O estouro de pneus é uma das ocorrências mais perigosas e custosas no transporte rodoviário de cargas. Além de colocar a vida do motorista em risco, pode comprometer cargas, gerar atrasos e causar grandes prejuízos para a operação.
Na maioria das vezes, o problema está ligado a falhas simples — como pressão incorreta, sobrecarga ou falta de manutenção — que passam despercebidas no dia a dia da frota. E quando a explosão acontece, não há muito o que fazer além de lidar com os danos.
Por isso, entender as causas do estouro e saber como agir é fundamental para evitar emergências e fortalecer o gerenciamento de riscos no transporte de cargas.
Neste artigo, você vai conferir:
- Quais são as 8 principais causas de estouro de pneus?
- O que fazer quando o pneu estoura?
- Como evitar que os pneus estourem?
- Cuidados para aumentar a vida útil dos pneus
Continue a leitura e descubra como prevenir esse tipo de falha antes que ela gere acidentes ou prejuízos irreversíveis para a sua operação.
Quais são as 8 principais causas de estouro de pneus?
Um pneu estourado pode parecer um simples imprevisto, mas quase sempre é um reflexo da falta de cuidado diário com o veículo ou na forma como ele é conduzido. A boa notícia é que, conhecendo as causas, é possível agir preventivamente, controlar os pneus da frota e evitar tanto prejuízos financeiros quanto riscos à segurança da frota.
A seguir, veja os principais fatores que contribuem para o pneu estourar — e o que fazer para evitar.
1. Formação de bolhas
As bolhas nos pneus são facilmente visíveis e geralmente são causadas por impactos fortes, como buracos. Caso encontre algumas partes da borracha “estufadas” é importante trocar imediatamente pelo estepe — ou, se ainda não tiver saído da base, encaminhar o veículo para o serviço de troca de pneu.
Como evitar: evite trafegar em alta velocidade por vias com buracos ou desníveis e mantenha uma rotina de inspeções para detectar deformações.
2. Transitar em estrada de terra
Estradas desse tipo possuem buracos, pedras, galhos, poças de água e obstáculos que exigem muito mais dos pneus e pressionam os amortecedores do veículo.
Como evitar: use pneus adequados ao tipo de estrada (com maior índice de carga e resistência), mantenha a pressão correta e reforce a manutenção dos sistemas de suspensão e amortecimento.
3. Excesso de calibragem
Quando o pneu está com mais pressão do que o recomendado, a borracha fica mais rígida e menos preparada para absorver impactos.
Além disso, o excesso de ar faz com que a pressão interna fique acumulada e o escapamento natural aconteça mais lentamente — o que força a estrutura interna do pneu. Se essa pressão não encontra uma saída controlada, ela acaba “procurando” por onde escapar, o que leva ao surgimento de bolhas, e claro, ao estouro do pneu.
Como evitar: respeite sempre a calibragem de pneus de caminhão indicada pelo fabricante e o plano de manutenção. Leve em conta o tipo de carga, rota e aplicação.
4. Baixa calibragem
Quando o pneu está com pressão abaixo do recomendado, ele tende a ficar mais murcho e deformado, o que compromete a estrutura da carcaça e dos amortecedores. Nessa condição, o pneu absorve mais impactos e fica vulnerável a buracos, pedras e demais irregularidades da pista.
Em casos mais extremos, a baixa calibragem pode provocar o detalonamento — ou seja, quando o pneu se solta da roda.
Além disso, tanto a pressão baixa quanto a alta aumentam o consumo de combustível e aceleram o desgaste dos pneus, gerando custos operacionais desnecessários.
Como evitar: estabeleça uma rotina de aferições com base na frequência ideal, considerando a aplicação e a carga transportada. Use equipamentos, como o aferidor eletrônico, para garantir precisão no controle de pressão.
5. Amortecedores desgastados
Os amortecedores desgastados e sem revisão ocasionam uma série de problemas que influenciam negativamente nos pneus. Eles deixam de absorver impactos corretamente, provocando movimentos irregulares, como o afundamento da dianteira, rebaixamento da traseira nas frenagens e instabilidade em curvas.
Essas consequências sobrecarregam os pneus, dianteiros e traseiros, causando desgaste irregular, superaquecimento e, em casos mais críticos, o estouro.
Como evitar: realize inspeções periódicas nos amortecedores e substitua os componentes conforme o plano de manutenção. Observe sinais de desgaste e instabilidade na direção.
6. Válvulas do pneu desreguladas
As válvulas do pneu, conhecidas popularmente como “bicos de pressão”, são responsáveis por manter a pressão dos pneus estável. Com o tempo, sofrem desgastes devido ao movimento constante que recebem das rodas e também pela exposição ao clima.
Quando danificadas ou desreguladas, as válvulas podem provocar perda gradual ou repentina de pressão nos pneus. Essa instabilidade torna o pneu mais vulnerável a impactos e ao estouro.
Como evitar: troque as válvulas a cada nova montagem ou recapagem dos pneus. Inspecione visualmente se há ressecamento, rachaduras ou folgas.
7. Veículo atolado
Durante um atolamento, a insistência na aceleração pode gerar atrito excessivo entre o pneu e o solo. Posteriormente, essa fricção aquece a borracha de forma intensa e descontrolada, aumentando o risco de estouro.
Como evitar: oriente os motoristas a não forçar o veículo em situações de atolamento. O uso de ferramentas adequadas para desatolar é a forma ideal para evitar danos aos pneus.
8. Direção irresponsável
Dirigir em alta velocidade é uma causa rara de estouro de pneu. No entanto, quando aliada à falta de manutenção, excesso de carga, impactos ou má qualidade da rodovia, esse cenário se torna bem possível.
Além disso, manobras bruscas, frenagens agressivas e desatenção aumentam a temperatura dos pneus e o esforço sobre a carcaça — fatores que aceleram o desgaste e abrem margem para falhas estruturais.
Como evitar: invista na capacitação dos motoristas e reforce a importância das boas práticas de direção. A conscientização ajuda a preservar os pneus, e o mais importante, a vida do motorista.
O que fazer quando o pneu estoura?
Se um pneu estourou em movimento, antes de mais nada, o mais importante é manter a calma e seguir alguns passos de emergência para garantir a segurança do motorista, da carga e de outros veículos na pista.
Oriente seus motoristas a:
- Acionar o pisca-alerta e reduzir a velocidade com cuidado, mantendo o caminhão o mais reto possível, sem manobras bruscas.
- Encostar o veículo em um local seguro, como o acostamento ou uma área de escape, se disponível.
- Sinalizar corretamente, utilizando o triângulo de segurança a uma distância adequada e, se possível, vestindo o colete refletivo.
- Avaliar a possibilidade de trocar o pneu com o estepe, apenas se estiver em local seguro e tiver treinamento para isso.
- Entrar em contato com a base da empresa imediatamente, especialmente se houver suspeita de outros danos ao veículo.
- Encaminhar o veículo para uma borracharia ou oficina de confiança, para avaliação completa e substituição do pneu.
- Se o estouro ocorrer em um local de difícil acesso ou durante um atolamento, acione o guincho da transportadora ou um serviço especializado, e não tente resolver sozinho.
O preparo faz toda a diferença nesses momentos. Por isso, é fundamental que os motoristas recebam treinamentos preventivos e saibam como agir com segurança diante de imprevistos na estrada.
Como evitar que os pneus estourem?
Evitar estouros de pneus passa, principalmente, por uma rotina consistente de manutenção preventiva. A maioria dos casos acontece por falhas que poderiam ter sido identificadas com antecedência, como desgaste excessivo, bolhas, rachaduras ou pressão incorreta. Por isso, a primeira recomendação é manter inspeções frequentes e criteriosas, sempre com foco em segurança.
A aferição da pressão deve ser feita com regularidade e com o uso de equipamentos confiáveis. Rodar com pressão acima ou abaixo da recomendada compromete a estrutura do pneu e aumenta drasticamente o risco de estouro. Além disso, é fundamental monitorar a profundidade da banda de rodagem, respeitando os limites mínimos exigidos por lei e pelas boas práticas de segurança viária.
Igualmente, outro ponto importante é respeitar a capacidade de carga do veículo. O excesso de peso pressiona os pneus além do limite para o qual foram projetados, acelerando o desgaste e deixando a estrutura mais vulnerável a falhas. Também vale destacar a importância de realizar recapagens com empresas especializadas, que garantam a integridade e a durabilidade do pneu reaproveitado.
Para garantir que todas essas práticas estejam sendo seguidas na rotina da frota, a tecnologia é uma grande aliada, como o sistema de Gestão de Pneus do Prolog. Assim, você antecipa problemas, evita imprevistos na estrada e ainda reduz custos com manutenção e reposição.
Em resumo, manutenção preventiva é sinônimo de segurança — tanto para os pneus quanto para quem está ao volante.
Cuidados para aumentar a vida útil dos pneus
Manter os pneus em boas condições por mais tempo exige atenção a detalhes que fazem toda a diferença na rotina da frota. Além da manutenção preventiva e das aferições regulares de pressão, é importante que os motoristas e a equipe de manutenção adotem boas práticas no dia a dia.
Alguns cuidados simples ajudam a evitar desgastes prematuros, aumentam a eficiência dos pneus e reduzem custos com trocas e paradas não programadas, como:
- Realizar o rodízio de pneus no intervalo adequado
- Corrigir desalinhamentos e problemas de balanceamento
- Evitar sobrecarga e excesso de velocidade
- Fazer inspeções visuais com frequência, buscando sinais de desgaste, bolhas e cortes
- Registrar e acompanhar o desempenho de cada pneu com o apoio de um sistema de gestão.
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