Há alguns anos, a vida útil de um pneu era um problema para os gestores de frota. Geralmente, acabava sendo reduzida pela falta de cuidados apropriados e até pela falta de alternativas para controlar o desgaste da borracha.
Contudo, hoje, temos soluções tecnológicas desenvolvidas exclusivamente para a gestão de pneus nas operações de transporte.
Trata-se de uma combinação de uma ferramenta moderna e semi-automatizada de aferições de pressão e profundidade dos sulcos, além de um sistema completo que recebe, armazena e organiza os dados coletados.
Além disso, também temos um maior acesso a conhecimentos aprofundados sobre aumentar a durabilidade dos pneus da frota. Comece agora conhecendo:
- Qual a vida útil de um pneu?
- Quantos KM roda um pneu?
- Quanto tempo dura um pneu?
- Como saber a vida útil do pneu?
- Causas de perda de vida útil do pneu;
- Cuidados para aumentar a vida útil de um pneu.
Qual é a vida útil de um pneu?
Em média, a vida útil de um pneu é de 60 mil km rodados, mas, com uma boa gestão de pneus, pode chegar até 80 mil.
Vale ressaltar que essa é uma informação difícil de disponibilizar, pois a vida útil também depende das estradas enfrentadas e modelos e marcas de pneus utilizados na frota.
Por isso, você não deve criar expectativas sobre os pneus da sua operação, mas, sim, controlá-los e descobrir a resposta para uma pergunta ainda mais interessante e pertinente: quanto tempo os pneus duram na sua frota?
Quantos KM roda um pneu?
Um pneu de caminhão consegue rodar cerca de 500 km antes de necessitar de uma nova calibragem.
Mas, a quilometragem rodada não é o único fator que influencia na calibragem. Se o veículo já rodou durante uma semana e não completou os 500 km, ele deve ser calibrado ainda assim.
Essa também é uma maneira de manter a calibragem dos pneus em dia e evitar a redução de sua vida útil.
Quanto tempo dura um pneu?
Contando a partir da sua data de fabricação, o pneu tem uma validade de 5 anos. Porém, a partir do momento que passa a ser utilizado, sua durabilidade é afetada por fatores como as condições das estradas, tempo de rodagem, condições climáticas, e assim por diante.
Além disso, os cuidados adotados também vão reduzir ou aumentar a vida útil de um pneu.
O ciclo de vida do pneu na frota, com uma boa gestão, pode durar cerca de 2 a 3 anos, e com a possibilidade de aumentar para mais 2 a cada recapagem realizada.
Como saber qual é a vida útil de um pneu?
Para saber exatamente qual é a vida útil de um pneu na sua frota, você deve fazer a gestão deles.
Controlar o desgaste do pneu, fazer a calibragem corretamente e utilizar os pneus certos para cada momento são ações que tanto dão a resposta que você busca, quanto aumentam a durabilidade dos pneus.
Para você entender ainda melhor:
Ao controlar o desgaste, através da medição de profundidade dos sulcos, você consegue identificar a velocidade em que o pneu está sendo desgastado.
Se em dois meses de uso, o pneu perdeu 1 mm de profundidade, a lógica é que nos próximos 6, ele perca mais 3 mm, no próximo ano, 6 mm, e assim por diante.
Medir e registrar esses dados gera essa previsibilidade, que ajuda a identificar quanto tempo de utilização você ainda tem para cada ativo e o quanto cada pneu está rendendo na sua operação.
Você também consegue comparar quais desgastam mais rápido e realizar um cálculo de custo por quilômetro (CPK) para entender quais são as melhores marcas e modelos para a sua frota. Assim, realizando compras mais eficientes e econômicas.
Causas de desgaste dos pneus
Pressão alta ou baixa
Quando está murcho, a banda de rodagem do pneu fica em maior contato com o solo, e a borracha fica mais “mole”. Dessa forma, aumenta o desgaste nos ombros do pneu e o deixa mais suscetível a cortes, furos e rachaduras.
Ao contrário, quando a calibragem está acima da pressão ideal, o pneu fica “estufado”. Ou seja, a banda de rodagem encosta menos no chão. Nesse caso, o desgaste é irregular e concentrado na faixa central do pneu.
Um pneu cheio demais também traz riscos à segurança do transporte, dando menos estabilidade e equilíbrio ao veículo. Além disso, as probabilidades de o pneu estourar ao passar em pedras, detritos e buracos da estrada aumentam.
Má condução do motorista
O motorista precisa dirigir de maneira defensiva, econômica e sustentável, priorizando a preservação do veículo e seus componentes.
Qualquer freada fora de hora ou uma pisada mais forte no acelerador pode causar um desgaste desnecessário dos pneus. Isso, entre outras consequências, como o superaquecimento do motor, maior gasto de combustível e perda de eficiência no sistema de freios.
Condições precárias das estradas
O Brasil é conhecido pela grande dificuldade de enfrentar as estradas e rodovias, dadas as condições precárias em que se encontram. Muitas dessas possuem buracos e rachaduras que devem ser evitados.
Contudo, nem sempre é possível deixar de trafegar por ela. Portanto, é tarefa do gestor avaliar as rotas para combinar as melhores estradas com os veículos e qual o tipo de pneu mais adequado em cada momento.
Afinal, alguns pneus performam melhor em viagens de longa distância, outros têm melhor desempenho por resistirem melhor às vias urbanas.
Desalinhamento das rodas
Quando o volante “puxa” para o lado, significa que existe um problema de alinhamento. Além de desequilibrar o veículo, aumentando os riscos de tombamento e acidente, também gera um desgaste irregular nos pneus.
Se o alinhamento não for corrigido, o desgaste aumenta e leva à fadiga da carcaça, impossibilitando a reforma de pneus posteriormente. Ou seja, além de perder a vida útil de um pneu, você perde a chance de usá-lo por mais tempo e economizar recursos na frota.
Falta de balanceamento
Quando o veículo está trepidando e há “vibrações” no volante, é indicativo de um problema de balanceamento. Geralmente, realizado junto ao alinhamento de rodas, é um tipo de serviço preventivo que corrige a distribuição do peso do veículo sobre as rodas.
Dessa forma, dando melhor estabilidade e equilíbrio aos veículos.
Problema nos amortecedores e freios
Os amortecedores fazem um papel importante na aderência do pneu com o solo, e os freios podem fazer o pneu realizar uma força maior para parar, aumentando o desgaste.
Por outro lado, se o freio estiver mais forte ou “pesado” do que deveria, pode se desgastar pelo excesso de força utilizada e atrito gerado.
Excesso de carga
O peso faz o pneu aumentar a área de contato com o chão e o veículo precisa fazer mais força para se movimentar. Tentar compensar o peso aumentando a calibragem do pneu é uma “solução” comum nesses casos, mas é algo que você precisa evitar.
Os riscos e consequências são: desperdício de dinheiro e a perda precoce dos pneus da sua frota.
Para prolongar a vida útil dos pneus deve-se:
Inspecionar os pneus
Uma revisão completa deve ser feita a cada 10 mil km rodados, realizando os serviços de alinhamento e balanceamento para prevenir danos ao veículo. Ou seja, é uma atividade que acontece na rotina de manutenção preventiva.
Porém, também crie uma rotina com os processos da gestão de pneus na sua frota, inspecionando a pressão destes com o aferidor eletrônico a cada semana e, a profundidade dos sulcos dos pneus, a cada mês.
Verificar a suspensão e geometria do veículo
Não precisa esperar o veículo apresentar problemas graves ou quebrar para procurar o motivo. A rotina preventiva tem como objetivo antecipar esses problemas e trazer pequenas soluções para evitar que chegue a um caso mais sério.
Por isso, a suspensão e geometria dos veículos deve ser verificada com frequência, seja pela quilometragem rodada ou pelo tempo desde o último serviço realizado.
Um cronograma pré-definido e a utilização do checklist de inspeção facilitam a identificação da necessidade de serviços como esses.
Utilizar a pressão adequada para cada pneu
Manter os pneus com a calibragem em dia é simples: basta realizar o processo de calibragem todas as semanas. Porém, você sabe qual é a pressão ideal para cada pneu?
Essa é uma das informações que você descobre ao realizar a gestão de pneus na frota.
Controle os pneus para entender se o desgaste está irregular e se o motivo é a calibragem incorreta dos pneus. Caso identifique um problema, faça ajustes na medição de pressão dos ativos e avalie os resultados nas análises ao longo das próximas semanas.
Lembre que o desgaste acentuado nos ombros representa pressão baixa, enquanto o desgaste no centro da banda de rodagem indica pressão alta.
Fazer o rodízio de pneus quando necessário
Você com certeza já sabe que o rodízio de pneus é uma prática comum para aumentar a durabilidade dos ativos. Ele contribui para que o desgaste seja regular em todos os pneus, tanto dianteiros quanto traseiros.
A hora certa de fazer o rodízio depende do quanto os pneus já rodaram e se estão com desgaste regular em todos os ativos. Geralmente, é um serviço realizado ao atingir a marca de 10 mil km rodados, assim como o alinhamento e balanceamento.
Uma dica é verificar o Manual do Proprietário de cada veículo, onde indica quando fazer e qual o melhor modelo de rodízio a ser realizado.
Verificar o TWI do pneu
A sigla “TWI” é usada para falar sobre o “Tread Wear Indicator”, isto é: o indicador de desgaste dos pneus. Este é uma forma de relevo que há no fundo de cada sulco dos pneus e indica exatamente o que o nome propõe: o nível de desgaste deste.
Quando a banda de rodagem atinge o indicador TWI do pneu, é porque está na hora de realizar uma troca. Se você não consegue mais ver ou identificar o TWI do pneu, o pneu provavelmente está careca.
Limpar os pneus para retirar resíduos e detritos
Cada sujeira que gruda na borracha deixa o pneu mais suscetível a sofrer danos e a limpeza dos ativos é uma das formas de aumentar a vida útil de um pneu.
Em alguns casos, pode desestabilizar o veículo e dificultar a direção do motorista. Um pneu que rodou em um dia chuvoso fica com uma camada de areia e lodosa mesmo após secar, deixando os pneus mais “lisos” na hora da frenagem, por exemplo.
Ou seja, é fundamental que os pneus da frota estejam sempre limpos.
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