Como analisar pneus sucateados na frota?

Saiba tudo o que você precisa para fazer uma análise completa de pneus sucateados, com dicas práticas e um passo a passo detalhado.
Faça uma análise de pneus sucateados com precisão.

Você tem dúvidas sobre quando exatamente um pneu deve ser retirado ou reformado? Ou ainda, gostaria de saber se é possível automatizar esse processo tão importante para garantir que seus pneus tenham a vida útil mais longa possível? Saiba então que isso é possível por meio da análise de pneus sucateados.

Essa prática é utilizada na gestão de pneus das frotas tanto para responder a perguntas como essas, quanto para finalizar o ciclo de vida dos pneus de forma segura. Ao realizar essa análise, você pode identificar padrões de desgaste, entender as causas dos danos e tomar decisões informadas sobre quando é o momento certo para retirar ou reformar um pneu.

Confira agora:

Quais dados você precisa para fazer uma análise de sucata de pneu mais precisa?

Realizar uma boa análise de pneus sucateados é essencial para garantir a segurança e economia na sua frota, até porque compreender quando um pneu deve ser descartado ou reformado impacta diretamente nos custos de compra de peças e desempenho veicular. Aqui estão as informações que você deve ter a mão para possibilitar esse processo:

  • Histórico de uso

Registre sempre a quilometragem de cada pneu e as condições de uso. Por exemplo, um pneu que roda muito em estradas de terra tende a se desgastar mais rápido e saber disso ajuda a prever quando ele será necessário ser revisado ou trocado com mais precisão baseado no seu uso .

  • Registro de manutenções

Anote cada alinhamento, balanceamento ou reparo feito. Manter esse histórico ajuda a identificar padrões de desgaste ou problemas recorrentes, evitando surpresas desagradáveis na estrada.

  • Nível da profundidade dos sulcos ao longo do tempo

Monitorar a profundidade dos sulcos ao longo do tempo permite avaliar o desgaste do pneu e identificar as prováveis causas que levaram à sua substituição.

Essa análise também ajuda a comparar os motivos do sucateamento dos pneus com as condições de uso, permitindo entender melhor as correlações e fazer ajustes para evitar problemas semelhantes no futuro.

  • Variação de pressão ao longo do tempo

A pressão inadequada dos pneus é uma das principais causas de desgaste irregular e falhas prematuras.

Esse registro ajuda a identificar possíveis problemas, como a perda constante de pressão, que pode indicar uso incorreto do pneu, falhas nos processos de manutenção preventiva ou falta de comprometimento dos motoristas na direção e inspeção veicular.

  • Tipo de desgaste dos pneus

Analisar o padrão de desgaste do pneu inclui observar se ele é uniforme ou se há sinais de problemas específicos, como desgaste irregular, cortes, bolhas ou rachaduras. Esses detalhes ajudam a identificar possíveis problemas mecânicos ou operacionais que devem ser corrigidos e prevenidos no uso a partir das conclusões.

  • Data de fabricação e número de reformas

Saber a data de fabricação do pneu e quantas vezes ele foi reformado ao longo de sua vida útil permite avaliar sua durabilidade e eficácia das reformas realizadas. Esse dado também é importante para entender se o pneu já ultrapassou seu limite recomendado de uso.

  • Condição da carcaça

Documentar as condições finais do pneu no momento em que foi direcionado ao sucateamento é essencial.

O nível de desgaste restante, qualquer dano visível e as razões que levaram à decisão podem ajudar a identificar padrões e levantar ações de melhorias para a gestão e aumento da durabilidade dos pneus em uso.

Manter um bom registro dessas informações não é apenas uma questão de organização, mas uma estratégia inteligente para economizar e garantir a segurança da frota. Utilizar ferramentas de gestão, como as da Prolog, pode facilitar essa tarefa, automatizando a coleta e análise de dados e até registro de imagens, e assim você toma decisões mais rápidas e certeiras.

Como fazer a análise de pneus sucateados?

Realizar uma análise eficaz de pneus sucateados é essencial para entender as causas do desgaste e otimizar a gestão dos pneus na frota.

Para isso, o uso de um software de gestão é fundamental, pois permite parametrizar os dados e evitar o descarte precoce de pneus, garantindo que todos os pneus sejam analisados adequadamente antes de serem descartados.

Aqui está como você pode conduzir essa análise:

Uso do software de gestão

Comece configurando seu software de gestão de frotas para registrar todas as informações relevantes dos pneus, como histórico de uso, quilometragem, registros de manutenção, variação de pressão, e profundidade dos sulcos.

Esse software será a base para parametrizar e organizar os dados, facilitando a análise posterior.

Coleta de dados

Antes de qualquer análise, garanta que os pneus não sejam descartados sem uma revisão completa. Reúna todos os dados disponíveis no software, incluindo as condições operacionais e os detalhes das manutenções realizadas ao longo da vida útil do pneu.

Inspeção visual

Realize uma inspeção visual detalhada do pneu, verificando cortes, bolhas, rachaduras e desgaste irregular. Depois, registre todos esses detalhes no software de gestão, incluindo fotos e anotações sobre a condição final do pneu.

Isso permitirá que essas informações sejam facilmente acessadas e analisadas no futuro.

Análise do padrão de desgaste

Compare o padrão de desgaste registrado com os dados históricos do pneu. Desgastes irregulares podem indicar problemas mecânicos além dos pneus ou uso inadequado, como pressão incorreta. 

Use esses insights para identificar as causas do desgaste e ajustar as práticas de manutenção.

Documentação e parametrização

Parametrize e organize todos os dados da análise, criando relatórios detalhados que incluem todas as observações e conclusões. Essa documentação será essencial para estudos futuros, permitindo uma análise mais profunda e a identificação de padrões de uso e desgaste em toda a frota.

Quais indicadores usar no relatório de análise de sucata?

Tudo é importante, porque a “soma” dos indicadores vai dar uma maior e mais completa visibilidade para as suas análises e estudos.

Mas, para te ajudar a ter um direcionamento do que buscar, caso ainda esteja um pouco perdido, separei alguns dos que considero como principais indicadores na análise de sucata:

  • Taxa de desgaste: este indicador mostra quanto o pneu se desgastou desde que era novo. Se um pneu começa com uma profundidade de sulco de 8 mm e agora tem apenas 3mm, significa que ele se desgastou em 62,5%. Identificar essa taxa ajuda a decidir se o pneu ainda pode rodar com segurança e quanto tempo de vida útil a marca e modelo analisada pode oferecer.
  • Integridade da carcaça: mesmo que a banda de rodagem seja indispensável de analisar para avaliar as causas do sucateamento, uma carcaça danificada pode  indicar ainda outros problemas mais que só a análise da borracha não mostra.
  • Histórico de reformas: saber quantas vezes um pneu foi reformado ajuda a entender a sua vida útil de fato e avaliar se os danos identificados são pelas condições de uso ou por um processo errado de recapagem, por exemplo.
  • Quilometragem percorrida: apenas o tempo de uso ou a data de fabricação do pneu não são suficientes para entender a vida útil e avarias dos pneus, é preciso considerar o km rodado.
  • Padrão de desgaste: verificar o tipo e nível de desgaste na banda de rodagem é fundamental para encontrar problemas, seja no processo de gerenciamento dos pneus ou nas manutenções e reformas.
  • CPK do pneu: o custo por quilômetro mostra quanto foi gasto por quilômetro rodado com o pneu, incluindo o custo de aquisição, reformas e manutenções. Se elevado, pode indicar que o pneu não foi tão eficiente quanto deveria, talvez por uso inadequado, má qualidade da reforma ou condições de operação severas. Ao calcular o CPK, você pode comparar diferentes pneus e marcas para identificar quais oferecem o melhor custo-benefício para sua frota.

Esses indicadores são fundamentais para um relatório eficaz de análise de pneus sucateados. E você pode até começar de maneira mais simples, com uma tabela ou planilha de análise de pneus sucateados, incluindo cada pneu da frota, sua marca de fogo, e detalhando taxas de desgaste, estado da carcaça, quilometragem e histórico de manutenção.

Usar esses indicadores de forma clara e objetiva melhora a gestão da frota e permite decisões baseadas em informações precisas.

Mas, se eu puder dar uma dica extra: as soluções tecnológicas, como as oferecidas pela Prolog, podem automatizar essa análise, tornando o processo mais eficiente e seguro.

Quais os principais motivos de sucateamento que aparecem na análise?

Ao realizar a análise de pneus sucateados, diversos fatores podem ser identificados como causas para o fim da vida útil dos pneus. Esses motivos variam conforme o tipo de frota e as condições de operação, mas alguns se destacam.

Um dos problemas mais frequentes é o corte lateral do pneu, especialmente em frotas que operam em ambientes urbanos. Os pneus estão sujeitos a cortes laterais devido a obstáculos como meio-fio, detritos nas ruas e manobras em espaços estreitos, tornando o pneu irrecuperável e exigindo seu descarte.

Nas frotas urbanas, o sobrepeso também acaba sendo uma questão recorrente. Veículos que transportam cargas pesadas em curtas distâncias, com muitas paradas e partidas, sofrem com o aquecimento dos pneus, o que acelera o desgaste e leva ao sucateamento prematuro.

Já em frotas rodoviárias, um dos principais problemas é a retirada do pneu no momento errado. Retirar o pneu cedo demais pode resultar em desperdício de recursos, enquanto retirá-lo tarde demais pode causar danos irreversíveis, tornando a reforma inviável.

Além disso, a pressão inadequada dos pneus, seja muito alta ou muito baixa, é uma causa comum de desgaste irregular e perda precoce dos pneus.

Quem pode fazer essa análise na frota?

A análise de pneus sucateados pode ser realizada por diferentes profissionais ou empresas, dependendo da estrutura e das necessidades da sua frota.

Uma das opções possíveis é contar com um analista dedicado dentro da sua equipe. Esse profissional, especializado em gestão de pneus, será responsável por coletar os dados, realizar as inspeções e gerar relatórios detalhados sobre o desempenho e o desgaste dos pneus. 

Essa é uma forma de ter um acompanhamento contínuo e uma maior integração com as outras áreas da gestão de frotas.

Outra alternativa é contratar empresas especializadas em análise de pneus. Dessa forma, há mais chances de você contar com o conhecimento técnico e as ferramentas necessárias para realizar análises precisas e fornecer recomendações baseadas em dados.

A vantagem de contratar um serviço especializado é a possibilidade de ter acesso a tecnologias avançadas e expertise de mercado, que podem complementar a gestão interna.

Como evitar pneus sucateados e aproveitar ao máximo sua vida útil?

Agora, vamos entender como evitar isso de forma prática. E, para começar, é importante destacar a manutenção dos pneus.

Parece óbvio, mas manter os pneus em bom estado pode aumentar bastante a sua vida útil. 

Ações simples como verificar a pressão regularmente e fazer o alinhamento e balanceamento podem ser o que está faltando na sua frota. Um pneu com a pressão correta desgasta de maneira uniforme, enquanto um pneu com pressão baixa pode desgastar mais rápido e de forma irregular.

Entender até quantas vezes um pneu pode ser reformado também é essencial para garantir a segurança e a economia de uma frota. Reformar um pneu além do limite pode ser perigoso e custar caro no longo prazo. 

Em geral, um pneu pode ser reformado até três vezes, mas isso varia. Depende da qualidade do pneu e de como ele é usado. Se a carcaça estiver em bom estado, é possível realizar mais reformas com segurança. A regra de ouro é: se não estiver seguro, não reforme.

O que nos leva a outro ponto a considerar: as condições de uso. Estradas esburacadas e carga acima do limite desgastam os pneus mais rápido. Se um pneu roda por uma estrada cheia de pedras e buracos, é bem provável que ele desgaste mais rápido, certo?

Por isso, é importante planejar rotas e evitar sobrecargas sempre que possível.

Acompanhar o estado dos pneus com frequência ajuda a identificar problemas antes que eles se agravem.

Hoje em dia, existem tecnologias que ajudam nesse monitoramento, como sensores que medem a pressão e a temperatura dos pneus em tempo real e o medidor de sulcos que identifica o nível de desgaste dos ativos.

Dessa forma, você pode agir rapidamente se algo estiver fora do normal.

Um erro comum é usar o pneu até ele ficar completamente desgastado, o que pode causar acidentes e aumentar os gastos com manutenção. Lembre-se de que, se a profundidade dos sulcos estiver abaixo de 1,6mm, é preciso tomar uma ação imediata e trocar este pneu.

Pode parecer bobo, mas fica uma dica indispensável e que você pode repetir para todo mundo: não espere até o pneu estar visivelmente danificado e planeje as trocas com antecedência.

Por fim, mas ainda importante, educar a equipe que lida com a frota sobre a importância da manutenção e do uso correto dos pneus também faz parte da solução. Reuniões e treinamentos são formas de garantir que todos estejam na mesma página quando o assunto é conservação dos pneus.

Automatizando a análise de pneus sucateados

Utilizar softwares para a análise de pneus sucateados pode transformar completamente a gestão da sua frota. Esses programas ajudam a simplificar o trabalho, economizar tempo e reduzir custos. 

Os softwares coletam dados automaticamente, permitindo que você se dedique a outras tarefas importantes. Ainda nessa questão, a precisão dos dados também é otimizada.

Isso porque, fazer tudo manualmente aumenta as chances de erro. Um pequeno deslize pode comprometer decisões importantes e os sistemas automatizados garantem relatórios precisos e confiáveis.

A Prolog está aqui para apoiar você nessa jornada. Com a nossa solução para gestão de pneus, você automatiza sua análise de pneus sucateados, tornando o processo mais rápido e preciso.
Dê um passo à frente e agende uma demonstração para ver como podemos ajudar você a otimizar sua gestão de frotas.

Autor

Jean Zart

Co-fundador e CEO da Prolog, possui mais de 10 anos de experiência no mundo do transporte e logística, tendo atuado nas áreas de análise de gestão e processos. Desde 2016, se dedica à Prolog, motivado a gerar inovação e otimização na gestão de frotas.

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