4 passos para evitar a recusa de recape dos pneus da frota

A recusa de recape pode gerar altos custos para a frota. Veja como prevenir o problema e adotar práticas que prolongam a vida útil de pneus.
Evite a recusa de recape para prolongar vida útil dos pneus.

A recapagem de pneus é uma prática essencial para gestores de frota, auxiliando no controle de custos operacionais. No entanto, os gestores frequentemente acabam tendo que lidar com a recusa de recape — quando a recapadora não aceita o pneu por danos estruturais.

Essa recusa impacta diretamente no aumento dos custos, já que um pneu novo precisa ser adquirido antes do previsto — e possui um valor bastante acima de um serviço de recapagem.

Isso reforça a importância de práticas eficazes de gestão de pneus, como rodízio adequado, controle de pressão e inspeções regulares. Confira a seguir:

O que é recapear um pneu?

Recapear um pneu é um processo que visa prolongar sua vida útil através da aplicação de uma nova camada de borracha sobre a carcaça. Isso é feito somente quando a estrutura interna (a carcaça) do pneu ainda está em boas condições.

Esse procedimento é amplamente utilizado na gestão de pneus de frotas, especialmente no setor de transporte rodoviário, onde a demanda por pneus é constante e o custo de substituição frequente pode ser elevado.

A recapagem pode ser realizada mais de uma vez em um único pneu, desde que sua carcaça esteja apta para isso.

Quando o pneu pode ser recapado? – O pneu pode ser recapado quando apresenta sinais de desgaste natural na borracha, mas sua carcaça permanece intacta, sem danos estruturais. Este desgaste acontece ao longo do uso normal do pneu e é esperado dentro de uma rotina de gestão de pneus eficiente.

Quando acontece a recusa de recape?

A recusa de recape ocorre quando a recapadora avalia que a carcaça do pneu não está em condições seguras para receber uma nova banda de rodagem. Isso pode acontecer por diversos motivos, como danos estruturais graves, desgastes excessivos na borracha ou deformações causadas por impactos.

A carcaça do pneu é responsável por manter sua estrutura e garantir que ele suporte as cargas e pressões impostas durante o uso. Quando a carcaça está danificada ou desgastada, seja por fadiga material ou por impactos severos, o pneu não pode ser recapado com segurança.

A fadiga da carcaça costuma ocorrer após longos períodos de uso ou em situações onde o pneu foi submetido a condições extremas.

Cortes profundos, perfurações e outros danos na estrutura do pneu são motivos frequentes para a recusa de recape. Esses danos podem ser causados por objetos nas estradas, como pregos e pedras, ou até por impactos com meio-fios e buracos.

Pneus que apresentam bolhas ou deformidades também são considerados impróprios para a recapagem.

O desgaste irregular ou excessivo da banda de rodagem também pode inviabilizar o processo de recapagem. Quando o pneu é utilizado além do limite de segurança, a carcaça pode sofrer danos que afetam a integridade do pneu como um todo.

Outro fator comum de recusa é o tempo de uso do pneu. Se a carcaça tiver ultrapassado seu limite de vida útil ou tiver sido submetida a condições severas sem os devidos cuidados, como a falta de manutenção preventiva, a recapagem não será possível.

Pneus que entram em contato com produtos químicos, como óleos ou solventes, podem ter sua carcaça danificada. Essa contaminação enfraquece a borracha e compromete a capacidade de reaproveitamento do pneu, resultando na recusa de recape.

Também existe a possibilidade de o pneu já ter passado por uma recapagem anterior mal executada e ele ser recusado em tentativas futuras. Pneus recapados de forma inadequada apresentam riscos elevados de falhas, como descolamento da nova camada de borracha, o que compromete a segurança do veículo.

Como evitar a recusa de recape?

A recusa de recape pode ser evitada com uma boa gestão de pneus e práticas preventivas no dia a dia da frota. Aqui estão algumas dicas práticas para aumentar as chances de recapear os pneus da sua frota e, assim, otimizar os custos operacionais:

Realizar o rodízio de pneus regularmente

Uma das principais práticas para garantir a longevidade dos pneus e evitar desgastes irregulares é o rodízio de pneus.

A troca de posição dos pneus permite que o desgaste ocorra de maneira mais uniforme, evitando que certas partes do pneu se desgastem antes do restante. O rodízio deve ser feito conforme as recomendações do fabricante e também com base nas condições de uso da frota.

O desgaste de pneus, afinal, é inevitável visto que é o único ponto de contato de um veículo com o solo. E durante as viagens, há diversos fatores que contribuem para um desgaste irregular dos pneus, como a condição das estradas; o peso e a distribuição da carga dentro do veículo; e o clima durante o transporte.

Realizando rodízios frequentes, você evita que os pneus sofram desgastes excessivos em determinadas áreas, o que poderia inviabilizar a recapagem.

Medir e ajustar a pressão da calibragem

Pneus com pressão baixa têm maior contato com o solo, causando desgaste acelerado nas laterais. Já os pneus com pressão excessiva desgastam mais rapidamente o centro da banda de rodagem.

Por isso, manter a pressão correta dos pneus é essencial para evitar danos prematuros.

A pressão adequada reduz o risco de desgastes anormais e aumenta a durabilidade da carcaça, garantindo que o pneu esteja em boas condições para o recapeamento. Além disso, gera impacto nos serviços e custos de manutenção da frota.

A recomendação geral para verificar a calibragem é pelo menos uma vez por semana — e, claro, fazer o ajuste conforme necessário.

É importante estar atento às recomendações dos fabricantes de veículos e dos pneus para calibrar com a pressão dentro do ideal.

Garantir a boa conduta de direção dos motoristas

Acelerações bruscas, frenagens repentinas e curvas feitas de maneira inadequada aumentam o desgaste dos pneus e podem provocar danos estruturais. Por outro lado, uma condução cuidadosa reduz o estresse nos pneus, evita impactos severos e ajuda a prolongar a vida útil, aumentando as chances de o pneu ser recapado.

É importante promover treinamentos e conscientizar os motoristas sobre a forma correta de conduzir os veículos para preservar os pneus.

Eles devem entender qual o papel que representam na economia de recursos e desempenho da frota.

O gestor de frota é o principal responsável por estar em contato com todas as áreas da empresa, já que essa tarefa envolve setores como o de Recursos Humanos (RH). A comunicação interna entre os diferentes setores é um fundamental para as campanhas de conscientização e treinamentos de motoristas.

Avaliação do comportamento de desgaste dos sulcos

Monitorar o desgaste da banda de rodagem de forma contínua é essencial para prever quando o pneu precisará ser recapado — e tão importante quanto o monitoramento da pressão. 

Ferramentas tecnológicas, como sensores de desgaste, aferidores eletrônicos e sistemas de gestão de pneus, ajudam a analisar a condição dos sulcos e a planejar a manutenção preventiva.

De modo geral, monitorar os sulcos de maneira precisa permite que os gestores identifiquem problemas antes que o desgaste atinja um ponto crítico, evitando que o pneu seja descartado prematuramente e recusado para recapagem.

Esse procedimento ainda ajuda a entender qual comportamento levou à deterioração e a garantir que os pneus não continuem rodando após atingir o nível máximo de desgaste.

Para um melhor entendimento dos pneus da sua frota, você pode fazer uma análise de acordo com o fornecedor, os tipos de veículos, as rotas realizadas e quem foi o motorista de determinado veículo.

Você pode utilizar outras informações para essa análise, mas destacamos estas pois entendemos que são algumas das mais importantes para identificar o que reduz a vida útil dos pneus e o que ocasiona a recusa de recape.

A recusa de recape é uma dor de cabeça que todo gestor de frotas quer evitar e essas são algumas dicas para você e o número de pneus recusados e economizar no longo prazo.
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Autor

Jean Zart

Co-fundador e CEO da Prolog, possui mais de 10 anos de experiência no mundo do transporte e logística, tendo atuado nas áreas de análise de gestão e processos. Desde 2016, se dedica à Prolog, motivado a gerar inovação e otimização na gestão de frotas.

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