O que é RCM e como aplicar na frota

A Manutenção Centrada na Confiabilidade é uma ferramenta indispensável para a gestão de manutenção de frotas. Confira o que é e como funciona.
A manutenção centrada na confiabilidade é importante para a prevenção e previsão de vida útil dos ativos.

A Manutenção Centrada na Confiabilidade é uma ferramenta desenvolvida para prolongar a vida útil dos ativos. Também chamada “RCM”, ela garante a produtividade da empresa de forma acessível e eficiente.

Com o planejamento e estruturação da manutenção da frota, os benefícios incluem a prevenção de acidentes de trabalho e redução de custos da operação.

Para entender ainda mais sobre esse tipo de estratégia, confira:

O que é manutenção centrada na confiabilidade?

Trata-se de um tipo de estratégia de manutenção, tanto para equipamentos, quanto para máquinas ou veículos. Por isso, ela também pode ser aplicada nas frotas de operações de transporte.

Ela é caracterizada por:

  • Usar o desempenho individual de cada veículo para fazer a sua prevenção;
  • Identificar problemas e causas nos veículos, com base em dados e histórico de manutenções;
  • Analisar a falha em si dos veículos, identificando a probabilidade de ocorrer novamente e quais medidas tomar a partir dessa informação;
  • Se o problema continuar acontecendo, a RCM busca alternativas que identifiquem o cerne da falha, trazendo soluções mais efetivas para corrigi-lo.

A manutenção centrada na confiabilidade também é conhecida por essa sigla RCM. Mas, o que é RCM?

Ela vem inglês Reliability Centered Maintenance, que significa, justamente, Manutenção Centrada na Confiabilidade.

Sua aplicação possibilita identificar qual tipo de manutenção é a mais adequada para o veículo, se é uma prevenção ou correção. Para isso, uma análise é feita para indicar a criticidade de cada veículo.

Geralmente, as ferramentas preditivas são utilizadas como suporte a essa estratégia.

Para que serve a manutenção centrada na confiabilidade?

Sua principal função é entender qual tipo de serviço de manutenção é necessário. Algo que leva aos demais objetivos de aplicá-la:

  • Redução de custos;
  • Aumento da vida útil do veículo;
  • Evitar falhas mecânicas ou elétricas (que também aumentariam os custos da operação);
  • Ter um melhor LCC (custo do ciclo de vida do veículo). 

Nesse último ponto, a Manutenção Centrada na Confiabilidade possui grande influência. O LCC representa a soma de todos os custos de um dado equipamento, seja maquinário ou veicular.

Por exemplo: de instalação, operação, manutenção e também a descontinuidade de um caminhão, se esse for o caso da sua frota.

Afinal, como a RCM atua para diminuir o valor do LCC?

Ao direcionar o tipo de manutenção para cada veículo, de forma individual. Assim, a especificidade e grau de complexidade do problema é melhor atendido.

Qual a importância da manutenção centrada na confiabilidade?

A Manutenção Centrada na Confiabilidade reduz e até mesmo elimina, em alguns casos, as chances de uma falha acontecer. Fazendo o trabalho preventivo de maneira bem mais eficiente.

Se uma falha mecânica é detectada em estágio inicial, a possibilidade de os caminhões ficarem parados no estacionamento e atrasarem as entregas é reduzida a praticamente zero.

E, sem a presença dos erros no funcionamento dos veículos, há a garantia de que sua durabilidade será aumentada — assim como seu desempenho em rota.

Além do mais, quando for o caso, este feito também impacta na visão dos clientes sobre a transportadora, aumentando as chances de alcançar mais clientes devido às avaliações positivas da marca.

Como aplicar na sua frota?

1 – Faça o mapeamento dos veículos

O primeiro passo é mapear todos os ativos que entram no processo de RCM. Portanto, liste a marca, o modelo e a placa de cada veículo.

Essa etapa é fundamental para seguir para o próximo passo.

2 – Desenvolva uma análise de falhas

Para estruturar a RCM na sua frota, você precisa ter as ferramentas necessárias, que permitem identificar as falhas com antecedência e fazer uma análise do quão crítico é o problema.

Ou seja, dentro dessa etapa, você também precisa definir qual é o melhor canal e que tipos de informações são essenciais para fazer a sua análise.

3 – Identifique as prioridades

Esse é um passo importante para a estruturação da RCM. Identificar as falhas funcionais dos equipamentos permite compreender quais são os possíveis problemas que podem gerar a quebra ou perda do veículo.

Dessa forma, e partindo de uma análise precisa, como determinado na etapa anterior, você consegue saber quais problemas são mais graves e precisam ser atendidos primeiro.

A lista de prioridades também pode se dar pensando pelo viés da economia. Nesse caso, verifique qual veículo pode gerar maiores custos caso demore mais a ser atendido e coloque ele no topo das prioridades.

4 – Analise as consequências e recorrências

Nessa etapa, a sua tarefa é dividida em três partes:

  1. Faça uma relação das peças cruciais ao funcionamento de cada veículo. 
  2. Analise a falha, buscando como ela se apresenta, sua causa e sua consequência. 
  3. Faça uma avaliação de risco, apresentando sua ocorrência, seriedade e chances de ser detectada.

Você também pode incluir um momento para identificar a probabilidade de ocorrerem erros na análise, e onde eles poderiam ocorrer. Dessa forma, já antecipando também algumas prováveis soluções e aumentando as chances de ter resultados mais precisos na RCM.

5 – Determine as melhores práticas para aumentar a vida útil dos veículos

Para trazer maior durabilidade aos veículos, você primeiro deve identificar quais apresentam falhas com mais frequência. Isso acontece nas etapas anteriores a esta.

Conhecendo o funcionamento dos veículos a fundo, você pode organizá-los em diferentes rotinas, partindo dos tipos de manutenção de frotas:

  • Manutenção corretiva: coloque em uma rotina de correções os veículos que apresentam falhas com raridade.
  • Manutenção preventiva: na prevenção, entram os veículos que sofrem com falhas e desgaste regulares, a fim de reduzir os custos e danos maiores.
  • Manutenção preditiva: veículos que trazem muitos problemas aleatórios, não identificados nas rotinas preventivas ou corretivas, podem ser encaixados na manutenção preditiva. Assim, o problema é identificado com bastante antecedência, através da análise de sons e vibrações do caminhão, e pode ser corrigido com precisão e agilidade.

6 – Torne a manutenção centrada na confiabilidade em rotina

Para que a estratégia RCM funcione corretamente, ela deve ser revisada e avaliada constantemente. Reuniões frequentes são grandes aliadas para a equipe, tanto para funcionários quanto para especialistas que lidam com os veículos no dia a dia.

Quando o processo de Manutenção Centrada na Confiabilidade é estruturado e realizado da maneira correta, ou seja, considerando o passo a passo apresentado acima, as falhas nas operações são reduzidas de forma notável.

Com isso, a produtividade e lucratividade da empresa se mantém — e até melhoram. 


Continue lendo nosso post sobre Manutenção Preventiva para saber, em mais detalhes, como aplicar essa rotina na sua frota.

Autor

Luiz Felipe

Co-fundador e CTO da Prolog, desde 2016 se dedica à Prolog, onde além da tecnologia, já colocou um pé no marketing e nas vendas, constantemente buscando novos conhecimentos para trazer excelência à Prolog e seu time.

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