Dicionário de frotas: conheça todos os termos usados na rotina de uma operação de transportes [PARTE 2]

Continue conhecendo os principais termos usados em uma rotina de operação de transportes e profissionalize ainda mais a sua gestão.
Continue vendo os principais termos da gestão de frotas.

Você já sabe o peso da importância da gestão de frotas? Essa é uma parte essencial de empresas que lidam com o transporte de cargas, trazendo organização, padronização e produtividade para as operações.

Com a combinação desses fatores, uma boa gestão também gera economia e segurança para a transportadora. Agora, o que é necessário para que o seu gerenciamento traga, de fato, esses resultados?

O primeiro passo é ter conhecimento pleno da sua área de atuação. Portanto, entender quais são as áreas que precisa lidar, as responsabilidades diárias, semanais, mensais, e assim por diante. Além disso, o motivo deste nosso post: 

Saber o que significam esses termos usados na rotina das operações de transporte.

Se você ainda não conferiu a primeira parte do nosso glossário de gestão de frotas, acesse aqui e veja outras expressões bastante importantes que você precisa saber. 

Caso já tenha lido, siga aprendendo os demais termos:

Roteirização

A roteirização nada mais é do que criar roteiros para um veículo da frota. Isto é, definir os caminhos utilizados.

Embora seja comum pensar que o melhor e mais econômico caminho seja o mais curto, isso não é 100% verdadeiro. Na realidade, é preciso considerar semáforos, trânsito, horário de saída do veículo, curvas, entre outros, para entender se o trajeto realmente é mais rápido e consome menos combustível.

Para que a roteirização seja mais efetiva, existem tecnologias específicas para isso. Inclusive, algumas que funcionam com inteligência artificial e aprendem conforme são utilizadas. Assim, analisando e comparando as rotas, e trazendo alternativas melhores a cada viagem.

Isso nos leva a outro conceito da gestão de frotas:

Otimização de rotas

A otimização faz parte da roteirização e nada mais é do que trazer melhorias nos trajetos utilizados pela operação. Além de considerar estradas que reduzam o tempo da operação de entrega, os sistemas de otimização também levam em conta quais são as paradas necessárias. 

Dessa forma, o serviço acontece de maneira mais estratégica e eficiente. Gerando tanto economia para a empresa, quanto satisfação para os clientes — que, em casos de entrega aos consumidores finais, recebem suas mercadorias no menor tempo possível.

Rastreamento e monitoramento

O rastreamento condiz ao acompanhamento dos veículos e cargas em seus trajetos. O monitoramento é mais completo: 

Além de acompanhar, em tempo real, o andamento da operação, ainda fornece informações sobre a condução dos motoristas, tempos de paradas realizadas e ociosidade.

Se você quer coletar e analisar dados sobre aceleração, frenagem, velocidade média utilizada, combustível consumido, e assim por diante, os sistemas de monitoramento são a melhor alternativa.

Telemetria

Nesse sentido, existe a telemetria. Uma tecnologia de medição de distâncias, que também gera informações sobre RPM, velocidade, temperatura do motor, entre outras.

Usada em muitos sistemas de monitoramento, ela é uma das mais completas formas de acompanhar dados sobre as viagens da sua frota.

Controle de Jornada

Válido para todos os trabalhadores, o controle de jornada é um processo de registrar os horários de entrada, intervalo e saída de cada colaborador da empresa.

Nas frotas, fala-se muito nesse controle para os motoristas, já que eles possuem horários um tanto diferentes de quem fica, por exemplo, responsável por tarefas administrativas. 

Para que as horas trabalhadas não sejam extrapoladas, e os condutores descansem apropriadamente para uma viagem mais segura, foi elaborada a Lei 13.103. Também conhecida como a:

Lei do motorista

Esta determina os direitos e deveres dos motoristas profissionais, como:

Além disso, a lei também determina alguns deveres para os gestores de frotas, como a necessidade de fazer os registros do diário de bordo e controle de jornada de maneira confiável e precisa.

Consumo de combustível

O consumo de combustível é calculado através da divisão entre quilometragem percorrida e volume de combustível utilizado no trajeto. Com este resultado, você consegue, com maior exatidão, entender e planejar os orçamentos de valores gastos com abastecimentos todos os meses.

Por se tratar de um gasto variável (e bastante alto), muitos gestores têm como missão reduzir os custos com combustível. 

Principalmente com os constantes aumentos no preço de todos os combustíveis nos últimos anos, tornou-se latente a demanda por meios de controle mais eficientes de consumo. Hoje, já existem diversas alternativas de sistemas tecnológicos para suprir esse objetivo.

Como você pode notar, é um ponto de muita atenção na gestão de frotas. 

Custos operacionais da frota

Além dos custos com combustível, existem outros tipos de gastos na frota. Quando fala-se em “custos operacionais”, dentro de uma operação de transporte, isso representa os valores destinados a:

  • Manutenção de veículos e pneus;
  • Seguro e regularização dos veículos;
  • Treinamentos para motoristas;
  • Aquisição de peças, pneus e produtos para a frota;
  • Entre outros.

Basicamente, todo orçamento destinado para o funcionamento da operação pode ser considerado como um custo operacional.

Estilo de condução

Como o motorista dirige — este é o resumo de “estilo de condução”. Se ele está dirigindo de maneira defensiva e econômica, ou se está dirigindo de maneira que leva ao desperdício de combustível, prejudicando os veículos e diminuindo a vida útil dos pneus.

Por exemplo, uma ação que causa tanto aumento no consumo de combustível quanto maior desgaste nos pneus, é deixar para frear em cima do sinal vermelho ao invés de tirar o pé do acelerador a alguns metros de distância.

Eficiência e produtividade da frota

Ambos conceitos caminham juntos. A diferença é que, enquanto a eficiência diz mais respeito ao funcionamento sem falhas na operação, a produtividade é entendida como os resultados obtidos durante um determinado período.

Esses resultados podem dizer respeito ao tempo utilizado para completar uma tarefa na frota, ao tempo de entrega em uma rota, ou o tempo de embarque e desembarque das cargas.

Além disso, a produtividade engloba ações que não são estritamente relacionadas ao tempo, como a quantidade de carga que pode ser enviada em cada veículo e a quilometragem percorrida por motoristas — mas esses são apenas alguns exemplos.

Gestão de riscos

Um conjunto de estratégias e ações na gestão de frotas para prever e prevenir riscos atrelados às operações de transportes. Dentre os riscos, estão os roubos de carga, acidentes de trânsito, quebras de veículos e o estouro de pneus.

Para prevenir essas ameaças, você precisa primeiro conhecê-las e saber como agir em cada caso. Assim, reconhece quais são, também, as melhores medidas de precaução. 

Quer visualizar melhor?

Os roubos de carga podem ser evitados com o uso de sistemas de roteirização e o conhecimento do gestor e motorista sobre quais os horários mais seguros para fazer a viagem em determinada rota.

As quebras de veículo são reduzidas pela realização da rotina de manutenção preventiva da frota, que identifica problemas com antecedência.

CPK – do veículo e do pneu

A sigla CPK representa “Custo por Quilômetro Rodado” e pode se referir tanto ao custo percorrido do veículo, quanto dos pneus. 

O cálculo CPK é realizado considerando todos os custos envolvidos para que um deslocamento aconteça e o total de quilometragem rodada. No caso do veículo, consideram-se todos os custos fixos e variáveis da operação e divide-se esse valor pela quilometragem total registrada do veículo.

Já para os pneus, considera-se seu valor de aquisição e reformas, quando houverem, dividido pela quilometragem total percorrida — você pode conferir esse cálculo em mais detalhes aqui.

O CPK é, além disso, considerado um dos indicadores de desempenho da frota. Confira:

Indicadores de desempenho da frota – KPIs

Para saber como está a sua gestão de frotas, são usados os KPIs — key performance indicators, ou: indicadores de desempenho. Através deles, o gestor estabelece padrões de performance e determina objetivos realistas para serem atingidos na empresa.

Os custos com manutenção, por exemplo, podem ser medidos por quantas vezes o mesmo item deu problemas em um único veículo e qual a frequência de manutenção corretiva por motorista.

Cabe ao gestor de frotas determinar o que deseja analisar, qual seu objetivo e entender quais as melhores métricas para chegar no resultado desejado.

Em um outro contexto, se o plano é diminuir a incidência de multas, é preciso primeiro entender as infrações mais comuns, quem são os responsáveis por elas, o valor médio de multa por motorista, etc.

Dessa forma, você consegue determinar como conscientizar os motoristas e quais os melhores caminhos para isso — treinamentos, palestras, provas, ou uma renovação do curso de direção.

Continue aprendendo mais sobre gestão de frotas e como trazer economia, segurança e produtividade à sua rotina:

Autor

Emerson Bastos

Formado em Administração de Empresas pela Univali e atua há 20 anos com transporte rodoviário de carga, frota, planejamento e controle, e finanças.

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O conteúdo que você já gosta e acompanha sobre o universo da gestão de frotas também está em vídeos publicados semanalmente e lives exclusivas com convidados.

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