Mais uma vez, o preço do combustível está aumentando e estamos vivendo um novo período de alta do diesel. Como isso afeta as transportadoras?
No mês de fevereiro, o preço do combustível para veículos pesados aumentou novamente. Apenas em Janeiro deste ano, o acúmulo já chegou a 2,3% de aumento em todo o país.
Para as empresas de transporte e caminhoneiros autônomos, esse aumento é bastante prejudicial. Inclusive, foi considerada a possibilidade de haver uma greve, mas este é um plano ainda em aberto.
De qualquer maneira, isso nos traz a uma preocupação constante da gestão de frotas:
A importância de aprender a economizar combustível
Transportadoras lidam com custos bastante elevados, sendo combustível e pneus os principais.
Embora não se possa controlar os altos e baixos do preço do combustível, é possível sim tomar medidas na frota que ajudam a gastar menos com ele.
Por exemplo, cuidado com pneus é um fator que afeta diretamente esse consumo. Pneus desgastados fazem com que o motor do veículo realize mais força para se movimentar, causando um gasto desnecessário de diesel.
Do mesmo modo, a sobrecarga dos veículos gera maior esforço para ganhar velocidade — um gasto excessivo e inapropriado.
Alguns métodos para economizar combustível após a alta do diesel
Identificar perfis de motoristas que consomem mais é uma medida para conseguir instruí-los às boas práticas na direção. Assim, evitando que eles realizem acelerações ou frenagens bruscas, o que causa desperdício de combustível.
Realizar o controle de quilometragem dos veículos é um segundo modo de reduzir gastos. Ao saber exatamente qual a rota percorrida por cada veículo em suas viagens, é possível calcular uma previsão de custos.
Assim, se as viagens saírem muito dessa previsão, você consegue analisar e encontrar os motivos para tal.
A gestão de pneus, a fim de evitar desgastes e perdas precoces de carcaça, é uma tarefa essencial para as frotas. Além de economizar com os pneus em si, aumentando a vida útil deles, irá diminuir o consumo de combustível.
Economia além do combustível: a falta de pneus no mercado em 2020
O ano que passou foi bastante conturbado em diversas áreas. A falta de matéria prima em vários setores do mercado resultou na escassez de alguns produtos e insumos durante algum tempo.
Para as transportadoras e frotas, os pneus estavam em falta. Ainda que, no momento atual, os produtos já estavam novamente disponíveis, parece ter ocorrido um aumento no preço de compra dos mesmos.
Como solução, o presidente Bolsonaro anunciou a decisão de tarifa zero para a compra de pneus importados. Geralmente mais baratos que os pneus nacionais, a importação desse produto não é garantia de qualidade.
As péssimas condições rodoviárias do Brasil são consideradas pelas fornecedoras de pneus nacionais. Ou seja, garantindo que terão o suporte e estrutura necessários para aguentar as estradas irregulares.
Como tudo isso afeta o planejamento das transportadoras
Além de causar efeitos no orçamento da empresa como um todo, a alta do diesel atinge os preços de frete. Ainda em Janeiro, foi divulgada a nova tabela de frete rodoviário pela ANTT, prevendo um aumento de 2,34% a 2,51%.
Para os caminhoneiros e empresas de transporte, o sentimento é confuso. Por um lado, é positivo que o frete acompanhe os valores do combustível, por outro, os consumidores finais terão uma barreira maior para a compra de produtos.
Contudo, ao invés de focar em economizar erroneamente buscando soluções como abastecer em qualquer posto apenas pelos menores preços e comprar os pneus mais baratos e de menos qualidade, busque investir em soluções realmente efetivas.
Encontrar o melhor custo benefício dos produtos e realizar as medidas de controle de frota e gestão de pneus são caminhos plausíveis para melhorar o cenário atual das empresas de transporte de cargas.
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