Manutenção preventiva: um guia completo para a sua operação

A manutenção preventiva é mais do que enviar os caminhões para a oficina. É com ela que os custos operacionais são reduzidos. Entenda aqui a sua importância para uma gestão de frotas eficiente.
Entenda tudo sobre a manutenção preventiva de frotas.

A manutenção preventiva é responsável por identificar as irregularidades dos caminhões de uma frota. 

Como uma tarefa essencial, está a criação de um planejamento a ser seguido e definição de quais métricas e indicadores de desempenho acompanhar para um melhor controle.

Ainda assim, não basta somente registrar as falhas encontradas durante os processos de manutenção. É preciso ir atrás das causas, como a má condição das estradas, direção ociosa do motorista e baixa qualidade das peças.

Tudo isso influencia não só no tempo de deslocamento, mas também no alto consumo de combustível, entre outros custos e riscos.

Com as inspeções de prevenção feitas regularmente, você gera resultados mais satisfatórios tanto para a sua própria empresa, quanto para os seus clientes.

Entenda mais sobre a manutenção preventiva a seguir, incluindo:

O que é manutenção preventiva?

Esta é uma prática utilizada em muitas empresas, a fim de verificar o funcionamento de máquinas, veículos ou equipamentos. Sua intenção primária é identificar possíveis falhas para que sejam corrigidas antes de ocorrer uma quebra ou perda de ativo.

De acordo com a Norma Brasileira, NBR-5462, a manutenção preventiva é definida como:

[…] manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, sendo destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item.

A manutenção preventiva dos veículos deve acontecer em todas as operações de transporte como uma rotina do dia a dia. Geralmente, é prevista pelos motivos de:

  • Tempo: Após rodar por um determinado período, os veículos sofrem desgastes naturais. Isto contribui para indicar um prazo previsto de manutenção. Por exemplo: inspecionar as molas e o amortecedor do caminhão a cada 6 meses.
  • Horas de funcionamento: Quando o veículo realizar uma longa viagem, ele pode precisar que algumas peças fundamentais para o seu funcionamento passem por uma revisão, como é o caso dos pneus — que perdem a pressão ou recebem danos, como cortes e furos, em sua banda de rodagem.
  • Produtividade da frota: Se a forma de o motorista conduzir o veículo for mais agressiva, com acelerações e frenagens repentinas, as peças são prejudicadas e perdem a sua vida útil mais rápido. Portanto, as inspeções diárias, na saída e no retorno à central da operação, devem acontecer para entender se isto é um problema que deve ser tratado mais a fundo.

Embora tenham estas diferenças, a manutenção pode ser planejada com um gatilho misto também. Isto é, pelo que acontecer primeiro. Para exemplificar: 

A suspensão do caminhão pode ser inspecionada a cada 10 mil km rodados, a cada 6 meses ou se forem notados alguns sinais de que há problemas nela, como barulhos fortes ou falta de estabilidade na direção, e isto pode acontecer antes das condições previstas de inspeção do veículo.

Dessa forma, o veículo não fica sujeito aos riscos de esperar o problema se agravar até chegar uma data prevista de revisão.

Como ela se diferencia de outros tipos de manutenção?

Diferença entre manutenção preventiva, corretiva e preditiva.

Preventiva vs. Corretiva

A manutenção corretiva acontece quando uma peça do caminhão já apresenta irregularidade, necessitando de conserto ou de troca por uma nova peça.

É muito comum acontecer em veículos que não passam pela manutenção preventiva, pois, sem esta, não é possível identificar as falhas que provocam uma quebra de veículo em rota ou outros problemas deste nível.

Preventiva vs. Preditiva

A manutenção preditiva é um tipo de acompanhamento que conta com a assistência de equipamentos modernos e tecnológicos. Estes identificam irregularidades por meio da análise visual, sonora e vibratória do veículo, através de tags e/ou sensores instalados em cada veículo.

Assim, prevendo a vida útil esperada dos ativos e buscando meios de prolongar esse tempo.

Ela pode ser confundida com a preventiva em algumas ocasiões, mas se diferencia principalmente por não ser implementada uma inspeção realizada pelos motoristas dos veículos. Todo o trabalho é realizado através das tecnologias.

Por que fazer manutenção preventiva na gestão de frotas?

Incluída em uma etapa de gestão de manutenção de frotas, a prevenção é utilizada para antecipar problemas que poderiam acontecer caso uma falha não fosse identificada, evitando prejuízos financeiros em sua operação.

Para compreender, de fato, a sua importância, entenda também:

Por que surgiu a manutenção preventiva?

Ela surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando a manutenção teve um grande impacto para o avanço em equipamentos militares.

A partir de então, foi possível notar que prevenir irregularidades era de grande valor para o funcionamento das máquinas e evitar falhas durante as operações.

O mesmo benefício se estendeu para os caminhões e demais veículos, principalmente de alto custo e performance, que precisam estar disponíveis para as empresas manterem suas demandas logísticas e desviar de imprevistos, como ociosidade de frota e acidentes.

Qual o objetivo da manutenção preventiva?

Objetivos da manutenção preventiva.

Como citamos acima, o principal objetivo da manutenção preventiva é evitar falhas que fazem com que os veículos da frota fiquem parados na garagem e necessitando de um grande investimento para conserto nas manutenções corretivas ou mesmo da aquisição de um novo veículo.

Ou seja, auxilia para que os veículos e equipamentos estejam sempre disponíveis para utilização e dando uma garantia de sua eficiência. Da mesma maneira, impacta na produtividade da operação, pois ao evitar a quebra e imprevistos em rota, os prazos de entrega são cumpridos.

Afinal, os caminhões e o combustível são de alto custo, certo? Então, cuidar da frota de maneira que aumente a sua vida útil e mantenha a sua performance é uma forma de economizar e utilizar os orçamentos de maneira mais inteligente.

Além disso, a prevenção também contribui para evitar a depreciação do veículo, podendo, posteriormente, fazer a venda deste e adquirir veículos mais modernos.

Quais os benefícios da manutenção preventiva nas frotas?

Benefícios da manutenção preventiva.

Redução de custos

Algumas peças dos veículos precisam de uma revisão mais detalhada para que a sua falha seja reconhecida, evitando o aumento de combustível de forma imperceptível.

Com a manutenção preventiva, é muito mais difícil que esse tipo de caso aconteça, porque as inspeções, mesmo que sejam apenas diárias e mais superficiais, contribuem para que o motorista conheça seu veículo por completo, identificando com agilidade os problemas que surgirem.

Alguns fatores deste tipo de manutenção que trazem a redução de custos são:

  • Redução de manutenções corretivas;
  • Mais controle sobre orçamentos e compra de peças com antecedência;
  • Menos casos de veículos quebrados ou problemáticos em rota;
  • Maior conhecimento sobre veículos de alta performance e desempenho na sua operação, gerando compras mais inteligentes a longo prazo.

Aumento da vida útil dos veículos

Com o auxílio da manutenção preventiva, as peças vão manter o bom funcionamento por mais tempo e operar com sua capacidade máxima de forma tranquila. Além disso, esse cuidado aumenta o tempo de vida útil da peça e, consequentemente, de todo o veículo.

Prevenção de acidentes

Alguns componentes dos caminhões de carga, quando falham, podem causar graves acidentes, arriscando a vida dos colaboradores e demais motoristas. Por isso, um dos principais benefícios da manutenção preventiva é evitar estes riscos.

Inclusive, algumas empresas trabalham com uma política “acidente zero”, praticando tanto a prevenção quanto outras ações, como os treinamentos de motoristas.

Geração de informações para tomada de decisão

Quando a manutenção preventiva é realizada, as informações sobre os veículos são anotadas em papéis ou sistemas digitais, ficando acessíveis ao gestor para análise posterior.

O histórico também permite que, se ocorrerem problemas mais sérios com algum veículo da frota, os dados sejam analisados para entender as causas que motivaram isto. Por exemplo, investigando os itens de maior quantidade de ocorrências ou se a frequência de inspeções que estava tendo.

Ao realizar esta análise mais completa, o gestor da frota pode decidir quais veículos compensam mais, apresentando um melhor custo por quilômetro e menos problemas ao longo de sua vida útil.

Em adição, é importante registrar os motoristas responsáveis por cada veículo e viagem. Pois, por vezes, o responsável pela perda antecipada de um veículo são os maus-hábitos de direção de um condutor.

Maior produtividade da frota

Se um veículo não apresenta problemas, significa que ele está fazendo suas viagens sem interrupções. Ou seja, fazendo as entregas dentro do prazo — e este é um dos indicadores de produtividade que a sua operação pode acompanhar.

No mesmo sentido, os veículos não precisam ficar parados para conserto, tendo sempre disponibilidade para realizar as rotas previstas. Igualmente, evitando os atrasos de entrega.

Como fazer a manutenção preventiva na sua frota?

Como fazer a manutenção preventiva da frota.

1. Faça o levantamento dos dados atuais da frota.

Para saber a situação dos veículos e a necessidade de manutenção em seus componentes, os dados atuais da frota são o ponto de partida da manutenção preventiva.

Primeiro, comece reunindo a listagem de todas as placas da operação e tente classificar conforme disponibilidade para realizar rotas. Isto é, se o veículo está apto a fazer um deslocamento ou se está aguardando algum tipo de manutenção corretiva.

Depois, ao observar a quilometragem e as informações dos últimos serviços realizados em cada veículo, é possível iniciar as inspeções que podem apontar uma urgência de conserto ou troca de peças.

2. Elabore um checklist de verificação

Para realizar esta etapa de inspeção de veículos, o checklist é indispensável. 

Ele é o responsável por listar todos os itens a serem verificados no caminhão. Isto significa que você deve elaborar os checklist pensando nos componentes do caminhão e/ou demais veículos que possuir na sua frota.

Alguns exemplos são a checagem periódica da situação dos pneus, fluídos e itens de segurança.

O checklist também serve para registrar a quilometragem do veículo e ter maior controle dos motoristas responsáveis por cada um.

3. Faça um cronograma de inspeções de veículos

Uma coisa é certa: as inspeções veiculares da frota devem acontecer regularmente. 

Alguns componentes do caminhão possuem uma indicação de período de revisão no manual do fabricante e você pode começar fazendo esta verificação. Os demais itens possuem diferentes tipos de análise.

Geralmente, a cada 10 mil km rodados, é feita uma revisão mais completa do veículo, incluindo itens como a suspensão, e serviços preventivos, como o balanceamento e alinhamento.

Por exemplo, para veículos que realizam rotas todos os dias, o checklist diário é recomendado. 

Nele, o motorista registra a situação do caminhão antes de sair da garagem e após retornar de seu trajeto, verificando itens como os faróis, freios, luzes de pisca, cinto de segurança e danos visuais nos pneus.

Para montar um cronograma, considere a quantidade de viagens da sua operação, para cada veículo, e a distância percorrida em cada rota. Para viagens longas, que podem durar até mais de um dia, a inspeção deve ser mais detalhada.

4. Busque orçamentos

Com base nas necessidades encontradas através da realização do checklist, você consegue ir atrás de orçamentos em diferentes lojas e oficinas, buscando os melhores preços e condições de pagamento para a sua operação.

Como regra geral:

Do orçamento da empresa disponível para manutenção preventiva, pelo menos 1/3 deve ser reservado para manutenções de urgência e emergência. Já o restante, para o planejamento dos reparos preventivos.

5. Classifique a situação de cada componente

Quando o veículo é levado para a oficina, o mecânico fica responsável por registrar todos os eventos observados pelo condutor, como problemas para controle da direção e ruídos.

O ideal é separar cada componente a ser checado conforme sua necessidade, como é o caso da lubrificação, elétrica, borracharia, tapeçaria, funilaria e pintura, entre outros.

Ao mesmo tempo, encaminhar um número muito grande de veículos para a oficina compromete os serviços da empresa. 

Por isso, o gestor de frota deve criar uma lista em ordem decrescente de prioridade, dando maior atenção aos veículos em estado mais crítico, os enviando  à oficina. Em seguida, precisa também checar com o mecânico a disponibilidade para receber os caminhões.

6. Acompanhe os indicadores de desempenho

A elaboração de relatórios de acompanhamento ao fim de cada etapa do plano de manutenção de frota é responsabilidade do gestor, que deve determinar os indicadores de desempenho e fazer o registro deles.

Tornar frequente essa ação permite uma análise minuciosa, capaz de identificar erros e acertos, e quais pontos da manutenção preventiva devem ser melhorados.

7. Mantenha um histórico de manutenções preventivas

O histórico funciona como um documento de registro, que aponta se os trabalhos estão sendo realizados no tempo certo e como é a qualidade destes. Então, é fundamental registrar todas as manutenções realizadas, informando a data e hora.

Assim, fica mais fácil para o gestor comparar dados e verificar melhorias conforme identifica diferenças entre os checklists realizados.

Bônus: Conte com um sistema especializado

Existem diversas tecnologias disponíveis para o planejamento da manutenção preventiva de frota. O gestor deve procurar a ferramenta que mais se adequa às necessidades e ideais da empresa.

O uso da tecnologia permite a sistematização e automatização das etapas do plano de manutenção, como é o caso da elaboração de relatórios, que costuma levar alguns minutos, enquanto no procedimento manual essa tarefa pode levar horas.

Exemplos de manutenção preventiva:

Sistema de transmissão

Com a rotina da manutenção de frota, é possível prolongar a vida útil do sistema de transmissão, que inclui:

  • Caixa de marcha;
  • Embreagem;
  • Correias;
  • Pedais; etc.

Sistema elétrico

A parte elétrica é responsável por acionar as luzes, buzinas e de retroalimentar a bateria do veículo quando ele está parado ou em movimento. Alguns dos seus componentes são:

  • Faróis;
  • Fios;
  • Caixa de fusíveis; e outros.

Sistema de frenagem

A segurança de um veículo pesado depende principalmente do bom estado do sistema de frenagem. Seus principais componentes são:

  • Pastilha de freios;
  • Ligações de cabos e o pedal;
  • Servo freio;
  • Fluído e cilindro mestre; entre outros.

Quais são os erros da manutenção preventiva que devem ser evitados?

Comprar peças de má qualidade

Há gestores que preferem priorizar peças mais baratas, mas elas podem ter uma qualidade questionável. Quando isto se confirma, desencadeia o desgaste de outros componentes do veículo e gera um custo além do programado para ser reparado.

A solução para evitar gastos excessivos e fora do planejamento é adquirir peças de lojas confiáveis e com marcas adequadas ao modelo do caminhão. Você pode até mesmo optar por fazer negócio diretamente com a fabricante ou fornecedora do veículo.

Negligenciar os pneus

A gestão de pneus interfere diretamente no consumo de combustível do veículo. Quando o motorista roda com pneus careca ou com desgaste acentuado, pode gerar multas e acidentes.

Para evitar essas consequências, você deve realizar a implementação de um método para a gestão de pneus da frota, podendo ser com o uso de tecnologias que auxiliam neste controle.

Tratar a frota por igual

Cada caminhão tem suas características específicas. Por exemplo, um modelo novo requer menos atenção do que aquele que roda há mais tempo nas estradas e talvez já tenha  tecnologias ultrapassadas.

A solução para ter controle total da frota é acompanhar o desempenho individual de cada veículo, a fim de entender suas necessidades próprias e assim, montar um plano de manutenção preventiva para cada um deles. Isto é possível através do controle via checklists de inspeções de frota.

Gerir mal o uso de combustível

Quando um veículo gasta mais do que a média para determinada viagem, é um sinal de alerta para você investigar algumas possibilidades.

Dentre elas, e como mencionamos acima, é o cuidado com os pneus. Quando eles estão desgastados ou com calibragem incorreta, a queima de combustível não acontece de maneira eficiente.

Mas, além deste, outros motivos para um aumento no consumo de combustível incluem:

  • Excesso de carga no veículo;
  • Qualidade do combustível;
  • Itens não realizados na manutenção preventiva.

Um catalisador problemático, filtro de ar entupido e velas desgastadas são todos problemas que influenciam no consumo de combustível e fazem parte de uma rotina de manutenção preventiva da frota.

Portanto, a principal solução é uma gestão de frota com processos organizados e padronizados, buscando sempre um gerenciamento completo de todos os fatores.

Neste caso, tanto da inspeção dos veículos, avaliando a quilometragem rodada dos veículos, quanto do combustível, verificando se foi gasta a quantidade média esperada para determinada rota percorrida.

Como montar um plano de manutenção preventiva?

O que faz parte da rotina de manutenção preventiva?

Inspeções sensitivas

A inspeção sensitiva é realizada através dos sentidos: quando o profissional busca as alterações e falhas do veículo através da visão, olfato, audição e tato.

Pode ser utilizada como uma espécie de triagem, sendo necessário o responsável ter experiência para entender o veículo, sabendo onde olhar para buscar os possíveis problemas e identificando os desgastes visualmente. 

Ou, por exemplo, reconhecendo possíveis problemas através dos sons que o motor faz, notando barulhos diferentes quanto estiver em rota, e até mesmo pelo cheiro da fumaça.

Tudo que for notado e encontrado nesta avaliação deve ser registrado no checklist de veículos da frota, sendo uma etapa crucial da manutenção preventiva de uma operação de transporte.

Inspeções instrumentadas

Com o uso de instrumentos, equipamentos e ferramentas, é possível buscar as possíveis falhas e desgaste de peças. É um diagnóstico mais preciso, ajudando a encontrar problemas em fases iniciais nos itens do caminhão.

Geralmente, esta inspeção é realizada pela manutenção preditiva, na qual, como explicamos anteriormente, são instaladas tags e sensores para fazer a leitura do funcionamento do caminhão.

Limpeza, reaperto e lubrificação

Nesta etapa, os responsáveis fazem a limpeza, torque e lubrificação das partes móveis das peças do veículo, mantendo-os nas melhores condições operacionais.

Substituição de componentes

Quando o tempo de uso de um componente do veículo já está atingindo o máximo de desgaste ou reduzindo o seu desempenho, o técnico responsável pela manutenção deve realizar a troca periódica da peça.

Desta forma, evitando que o problema se alastre e gere um veículo inoperável.

O que deve ser incluído na inspeção de manutenção preventiva?

Tudo que influencia no funcionamento de um veículo ou equipamento da frota deve ser incluído no checklist de inspeção. 

O que você precisa avaliar melhor é a frequência com que cada item deve ser verificado, pois acaba sendo muito custoso e pouco produtivo realizar uma inspeção completa toda vez que for utilizar um veículo.

Por isso, a etapa de definição de cronogramas é tão importante quando você estiver começando a implantar uma gestão de manutenção na sua operação.

De maneira geral, e para você entender ainda melhor, alguns dos itens que devem estar na manutenção preventiva são:

Óleo

Para assegurar o funcionamento adequado do motor e lubrificação das peças, é necessário uma troca de óleo e demais fluídos periodicamente. Isto pode ser definido de acordo com as recomendações do fabricante, que consta no manual de instruções do veículo.

Sistema de freios

Fluido, pastilhas e lonas são os principais elementos que devem fazer parte da manutenção preventiva dos freios. Já que, com o tempo, desgastam e acumulam impurezas que danificam sua capacidade de frenagem e aumentam o risco de acidentes.

Filtros

Com a função de impedir que partículas de sujeira acessem o motor, os filtros de ar, combustível e óleo precisam de avaliação constante para decidir se sua troca é necessária ou não. 

Normalmente, no manual do fabricante constam instruções que indicam a cada quantos quilômetros ela deve ser realizada. 

Porém, você também pode ir acompanhando e fazendo análises conforme coletar dados na rotina de manutenções para tirar suas próprias conclusões sobre a melhor frequência de realização desta tarefa.

Assim como você pode fazer este processo de coleta e análise para todas as tarefas desta rotina de inspeção de veículos e manutenção preventiva da frota.

Sistema de arrefecimento

O sistema de arrefecimento é responsável por equilibrar a temperatura do motor e sua limpeza impede que sujeiras externas bloqueiem a passagem de água e fluídos.

Quando necessário, nesta mesma manutenção, mangueiras e reservatórios também podem ser substituídos por novos.

Pneus

Os pneus precisam, indispensavelmente, passar por revisões periódicas. De maneira geral, a pressão precisa ser verificada todas as semanas e seu desgaste, isto é, a profundidade dos sulcos, mensalmente.

Antes de sair para uma nova rota, também pode ser verificada a existência de danos visíveis na carcaça ou banda de rodagem, como cortes, bolhas ou furos. 

Assim, é mais fácil evitar transtornos na rota que forcem paradas, além de auxiliar na economia, pois os pneus em bom estado forçam menos o motor.

Alinhamento e balanceamento

Para evitar trepidação e manter o ângulo ideal das rodas, o alinhamento e balanceamento precisam estar em dia. Esse ajuste pode ser feito em revisões semanais, quinzenais ou mensais, dependendo do quanto o veículo é utilizado no dia a dia. 

O mais importante é que deve estar sempre presente na manutenção preventiva.

Correia dentada

A correia é responsável por fornecer o sincronismo entre as peças do caminhão, ligando as válvulas ao virabrequim, fazendo as rodas funcionarem. Com um tempo, essa correia desgasta e pode arrebentar. 

Sendo avaliada com antecedência, como é a intenção da manutenção preventiva, evita prejuízos maiores com o motor.

Sistema elétrico e bateria

Quando falamos em sistema elétrico, incluímos a manutenção de todos os fusíveis, luzes e faróis. Também, considerando a bateria e a análise de seus resíduos de oxidação. 

Quando necessário, deve ser realizada a troca ou limpeza das peças.

Qual deve ser a frequência da manutenção preventiva?

Para criar um cronograma de manutenção, você pode tanto considerar o tempo médio de inspeção para cada item do veículo ou sua quilometragem rodada.

Em um primeiro momento, se ainda estiver um pouco incerto de por onde começar, faça um levantamento de informações sobre o funcionamento e o histórico de manutenções do veículo. Assim, consegue identificar uma provável data para realizar a próxima inspeção.

Outra alternativa para dar início em um cronograma na sua gestão de manutenção da frota, é ter como base a data de compra do veículo e as indicações de prazo e quilometragem para revisão, que constam no respectivo manual do modelo.

Contudo, tenha em mente:

O processo inteiro de manutenção preventiva é sempre uma adaptação. Então, mesmo não sabendo exatamente as datas no começo, você passa pelo ciclo de reunir informações e analisar, criando relatórios, as melhores alternativas para a rotina da sua operação. 

A partir do momento que você inicia este armazenamento de dados, você passa a ter uma visualização maior sobre os dados dos veículos da frota, conseguindo entender quais são os principais problemas, modelos com mais ocorrências, e muitas outras informações.

Reunindo, também, as informações para um cronograma realmente efetivo.

Quais ferramentas utilizar na manutenção preventiva?

Fluxograma de manutenção

Fluxograma de manutenção preventiva.

O fluxograma é uma ferramenta básica que consiste em um esquema gráfico representando um processo e mapeando as etapas que devem ser cumpridas.

Na gestão de manutenção preventiva, ele tem como objetivo ordenar os procedimentos e impedir que suas fases sejam puladas, exigindo o cumprimento de todos os requisitos. A partir dele, você consegue garantir um mínimo de padronização, organização e agilidade para a rotina da frota.

Sistema de gestão

Um sistema de gestão de frotas fornece dados completos, como os de gastos com combustível, manutenção, documentos, multas, entre outros. É considerado um centralizador de informações, onde é possível ter acesso a todo tipo de operação veicular de uma empresa de transporte e distribuição.

Ele visa automação, tornando a rotina mais organizada e prática, com acesso imediato a qualquer tipo de material. Desse modo, dispondo de muito mais controle dos veículos da frota e das entregas.

Além disso, gera relatórios mais precisos, que trazem eficiência na hora de encontrar soluções rápidas e econômicas, resultando em decisões proativas.

Alternativas mais específicas, como uma tecnologia voltada para a gestão de manutenção também pode ser interessante, porque traz um controle mais completo para esta rotina exclusiva. 

Enquanto o sistema para frotas pode faltar com um checklist de veículos, o para manutenção já terá, visto que é uma ferramenta crucial neste processo.

Por falar nele, é a próxima ferramenta de nossa lista:

Checklist de papel

Exemplo de checklist de papel.

O checklist realizado no papel consiste em uma prancheta com folhas ou em um caderno, onde são listados os itens que devem passar pela inspeção diária.

Pode ser dividido por categorias ou apenas organizado em uma lista completa e mais longa, seguindo a sequência que melhor cabe ao mecânico, motorista ou ao veículo avaliado. Todos os modelos são personalizáveis, desde que você tenha conhecimento para mexer em programas como o Excel ou Google Sheets.

De acordo com cada item inspecionado, o colaborador anota com caneta um “OK” ou mantém o campo em branco, para os componentes que não precisam de conserto ou substituição; e “NOK” ou um “X” para quando algum problema é encontrado.

Após este processo no estacionamento ou garagem da operação, a lista deve chegar às mãos do gestor e ter seus dados transferidos para a planilha de controle ou sistema de gestão manualmente para apenas depois ser armazenada em um local adequado e seguro.

Checklist digital

Já o checklist digital, ou checklist eletrônico, consiste em uma ferramenta que permite que você crie diversos tipos de questionários por um sistema web e que os motoristas realizem a inspeção utilizando apenas o celular.

As respostas continuam sendo coletadas através de “OK” e “NOK”, indicando que está tudo bem ou não, mas, neste caso, o sistema já atualiza todas as questões em tempo real. 

O processo é muito rápido e simples. Inclusive, as ordens de serviço são abertas automaticamente a cada problema encontrado. Tudo fica salvo com data e hora, gerando gráficos e relatórios automaticamente, e permite chamadas de manutenções corretivas em casos de urgência.

Aqui, os relatórios podem ser acessados diretamente pelo gestor de frotas, sem a necessidade de esperar o motorista retornar com o checklist em mãos — como é o caso do check realizado em papel.

Para entender mais sobre esta ferramenta, acesse a página do Checklist Eletrônico do Prolog e confira como ela funciona e como você pode aplicá-la na rotina da sua operação.

Autor

Luiz Felipe

Co-fundador e CTO da Prolog, desde 2016 se dedica à Prolog, onde além da tecnologia, já colocou um pé no marketing e nas vendas, constantemente buscando novos conhecimentos para trazer excelência à Prolog e seu time.

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