaste dos pneus, podendo aumentar o CPK. Treinar os condutores para uma condução defensiva pode ajudar a prolongar a vida útil dos pneus.
Controle automatizado do CPK: uma solução prática
Manter o controle do CPK manualmente pode ser uma tarefa trabalhosa, exigindo atualizações frequentes e monitoramento constante de várias variáveis. Muito tempo é dedicado para esta função específica e outros tipos de monitoramento podem ser prejudicados.
Por isso, contar com um sistema automatizado de gestão de pneus (como o oferecido pelo Prolog App) é uma solução prática que otimiza o processo.
Com esse sistema, você pode monitorar a pressão dos pneus em tempo real, acompanhar o desgaste e a quilometragem, gerar relatórios automáticos sobre o CPK e, com tudo isso também pode tomar decisões mais embasadas com base em dados precisos e condizentes com a realidade da sua frota.
No final, o CPK do pneu é mais do que apenas um cálculo. Ele é uma ferramenta que possibilita ao gestor de frotas reduzir custos, aumentar a segurança e otimizar o desempenho de seus veículos.
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