Como garantir que o motorista infrator da frota seja responsabilizado por uma multa de trânsito?

Quando o motorista se recusa a assinar a multa, a empresa pode seguir alguns passos para resolver a situação e evitar problemas futuros.
Como lidar com um condutor infrator se negando a assinar a multa.

Gerenciar uma frota envolve lidar com diversas situações que podem impactar a operação, e uma das mais delicadas é quando o motorista se nega a assumir a multa e transferir os pontos para sua carteira.

A recusa pode gerar complicações tanto para o motorista quanto para a empresa, que deve agir de forma ágil para não arcar com os prejuízos e os pontos da multa.

A assinatura do motorista no auto de infração não é obrigatória para validar a multa, mas é um reconhecimento formal do recebimento. 

Mesmo que o motorista se recuse a assinar, a multa ainda é processada, e o veículo da empresa poderá ser penalizado, gerando problemas para a gestão de motoristas e, em alguns casos, prejudicando o controle da frota.

Confira:

O que fazer para identificar o condutor do veículo quando ele não quer assinar?

Uma das primeiras ações a serem tomadas quando a empresa receber alguma multa por infração de trânsito é o preenchimento do formulário de identificação do condutor infrator.

Disponível nos órgãos de trânsito, esse formulário deve ser preenchido corretamente com os dados do condutor, como nome completo, número da CNH e data da infração — além da assinatura.

Ele deve ser enviado no prazo estipulado (geralmente 15 a 30 dias após a notificação), para que os pontos sejam atribuídos à carteira de habilitação do motorista, e não à empresa.

Em casos onde condutor infrator se nega a assinar formulário de identificação, a empresa pode usar registros internos, como relatórios de viagem, histórico de monitoramento ou ordens de serviço para provar que aquele motorista estava ao volante no momento da infração.

Isso pode ajudar a convencer o motorista de que ele deve assinar o auto da infração.

Um fator que pode reforçar isso é o uso de um sistema de gestão de condutores e de rastreamento da frota bem estruturado — algo essencial para garantir o controle sobre quem está dirigindo cada veículo da frota no momento das infrações.

Dessa forma, a empresa pode manter um histórico completo da jornada dos motoristas e evitar problemas futuros. A falta de um sistema organizado de gestão de motoristas pode resultar em penalizações para a empresa, especialmente se o condutor infrator não for identificado corretamente a tempo.

Em um último caso, se houver dúvidas sobre a validade da infração ou a empresa acreditar que a multa foi aplicada incorretamente, a partir dos motivos e depoimentos do motorista, é possível recorrer.

Para isso, a notificação enviada pelo órgão de trânsito contém informações sobre como proceder com o recurso. Nele pode-se incluir provas, como registros de rotas e evidências de que o veículo não estava presente no local da infração.

O que fazer quando o motorista se nega a assumir a multa e passar os pontos para sua carteira?

Se o motorista infrator se recusa a assinar o formulário de identificação e a transferir os pontos da multa para sua carteira, há algumas ações que a empresa pode tomar para proteger sua operação e garantir que o condutor seja responsabilizado:

Aplicar políticas internas claras

Toda empresa de transportes ou que gerencia frotas deve ter políticas internas de responsabilidade por multas de trânsito. Essas políticas devem ser claras e incluídas no contrato de trabalho dos motoristas.

Elas podem prever, por exemplo, que todas as infrações cometidas pelos motoristas durante o expediente são de responsabilidade do infrator, e que o não cumprimento dessas políticas pode resultar em medidas disciplinares.

Cobrança do valor da multa

Caso o motorista se recuse a transferir os pontos, a empresa pode cobrá-lo pelo valor da multa e registrar a situação nos relatórios de gestão de motoristas.

O não pagamento ou a falta de cooperação podem resultar em ações mais severas, como advertências ou até mesmo sanções previstas nas políticas internas da empresa.

Medidas legais

Se o condutor continuar se negando a cumprir sua responsabilidade, a empresa pode considerar medidas legais para resolver a questão.

Dependendo do contrato e da legislação trabalhista local, a empresa pode ter o direito de tomar medidas legais para reaver o valor da multa e garantir que o motorista assuma os pontos em sua carteira de habilitação.

Treinamento preventivo para motoristas

Em vez de lidar apenas com as consequências das infrações, é importante investir em treinamento de direção defensiva e boas práticas de trânsito para os motoristas da frota. Isso pode reduzir a ocorrência de infrações, minimizando situações como a recusa de assinar multas.

Além dessas questões, a gestão de multas de trânsito faz parte de uma boa gestão de condutores e pode evitar prejuízos e conflitos entre a empresa e os motoristas.

Manter um registro claro das infrações e garantir que os motoristas sejam responsabilizados por suas ações são passos essenciais para uma gestão de frotas eficiente e para manter a operação em conformidade com as leis de trânsito.


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Autor

Jean Zart

Co-fundador e CEO da Prolog, possui mais de 10 anos de experiência no mundo do transporte e logística, tendo atuado nas áreas de análise de gestão e processos. Desde 2016, se dedica à Prolog, motivado a gerar inovação e otimização na gestão de frotas.

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