A gestão de pneus é uma etapa essencial da gestão de frotas. Por meio dela, você garante que todos os cuidados com os pneus sejam realizados corretamente.
Nem precisamos dizer que os pneus desempenham um papel importante no transporte de cargas, mas, vale ressaltar: a rotina de cuidados com esses ativos requer muita atenção.
Isso significa que os colaboradores devem executar ações diárias a fim de aumentar a durabilidade dos pneus, a economia e a segurança das suas operações de transporte.
Mesmo já sendo uma prática mais comum nas operações brasileiras, ainda há muitas frotas que não realizam essa gestão de maneira eficiente. Na maior parte dos casos, possuem processos demorados e com muitos retrabalhos.
Um pneu mal calibrado pode gerar prejuízos ao veículo, assim como a perda precoce do pneu e até mesmo aumentar os gastos com combustível. Essas são consequências bastante graves para algo tão “pequeno” quanto um pneu com a calibragem desregulada.
Por isso, você precisa agilizar e implementar uma gestão de pneus de alto nível na sua operação de transporte. A seguir, entenda tudo sobre a gestão de pneus:
- O que é a gestão de pneus;
- Por que ela é importante;
- Quais são os benefícios da gestão de pneus;
- O que faz parte da rotina de uma gestão de pneus;
- Quem é o responsável por realizar a gestão de pneus;
- Como fazer a gestão de pneus;
- Quais são as ferramentas para gestão de pneus;
- A importância da tecnologia na gestão de pneus;
- Outras tecnologias de pneus;
- Dúvidas frequentes sobre pneus;
- Tendências da gestão de pneus para os próximos anos.
O que é gestão de pneus?
A gestão de pneus, ou gerenciamento de pneus, é um conjunto de processos em operações de transporte para gerar maior controle dos pneus da frota e visibilidade de suas condições de rodagem.
Dessa forma, permitindo ao gestor entender o funcionamento dos ativos por completo e identificar, com antecedência, possíveis problemas, assim como as soluções mais adequadas para cada caso.
Como resume o Jean Zart, CEO da Prolog:
“O conjunto de atividades periódicas de coleta (aferição), armazenagem e análise de dados referente ao estado dos pneus da frota, com a finalidade de convertê-los em informação relevante para a tomada de decisão sobre os recursos físicos, financeiros e de pessoal referentes à frota.”
Jean Zart – CEO da Prolog
Geralmente, é realizado através de ferramentas manuais, como manômetros e aferidores, e registros em papel e/ou planilhas.
Contudo, com o crescimento e compreensão da importância da área na gestão de frotas, já existem soluções mais tecnológicas, que permitem a coleta e registro de forma digital.
Por que a gestão de pneus é tão importante?
É comum os pneus serem negligenciados na frota, e a gestão de pneus veio para romper esses padrões. Ela traz a visualização de dados dos pneus, como de pressão e profundidade dos sulcos, que permitem entender se os pneus possuem bom desempenho e rendimento na operação.
Dessa forma, traz informações valiosas ao gestor: quais pneus têm o melhor custo-benefício na frota.
Além disso, o controle e redução de custos é um dos principais aspectos para realizar a gestão de pneus da frota. Saber quais pneus são melhores implica em realizar compras mais inteligentes e reduzir os valores direcionados à aquisição de novas peças.
As reformas de pneus também passam a acontecer com mais frequência, já que a gestão de pneus reduz as recusas de recape.
Igualmente, podemos citar que a segurança da frota, do motorista e das cargas, é essencial aqui. Pneus com calibragem desregulada ou desgastados são mais suscetíveis a acidentes. Por isso, manter um cronograma para verificação e controle dos pneus é fundamental.
Quais são os benefícios da gestão de pneus?
Confira em mais detalhes cada um dos benefícios da gestão de pneus:
Maior durabilidade dos pneus
Através das inspeções de pneus, e todos os demais cuidados previstos nesta gestão, é estabelecida uma condição de rodagem ideal para os ativos.
Os mesmos são mantidos na calibragem ideal, com um desgaste regular e mínimo, e sendo utilizado o modelo de melhor performance para cada rota.
Quando todos os cuidados estão em dia, os pneus alcançam sua vida útil sem maiores problemas. Eles podem, inclusive, ultrapassar sua vida útil estimada pelo fornecedor.
Assim, dando maior controle para planejar a necessidade de investimento em novas compras para repor o ativo.
Reduz a necessidade de reparos
Ao seguir os cuidados apropriados, os pneus terão um desempenho melhor, garantindo também que haja menos reparos na estrutura do caminhão como um todo.
Afinal, um pneu desequilibrado pode danificar o sistema de eixo e suspensão do veículo, gerando mais gastos e diminuindo até a qualidade do veículo.
Melhora a segurança em estrada
Pneus desgastados aumentam o risco de derrapamento, principalmente em dias de chuva. Por isso, cuidar dos pneus gera maior segurança nas operações de transporte.
Seguir as recomendações do fabricante e realizar a gestão de pneus é o que você precisa para dar garantia tanto aos motoristas quanto ao cliente, que irá receber as mercadorias, de que não terá problemas no percurso.
Redução de custos operacionais
Muito se tenta economizar com pneus, por serem peças de alto custo de aquisição. Cada pneu novo, atualmente, custa em torno de 2 mil reais. Se forem necessárias novas compras mensalmente, por exemplo, torna-se inviável para algumas frotas.
Na maioria dos casos, é isso que leva os gestores a permitirem que os veículos saiam para viagem com pneus carecas ou irregulares.
No entanto, isso gera gastos ainda maiores, pois aumenta a frequência de descarte antecipado dos pneus.
A gestão de pneus não precisa necessariamente ter um investimento alto, mas adquirir recursos como um software que auxilia nesse controle é uma excelente alternativa visando a economia, agilidade e produtividade da frota.
Redução de pontos falhos na inspeção de veículos
Através da gestão de pneus, é possível identificar se as tarefas de manutenção preventiva estão sendo realizadas. Afinal, alguns tipos de desgastes, como localizados ou irregulares, são causados pela falta de alinhamento e balanceamento do veículo.
Ao seguir os cuidados apropriados, os pneus terão um desempenho melhor, garantindo também que haja menos problemas como esses na estrutura do caminhão. Por consequência, gerando menos gastos e aumentando o desempenho do caminhão.
O oposto também acontece, ou seja, a falta de gestão de pneus pode levar a estragos na estrutura veicular.
Quando os pneus não estão bem calibrados, ou estão com falhas na montagem, influenciam no sistema de suspensão do veículo e aumentam os impactos recebidos em estrada. Portanto, podem causar danos maiores ao veículo inteiro.
Da mesma forma, pneus de baixa calibragem aumentam o consumo de combustível do veículo, gerando prejuízos financeiros à frota.
De maneira geral, caso os pneus estejam corretamente calibrados e não apresentem desgastes além do normal, você já sabe que, se o veículo apresentar inconformidades, deve procurar outros motivos para o problema.
Rendimento de mais vidas
A recapagem é um tipo de reforma de pneus que permite que o ativo renda mais vidas. Isto significa que, ao invés de ser descartado após rodar até seu limite, ele pode passar pelo processo de receber uma nova banda de rodagem e rodar por mais cerca de 2 anos, rendendo uma vida a mais.
Um pneu pode chegar a ter três vidas extras, ainda que isso só possa acontecer quando a carcaça não sofreu danos excessivos ou fadiga.
Portanto, a gestão de pneus possui um papel fundamental, revisando os pneus conforme seu uso e removendo-os dos veículos antes de chegar a um estado avançado de avarias.
O desgaste acelerado e indevido dos pneus leva ao chamado “recusa de recape”, impossibilitando o prolongamento de uso dos pneus. É preciso cuidar com o desgaste para poder ter a chance de recapar e utilizar essas peças por mais tempo.
Aumento da segurança em trânsito
Se os pneus não receberem atenção, eles podem chegar ao estágio de pneus carecas, quando se torna um perigo ainda maior realizar transportes em rodovias.
Os pneus carecas são caracterizados pela perda total de aderência ao solo. Então, eles ficam muito mais suscetíveis a derrapar ou aquaplanar, em dias de chuva.
Realizar o gerenciamento de pneus é a melhor alternativa para acompanhar o desgaste e aderência dos pneus, sempre tendo as soluções prontas para cada situação que surgir na sua operação de transporte.
Dessa forma, gerando mais segurança ao veículo, motoristas e cargas ou mercadorias da empresa.
Melhor controle da condução dos motoristas
Ao analisar os pneus e notar diferentes avarias, você pode investigar também como os motoristas estão se portando na direção do veículo. Algumas ações que geram problemas e devem ser evitadas incluem:
- Acelerar no sinal amarelo;
- Acelerar excessivamente para realizar uma ultrapassagem;
- Não reduzir a velocidade para passar por quebra-molas;
- Não respeitar os limites de velocidade da rodovia ou dos pneus;
- Pegar atalhos por estradas não-planejadas, geralmente de chão, contendo muitas pedras e detritos.
Todos esses fatores causam danos aos pneus, acelerando seu desgaste ou gerando bolhas, cortes e furos na borracha. Embora seja possível reformá-los, esse tipo de comportamento aumenta os custos da operação desnecessariamente.
Geração de dados para diferentes análises
A coleta de dados através do gerenciamento de pneus permite a realização do cálculo de CPK, o Custo Por Quilômetro de cada pneu — uma informação decisiva. É através dela que se identificam os melhores pneus para a operação, determinando o custo-benefício de cada marca e modelo.
É importante notar que esse cálculo deve ser analisado por pneu, considerando o custo de aquisição, custo de serviços realizados e a quilometragem rodada antes e após a reforma.
Além disso, você precisa considerar os fatores externos: rotas percorridas, veículos em que estavam instalados e motoristas responsáveis. Afinal, você acabou de ler o quanto esses elementos podem influenciar no prolongar da vida útil dos pneus, certo?
Então, lembre-se de levar todas essas informações para a sua tomada de decisões no próximo momento de análises e aquisições de pneus.
O que faz parte da rotina de gestão de pneus?
Toda tarefa relacionada aos pneus da frota está dentro dessa gestão. Desde a compra até o descarte, a gestão de pneus é todo o processo de lidar com esses componentes de um veículo da frota.
Confira todas os processos da gestão de pneus:
Marcação de fogo em pneus
O primeiro passo para começar a fazer o gerenciamento de pneus na frota é a marca de fogo. Essa é uma inscrição aplicada na lateral do pneu, ao lado das informações que já vêm de fábrica.
O objetivo dela é dar uma identificação única ao pneu, tornando o controle individual deles possível. Além de tornar mais prática a gestão, também permite uma organização melhor do inventário dos pneus, pois você consegue rastrear exatamente qual pneu está aplicado ou em estoque.
O modelo mais comum de realizar essa identificação dos pneus é com um ferro quente ou marcadores modernos, mas que também funcionam a fogo.
Embora possa parecer perigoso fazer essa pequena “queimadura” na borracha, os riscos de causar algum estrago são mínimos — basta que o serviço seja realizado por um profissional e você não tem o que temer.
Também há marcadores de pneus que fazem a marcação a laser e podem ser mais rápidos, caso tenha preferência por esse modelo.
Acompanhamento através da inspeção de pneus
A inspeção de pneus reúne duas tarefas cruciais para o controle desses ativos, sendo através delas que a visualização de serviços e previsões de troca são possíveis:
1 – Aferição de pressão dos pneus
A tarefa de aferir a pressão dos pneus nada mais é do que medir a pressão que eles estão no momento, encaminhando para uma calibragem, caso esteja em não-conformidade.
A aferição pode ser realizada de maneira manual, usando um manômetro, ou de maneira digital, usando um aferidor eletrônico, conhecido também por “medidor digital de pressão de caliragem”.
Alguns especialistas até recomendam a calibragem diária dos pneus de veículos que rodam todos os dias. Porém, muitas vezes, isso é inviável. Então, o ideal é que a calibragem ocorra toda semana, sem falta.
Se essa é a recomendação, você talvez esteja questionando: “se a calibragem já vai ser realizada, por que medir a pressão dos pneus é necessário?”
É uma dúvida totalmente válida. E a explicação é a seguinte:
Uma das etapas da gestão de pneus é a análise dos dados coletados nesse processo. O que permite descobrir a calibragem ideal para cada marca e modelo de pneu utilizado na operação.
Ainda que haja uma indicação de qual deve ser a pressão de calibragem dos pneus do veículo, contida no manual do proprietário, você pode se deparar com diferentes rotas e condições climáticas de rodagem que influenciam na pressão ideal.
Por meio das aferições semanais (ou quinzenais), você deixa de sofrer com desgastes e perda de pneu antes da hora.
Isso porque passa a analisar, com precisão, os dados de pressão e o nível de desgaste do pneu, ajustando a pressão para cima, caso o desgaste tenha sido maior nos ombros do pneu, ou para baixo, caso tenha um desgaste centralizado acentuado.
Este é apenas um exemplo de ação que você pode tomar a partir desta análise da gestão de pneus.
2 – Conferência da profundidade dos sulcos dos pneus
Da mesma maneira que a pressão deve ser medida e controlada, os sulcos do pneu também devem. Mais diretamente, a sua profundidade deve ser acompanhada, pois ela é quem indica se o desgaste dos pneus está acontecendo de maneira natural, irregular ou acelerada.
Para esclarecer, os sulcos são os “furos” que seguem um padrão ao longo da banda de rodagem e servem para auxiliar na passagem de ar e água ao rodar em estradas. Eles possuem diferentes profundidades, dependendo dos tipos de pneus, cada um tendo diferentes vantagens e desvantagens para a sua frota.
Essa profundidade dos sulcos, às vezes identificada como “altura dos sulcos”, também pode ser medida com aferidores manuais ou digitais. Inclusive, o mesmo aferidor eletrônico que mede a pressão dos pneus pode ser utilizado para este momento.
Algo que você precisa evitar: os truques de mediação. Alguns gestores utilizam métodos “não-oficiais” de medir a profundidade dos sulcos, como o da moeda de 1 real, pois sua faixa dourada equivale à altura mínima que os sulcos devem ter de 1,6 mm.
Assim como o controle de pressão dos pneus, a medição e análise de profundidade tem um papel importante para ajudar seus pneus durarem mais:
Você consegue entender qual é o nível de desgaste do pneu e identifica a hora certa de realizar uma troca, enviando o ativo para o processo de recapagem e aumentando sua durabilidade e rendimento na operação.
Limpeza e secagem
O processo de limpar e secar os pneus deve fazer parte da sua rotina de gerenciamento, pois os detritos e sujeiras que “grudam” nos pneus em seus trajetos podem acelerar danos em sua borracha.
Por exemplo, pedras que ficam presas na banda geram instabilidade no veículo e podem fazer o pneu “quicar” com uma velocidade maior. Isto pode acarretar tanto em um desgaste localizado no pneu, quanto no surgimento de cortes ou furos.
Portanto, sempre tenha essas tarefas incluídas na rotina de cuidados dos pneus da frota.
Serviços de manutenção
Para pneus de alta durabilidade, alguns serviços de manutenção são necessários. Dentre eles:
- Calibragem dos pneus;
- Inspeção de rodas e carcaça;
- Vulcanização;
- Consertos e reformas;
- Alinhamento;
- Balanceamento;
- Inspeção de freios e suspensão.
Reformas de pneus
As reformas de pneus fazem parte também dos serviços de manutenção, mas existe uma diferenciação importante para fazer aqui entre as diferentes possibilidades de reforma. Elas são:
- Recapagem: Nesse processo, apenas a banda de rodagem do pneu é trocada. O pneu passa por uma inspeção para analisar os danos de sua borracha e, também, da carcaça. Caso sejam danos reparáveis, o pneu segue para os reparos necessários e aplicação da banda nova. Em caso de recusa de recape, o pneu deve ser descartado, pois já se tornou inutilizável.
- Recauchutagem: Esse é o processo de troca da banda de rodagem utilizado quando os ombros possuem desgastes, pois a recapagem não cobre esta parte do pneu.
- Remodelagem: Toda a parte externa do pneu é renovada, fazendo com que o pneu perca suas informações originais de fábrica (localizadas em sua lateral). É um processo mais complexo e pouco utilizado, pois não costuma compensar o trabalho.
Gestão de dados
A partir da identificação de pneus, cada movimentação deles pode ser registrada e acompanhada por planilhas ou sistemas digitais. Desde a colocação no inventário ou instalação em um veículo até o envio e retorno do processo de recapagem.
Tudo é informação, ou, na linguagem mais tecnológica: tudo é dado.
Cada detalhe pode ser estudado para entender problemas e gerar soluções. No caso dos pneus da frota, os principais dados que geram conhecimento ao gestor são as medições de pressão e profundidade dos sulcos — como você pôde notar acima.
Com as ferramentas adequadas para medir e registrar essas informações, você cria uma rotina de análises muito mais prática na sua operação.
Aquisição dos pneus
Após conseguir visualizar todos os dados dos pneus, entendendo quais têm melhor desempenho, quais geram custos maiores, quais sofreram uma perda antecipada ou recusa de recapagem, qual o CPK de cada modelo, e assim por diante, você chega a uma conclusão crucial:
A descoberta de qual é o melhor pneu para a sua operação.
Quem é o responsável pela gestão de pneus?
Existem diferentes responsáveis pela gestão de pneus, tanto voltados para tarefas mais operacionais ou administrativas:
Gestor de pneus
Ele é o responsável por determinar quais são as rotinas de inspeção de pneus, assim como realizar a aferição seguindo o seu cronograma. Em algumas operações, há um inspetor específico para este momento, mas, caso não tenha, o gestor de pneus faz esse papel.
Além disso, quando chegam na central das operações, ele deve determinar e fiscalizar as marcações do pneu, seja a fogo ou outro meio.
Ele precisa ainda administrar as compras, buscando fornecedores confiáveis e fechando bons negócios. Para escolher as melhores marcas e modelos, a análise dos dados coletados é parte de sua rotina também.
Ele precisa encontrar as informações mais relevantes, que mostram qual é o pneu com melhor desempenho para cada momento da operação.
Outra tarefa que deve realizar é a fiscalização de trabalhos da borracharia da empresa, quando são necessários reparos ou reformas. De maneira geral, seu papel é acompanhar o ciclo de vida útil do pneu, até o momento do descarte.
Inclusive, o descarte correto e ecológico dos pneus também é algo que o gestor de pneus deve saber como fazer.
Gestor de frota
O gestor da frota pode ser o responsável pelos pneus da frota caso a empresa não tenha porte para uma contratação específica tal função.
Porém, quando possuir um responsável para essas tarefas, o gestor da frota passa a ser responsável pelas análises de relatórios fornecidos pelo gestor de pneus, ou analista de frota, para tomar decisões que visam a economia, segurança e eficiência da frota.
Mesmo que o gestor de pneus determine quais os ativos são as melhores compras para a operação, é o gestor de frotas quem tem a palavra final e decide se os argumentos são válidos para concretizar esta decisão.
Analista de frota
Em alguns casos, principalmente para operações de grande porte, com mais de 400 veículos, o analista de frota é uma posição presente no gerenciamento de pneus.
Ele não faz nenhuma tarefa operacional, sendo responsável exclusivamente por revisar os dados coletados em campo. Ele é quem organiza essas informações da frota, centralizando os dados de diversas áreas, como pneus, manutenção e motoristas, em uma única visualização.
Desta forma, terá uma visão ampla de tudo o que acontece na operação e entenderá, com mais precisão, quais fatores podem estar causando problemas na frota e quais são as soluções que devem ser adotadas.
Ele também gera relatórios a partir de suas análises para levar ao gestor da frota, quem toma as decisões finais sobre as ações a serem aplicadas.
Como fazer a gestão de pneus?
Podemos organizar a gestão de pneus em 6 passos. Eles são:
- Realizar a marcação a fogo: como falamos, a identificação dos pneus é o primeiro passo para possibilitar o controle desses ativos.
- Fazer as aferições de pressão e profundidade dos sulcos: esta é a tarefa mais importante da gestão de pneus e só é possível entender o desempenho dos ativos através da coleta dessas informações.
- Ter um método de controle: aqui, trata-se de determinar onde as informações serão registradas e quais ferramentas vão ser utilizadas, assim como qual é o processo e tarefas diárias de cada colaborador da frota.
- Implementar a rotina na operação: comunicar a equipe e aplicar novos processos faz parte das responsabilidades do gestor, caso ainda não tenha começado uma rotina de gestão de pneus na sua operação.
- Ter constância e usar os dados coletados: de nada adianta coletar os dados se não os utilizar para gerar conhecimento, objetivos e soluções aos problemas identificados na frota.
- Sustentar as decisões tomadas com base na análise de dados: ao utilizar dados para novas compras e aplicação de processos, é preciso que os traga em relatórios para sustentar e comprovar as suas hipóteses.
Quais são as ferramentas para gestão de pneus?
As ferramentas para gestão de pneus incluem tanto os medidores de pressão e calibragem dos ativos, quanto um método para registrar e organizar todas as informações coletadas na inspeção de pneus.
Confira em mais detalhes:
Medidores de pressão e profundidade dos sulcos
Esses medidores podem ser manuais ou digitais, também podendo ser exclusivos para medir a pressão ou profundidade, ou medindo ambos em um único aparelho. Dentre as opções, você pode encontrar:
- Paquímetro analógico: mede apenas a profundidade dos sulcos, sendo como uma régua que é inserida em cada sulco e verificada pelo gestor para identificar a medida correta.
- Aferidor eletrônico: pode ser adaptado para medir tanto a pressão quanto os sulcos, faz a leitura automática das informações as enviando diretamente a um sistema de gestão conectado ao aparelho — e possui uma precisão de 99% na leitura.
- Calibrador de pneus: regula a calibragem dos pneus que foram identificados como baixa ou alta pressão na hora da inspeção.
Além dos medidores, é preciso possuir um método para registrar e organizar todas as informações coletadas na inspeção de pneus. Com essa funcionalidade, você pode encontrar tanto a planilha quanto o sistema de gestão. Confira:
Planilha de controle de pneus
As planilhas de controle de pneus podem ser simples ou até mais robustas, caso sejam pagas e construídas por um profissional em excel. Elas podem variar em sua construção, mas, a maioria apresenta uma distribuição de abas, que inclui:
- Cadastro do pneu;
- Cadastro de motoristas;
- Cadastro de veículos;
- Controle de serviços;
- Controle de inspeções;
- Relatórios de serviços.
É uma ferramenta excelente para quem ainda não faz nenhum tipo de controle e possui poucos veículos. Agora, quanto mais veículos tem a frota, maiores são as necessidades de ter um acesso rápido e fácil, tendo a possibilidade de buscar um pneu por sua identificação assim que for necessário.
Nesse quesito, a planilha de controle de pneus não atende tão bem quanto um sistema mais moderno e tecnológico.
Sistema de gestão de pneus
É até comum encontrar sistemas mais gerais, como os ERPs, que contém modalidades de gestão de pneus. O que geralmente acontece é que este controle é limitado, possibilitando apenas a movimentação entre inventário e instalação em veículo.
Por outro lado, o sistema de gestão de pneus é realmente completo, trazendo tanto a função de movimentação de pneus, quanto outras que se tornam essenciais, como:
- Cadastro de placas, pneus e motoristas;
- Controle de aferições de pneus;
- Controle de pneus reformados por ID;
- Cronograma de aferições;
- Geração de ordens de serviço;
- Análise de dados;
- Finalização de serviços;
- Automatização do cálculo de CPK do pneu;
- Previsão de troca do pneu;
- Inclusão de fotos em tempo real.
De maneira geral, os gestores costumam olhar para os pneus da frota apenas pelo viés da economia: buscam escolher os modelos de menor custo e que não sejam descartados tão rápido.
O que deveriam fazer é olhar pelo viés da geração de informações. Coletar os dados de pneus e analisá-los permite entender não apenas os pneus de melhor desempenho, com o CPK desejado e que contribuem no aspecto financeiro.
Mas, também, confirmar alguns tipos de problemas que os veículos apresentam com maior frequência e como os motoristas dirigem em suas rotas.
Economia, manutenção e segurança são três pilares que os pneus ajudam a sustentar, portanto, o gestor de pneus e da frota deve trazer esse cuidado mais próximo dos pneus, mas mantendo o olhar para o todo da frota.
Para saber o que utilizar na sua gestão de pneus, confira as diferenças entre a planilha e o sistema de controle de pneus:
PLANILHA | SISTEMA | |
PRATICIDADE | BAIXA | ALTA |
PERSONALIZAÇÃO | SIM | SIM |
PRODUTIVIDADE | MÉDIA | ALTA |
AUTOMATIZAÇÃO | NÃO | SIM |
ANÁLISE DE DADOS | MANUAL | AUTOMATIZADA |
CENTRALIZAÇÃO DE DADOS | NÃO | SIM |
HISTÓRICO DE DADOS | SIM | SIM |
CRIAÇÃO DE RELATÓRIOS | MANUAL | AUTOMATIZADA |
ATUALIZAÇÃO EM TEMPO REAL | NÃO | SIM |
A importância da tecnologia na gestão de pneus
A importância da tecnologia, percebida pelos gestores, é imensa. Desde a economia que as tecnologias trazem até a produtividade e agilidade no dia a dia.
Tecnologias como o sistema de gestão de pneus surgem como uma forma de fazer os pneus terem uma durabilidade maior e de evitar a recusa de recape, rendendo de 1 até 3 vidas a mais aos pneus.
Também vêm surgindo ao longo dos anos tecnologias no desenvolvimento de pneus com essa pretensão — de ter pneus mais duráveis e menos suscetíveis a danos.
Desde o início da história do pneu, a construção deles já passou por muitas mudanças e, agora, existem vários modelos diferentes, com propostas e fabricações distintas.
Inclusive, trazendo em sua própria estrutura algumas tecnologias, como borrachas mais fortes ou proteções desenvolvidas para sustentar furos e cortes na banda de rodagem.
Quais são algumas dessas tecnologias?
Sensores de pneus
Em vários veículos, os pneus já vem com sensores, às vezes semelhante a uma “tag”, que identificam sua pressão de ar e alertam o motorista acendendo uma luz no painel em caso de irregularidades.
Também há estudos analisando o desenvolvimento de pneus com bandas de rodagem especiais. Estas teriam sensores para detectar as condições da estrada, assim “adaptando” a banda para fornecer uma melhor aderência nas diferentes condições.
Pneu anti furo
Popularmente conhecido por “pneu run flat”, esse tipo de pneu possui uma tecnologia “self supporting”, que permite ele continuar rodando com o total controle do veículo após o pneu furar ou ter uma grande perda de pressão.
Isso acontece porque sua estrutura é desenvolvida com uma “proteção”, que reforça a parede lateral do pneu, suportando o peso do veículo e da carga nos casos em que o pneu sofre um dano.
Caso a tecnologia seja ativada após o pneu sofrer algum impacto, o motorista pode rodar por até 80 km, desde que mantenha a velocidade máxima de 80 km/h. Após isso, corre o risco de ocorrer o detalonamento do pneu.
Apesar da tecnologia, esse tipo de pneu costuma se desgastar com mais rapidez, por conta do peso e reforço na construção. Isso significa que ele tem uma durabilidade menor que os modelos tradicionais e também não é indicado que sejam reformados, ainda que seja possível.
Pneus auto vedantes
Grandes marcas de pneus, identificam esse pneu de maneiras diferentes. Por exemplo, no catálogo da Pirelli, é o pneu seal inside, no da Continental, é o ContiSeal.
A tecnologia dos pneus auto vedantes evita que eles percam pressão mesmo após serem perfurados, garantindo uma maior segurança nas operações de transporte. Há um limite para que ela funcione adequadamente: furos de até 5 mm na banda de rodagem.
Caso o furo aconteça nas laterais do pneu, o material vedante não funciona.
Ele funciona assim:
O material vedante, contido no interior do piso do pneu, se incorpora ao objeto quando acontece uma perfuração.
Ao remover esse objeto do pneu, o material é “arrastado” para o interior do buraco, selando as suas bordas. Dessa forma, evita a perda de pressão de ar do pneu.
Mesmo com a tecnologia, possuem uma durabilidade média igual aos pneus convencionais. E, em caso de reformas, vale notar que o vedante é parcialmente removido.
Pneus verdes (ecológicos)
A Continental, por exemplo, trabalha hoje com o desenvolvimento de modelos produzidos com látex especial, ao invés da borracha, seja natural ou sintética.
Também se estuda o desenvolvimento de pneus com outros materiais alternativos e mais ecológicos. Como o uso de sílica na composição, reduzindo o atrito com o asfalto e gerando economia.
Além de promover a sustentabilidade, cada vez mais presente nas frotas, é algo que poderia tornar os pneus mais baratos.
Pneus sem ar
Com paredes laterais reforçadas, que podem suportar o peso do veículo sem a necessidade do preenchimento de ar, podem também ter um anel de suporte interno — este modelo está sendo testado pela General Motors, desenvolvido pela Michelin (espera-se que comecem a ser utilizados em carros de passeio a partir de 2024).
Ele funciona a partir da sustentação por lâminas resistentes de fibra de vidro, cobertas por borracha, que tornam a peça bastante flexível e atuando para auxiliar a suspensão no amortecimento do veículo.
A tecnologia diz respeito a sua construção: feito de pequenos raios de plástico reforçado com vidro e sem a necessidade de calibrar com ar pressurizado. Ou seja, não pode estourar nem furar.
Além disso, podemos considerar os pneus sem ar um modelo “verde”, pois demandam menos borracha para serem produzidos e a estimativa é que durem cerca de 3x mais que um pneu comum, tempo semelhante ao de pneus desenvolvidos para veículos lunares.
Pneu auto calibrável
Para evitar a rodagem com pressão inadequada, esses tipos de pneus possuem um sistema que faz o rolamento bombear ar para a câmara e parar apenas quando o nível de inflação chegar no seu ideal, interrompendo o bombeamento e permitindo a circulação do ar no interior do pneu.
Remold
A reciclagem de pneus é uma prática comum, a fim de evitar o desperdício de recursos e promover uma maior sustentabilidade no setor do transporte. Assim, surgiram os pneus remold.
Embora haja muitas dúvidas sobre a utilização desses modelos, há uma tecnologia de ponta que transpõe um pneu já rodado em novo e com vida útil tão boa quanto a de pneus novos.
Então, não precisa ter medo de adquirir essas peças.
Por que surgem essas tecnologias de pneus?
No início da história do pneu, ele era uma peça de material maciço e, mais comumente, composto de madeira. Na época, era apenas uma alternativa para ser usada em carroças e bicicletas.
Com o tempo, foi se aprimorando e, quando surgiu o processo de vulcanização, que aumenta a resistência e durabilidade da peça, a borracha pode ser utilizada em estruturas de lonas e nylon, e em alguns tipos de aços, para ser utilizado o pneu em carros.
A partir disso, diversos estudos e testes foram realizados para desenvolver os diferentes pneus para todos os tipos de veículos. Levando aos pneus que conhecemos hoje e às tecnologias que você acabou de conferir acima.
Mais que isso, essas tecnologias surgiram por algumas necessidades latentes que os gestores de frota sentiam, como os desafios financeiros e desgaste prematuro de pneus, ou pela falta de matéria prima aos fabricantes e necessidade de explorar outros recursos.
Como essas tecnologias afetam a gestão de pneus?
De maneira geral, o impacto desses tipos de pneus na gestão é baixo. Isto porque continua sendo necessário coletar dados e acompanhar o desempenho deles ao longo de sua utilização na frota.
Se não forem os dados de pressão e profundidade dos sulcos, serão outros. É uma questão de adaptação, pois a importância dos pneus continua sendo a mesma. Afinal, ele precisa ainda suportar os veículos pesados e fazer um transporte seguro e eficiente.
Ainda assim, exceto o pneu sem ar, todos os demais performam de maneira semelhante aos pneus convencionais. Podemos até pensar neles como modelos convencionais atualizados.
Dúvidas frequentes sobre pneus
O que causa mais desgaste nos pneus?
Direção sem cautela
Quando o motorista dirige despreocupadamente, deixa passar erros que poderiam ser evitados a fim de prolongar o uso dos pneus e até do próprio veículo.
O ideal é que todos os condutores da frota passem por treinamentos de direção defensiva, mesmo que já tenham anos de experiência, é importante que passem por essa “renovação de conhecimentos”.
Isto porque podem aderir a hábitos que são prejudiciais à operação. Da mesma forma, treinar os motoristas sobre as atualizações em leis de trânsito e regras de conduta da empresa é essencial.
Falta de acompanhamento
A inspeção de pneus é crucial para a frota. Controlar a perda de pressão e profundidade dos sulcos é uma tarefa que não pode ser deixada de lado.
É apenas utilizando esses dados que você pode tirar conclusões sobre os desgaste dos pneus, como:
- Nível em que estão, se está dentro ou além do normal;
- Tipo do desgaste identificado;
- Prováveis causas para estar acontecendo;
- Melhor medida corretiva a ser tomada;
- Medida preventiva a ser adotada daqui para frente.
Parecem dados tão simples, mas trazem um peso grande na melhoria da sua gestão de frotas.
Estradas precárias
Ainda que seja um fator que não se pode controlar totalmente, as estradas que têm condições mais precárias na rota devem ser consideradas na análise de desgaste das peças.
Esse fator pode ser identificado nas conversas com motoristas responsáveis em cada percurso, recebendo informações em primeira mão para planejar novos roteiros. Além disso, deve-se fazer o acompanhamento de notícias sobre cada região, a fim de verificar onde estão acontecendo obras ou mudanças no trânsito.
Todas essas informações auxiliam na criação de trajetos menos prejudiciais aos veículos e pneus da frota.
Uso dos modelos errados para a rota
Avaliar as estradas a serem percorridas em um deslocamento também é importante para identificar os melhores pneus para cada viagem.
Por exemplo, se o pneu passar por muitas rodovias, você deve dar preferências aos pneus de baixa severidade, que trazem maior economia de combustível.
Para rotas de distribuição urbana, principalmente quando o veículo pega horários de tráfego intenso, realizando muitas acelerações e frenagens, deve-se optar pelos pneus de alta severidade, que possuem uma borracha mais resistente aos danos de aumento de temperatura.
Em rotas que passam por ambos momentos, equilibrando o percorrer entre rodovia e dentro da cidade, os pneus de média severidade costumam trazer uma performance melhor à operação, oferecendo a resistência necessária da borracha e mantendo um bom consumo de combustível em toda a viagem.
Utilizar um pneu muito resistente em uma viagem de maior distância, como as interestaduais, pode gerar desgaste acelerado e custos maiores com manutenção e combustível.
Calibragem de pneus incorreta
Tanto a calibragem alta quanto baixa causam problemas de desgaste irregular nos pneus. Quando a pressão está abaixo do que deveria, acontece um desgaste mais acentuado nos ombros do pneu.
Já quando está acima da pressão ideal, o desgaste fica centralizado na banda de rodagem.
Em ambos casos, existe a probabilidade de que o pneu seja perdido antes de passar por uma recapagem, pois podem gerar estragos maiores na estrutura interna dos pneus também — além de aumentar o risco de estourarem na estrada.
Quais são os tipos de desgaste dos pneus?
Os pneus têm prazo de validade?
Não, nenhum pneu possui data de validade. Porém, existe uma recomendação de tempo máximo de uso deles, a fim de evitar perda de eficiência pela degradação natural dos materiais utilizados em sua produção, principalmente a borracha.
Geralmente, essa recomendação é de 5 anos após a sua data de fabricação.
Por exemplo, se a data inscrita no pneu é 01/23, isso significa que ele foi fabricado em janeiro de 2023. Então, podemos calcular 5 anos a partir disso e ver que o prazo de validade dele é em 2028.
Qual a vida útil de um pneu?
Embora a validade prevista seja de 5 anos, não quer dizer que sua vida útil será a mesma. De maneira geral, um pneu pode durar cerca de 50 mil quilômetros.
Porém, o tempo médio de vida útil de um pneu depende de diversos fatores, dentre eles: calibragem utilizada, tipos de estradas enfrentadas e quilometragem rodada.
Quando jogar um pneu fora?
O pneu só deve ser descartado quando sua reforma não valer a pena. Quando a sua estrutura estiver muito danificada e uma recapagem não for possível, esse pneu pode (e deve) ser retirado do inventário da frota.
Qual é a hora certa de trocar um pneu?
Quando a inspeção mostrar que os sulcos estão em 3 mm. Ainda que a medida mínima seja de 1,6 mm, retirar os pneus do veículo ainda com 3 mm garante que o processo de recapagem ocorra sem problemas e permita sua maior durabilidade na frota.
Como é o ciclo de vida do pneu na frota?
O pneu passa por 9 fases em seu ciclo de vida na frota:
- Aquisição;
- Marcação a fogo;
- Cadastro em sistema;
- Inclusão em estoque;
- Instalação em veículo;
- Inspeções de pneus;
- Reforma;
- Retorno ao estoque e utilização;
- Descarte.
Como fazer um descarte de pneus correto (e sustentável)?
Ao chegar no fim de sua vida útil, mesmo após os processos de recapagem de pneus, o ativo deve ser encaminhado para um descarte. Há um grande debate sobre esse assunto, na tentativa de promover ações que reduzam os impactos ambientais.
O motivo dessa preocupação é porque os pneus convencionais levam cerca de 600 anos para se decompor na natureza. Portanto, é preciso realizar um descarte mais consciente e, se possível, com empresas que tenham o caráter de reaproveitamento das peças.
As alternativas que você tem para fazer esse tipo de ação na sua frota são:
- Devolver o pneu ao revendedor ou fabricante: Você pode até considerar este um critério para definir contratos de aquisição de pneus, que a condição para a compra seja de recolher os pneus ao final da vida útil deles. Caso não seja possível, a própria marca do pneu possui distribuidoras ao redor do país que podem aceitar a sua peça.
- Entregar o pneu na borracharia parceira da empresa: É bastante comum as borracharias aceitarem os pneus ao realizarem o serviço de troca. Eles sabem o que fazer e para onde enviar os pneus, sendo a solução mais prática para a sua frota. O seu papel é buscar uma certificação de que o descarte é realmente correto.
- Identificar um ponto de coleta municipal: Muitas cidades possuem uma coleta de materiais recicláveis, incluindo pneus. É uma informação que você pode encontrar na prefeitura do seu município. Caso a cidade não aceite os pneus, provavelmente é porque já existe uma empresa específica para isso — a sua próxima alternativa de descarte.
- Contratar uma empresa de descarte: Empresas específicas para o descarte de pneus trabalhando com a coleta de peças velhas, realizando uma série de avaliações para destinar cada unidade a produção de um novo pneu, conhecido como o processo de upcycling. Caso não seja possível, os itens podem ser encaminhados para empresas que produzem novos itens com os restos do pneu, como puffs, banquetas e mesinhas de centro.
Quais são as tendências no gerenciamento de pneus?
Algumas tendências da gestão de pneus mostram que essa área apenas cresce e é uma parte cada vez mais importante nas operações de transporte.
A busca pela relação de melhor custo-benefício na compra dos pneus é uma tendência de aquisição. Os gestores buscam por modelos que combinem uma maior durabilidade com a menor resistência ao rolamento e maior eficiência no consumo de combustível.
Primeiro, essas informações só conseguem ser determinadas pela gestão correta dos pneus. Depois, os pneus só conseguem cumprir com sua promessa de alta durabilidade ao realizar os cuidados apropriados na rotina da sua frota.
Já a propensão de utilizar diferentes materiais pelos fabricantes têm um baixo impacto na forma de realizar o gerenciamento de pneus.
Por mais que as formas de construção e tecnologias tragam benefícios à gestão, elas pouco influenciam nos cronogramas de aferição dos pneus, ainda sendo necessário ter esse processo de coleta e análise das informações sobre os ativos.
Igualmente, existe uma tendência no desenvolvimento de soluções para auxiliar os gestores de frota na tarefa de fazer os pneus durarem mais e serem mais econômicos, seguros e eficientes na frota.
Com o sistema de gestão de pneus e o aferidor eletrônico, você se preocupa apenas na instrução dos colaboradores sobre os processos da gestão.
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